28 Fevereiro 2011
Ao apresentar o detalhamento do corte nas despesas públicas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o objetivo central do ajuste não é combater a inflação, mas reduzir o ritmo de crescimento da economia. "É bom deixar claro: o que estamos fazendo não é visando prioritariamente a inflação, é visando o ajuste anticíclico da economia. É para desacelerar a economia sem derrubá-la. É sair de um patamar de 7,5% de crescimento para 5%", disse.
A reportagem é de Luciana Otoni e publicada pelo jornal Valor, 01-03-2011.
Para Mantega, manter a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) a um ritmo de 7,5% de crescimento, como ocorreu no ano passado, implicaria o surgimento de gargalos na economia e, aí sim, isso acarretaria problemas inflacionários.
Durante a entrevista que concedeu ontem, em Brasília, o ministro da Fazenda estava preocupado em enfatizar que o controle do gasto público, que ele chama de "consolidação fiscal", tem como função produzir um superávit primário "cheio" e, consequentemente, reduzir a dívida pública líquida como proporção do PIB.
Ele não nega os efeitos dos cortes sobre a redução da demanda agregada e, portanto, da inflação, mas insiste que eles não foram feitos com esse objetivo.
Para Mantega, não há mudança na política econômica em relação à efetuada no governo Lula. Ele reiterou por várias vezes que a política econômica atual é rigorosamente a mesma, só que adaptada a um novo momento. "Agora é um movimento anticíclico do Estado brasileiro", observou, acrescentando que o governo pretende é desacelerar o ritmo de crescimento, mas, como afirmou, "sem derrubar a economia nem ter um crescimento pífio, modesto, como era no passado"
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Objetivo é desacelerar a economia, diz Mantega - Instituto Humanitas Unisinos - IHU