Jirau. "Início de operação em março de 2012 pode ser revista", prevê executivo

Mais Lidos

  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • A falácia da "Nova Guerra Fria" e o realismo de quem viu a Ásia por dentro: a geopolítica no chão de fábrica. Entrevista com Eden Pereira

    LER MAIS
  • "No rosto de cada mulher violentada, vemos o rosto Cristo Crucificado". Carta Dirigida aos Homens

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

17 Março 2011

Os distúrbios que paralisaram ontem as obras da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, devem comprometer o cronograma do empreendimento.

A reportagem é  de Alexandre Rodrigues e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 18-03-2011.

A afirmação foi feita pelo presidente do Energia Sustentável do Brasil, consórcio construtor da usina, Victor Paranhos, que ainda não tinha informações suficientes para avaliar os prejuízos provocados por uma série de saques e incêndios que destruíram dezenas de ônibus usados no transporte de trabalhadores e parte da estrutura de alojamentos do canteiro de obras da hidrelétrica, no Rio Madeira.

"Durante a noite houve uma invasão pelo mato, com pessoas encapuzadas. Hoje, os trabalhadores tentaram voltar ao trabalho e houve nova invasão. A tropa da Polícia Militar perdeu o controle. O comandante local tentou achar uma liderança para dialogar com a outra parte, foram reunidas algumas pessoas num refeitório, mas eles não se entendiam", contou o presidente do consórcio, que reúne GDF Suez e Eletrobrás.

Depois de participar de uma cerimônia na sede do BNDES na tarde de ontem, o executivo afirmou que não havia descontentamento aparente entre os funcionários ou pauta de reivindicações pendente. "É preocupante porque não sabemos qual é a motivação. Não há sequer uma liderança", afirmou.

Paranhos lamentou a paralisação das obras no momento em que estava perto de ser concluída a operação de desvio do Rio Madeira, com 95% do vertedouro pronto. Segundo ele, a previsão de início de operação da usina em março do ano que vem poderá ser revista.

Em meados de junho, trabalhadores da usina de Santo Antônio, que junto com a usina de Jirau formam o complexo do Rio Madeira, decidiram cruzar os braços para reivindicar reajuste salarial e pagamento de horas extras.

A paralisação culminou com destruição de 35 ônibus e 1 veículo e com a abertura de investigação pelo Ministério Público do Trabalho. A Odebrecht é responsável pelas obras de Santo Antônio. Juntas, as duas usinas terão capacidade de gerar 6.450 megawatts.

O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), que também esteve ontem no BNDES, classificou o episódio como "uma rebelião, um motim" e manifestou preocupação com a falta de abrigo para milhares de trabalhadores.