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06 Janeiro 2011

Os preços mundiais dos alimentos tiveram em dezembro do ano passado uma elevação média de 25% em relação ao mesmo período de 2009 e chegaram ao seu ponto mais alto desde o começo do século. A informação é da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - FAO, divulgada nesta quarta-feira.

A reportagem é do jornal Página/12, 06-01-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Os alimentos que mais subiram foram a carne e os cereais, muito influenciados pela crise internacional e pelos movimentos especulativos que atingiram as commodities. Segundo a FAO, Argentina e Brasil estão melhor posicionados dentro da região para enfrentar as tensões ao redor da segurança alimentar.

"Estamos preocupados basicamente com a incapacidade para prever as variações. Ainda há espaço para que os preços subam muito mais, por exemplo se o clima seco na Argentina se converter em uma seca e se começarmos a ver problemas por causa da neve no hemisfério Norte com a colheita do trigo", manifestou o economista da FAO Abdolreza Abbassian.

Segundo o índice elaborado pelo órgão internacional, os preços dos cortes bovinos e suínos de exportação tiveram um aumento de 19% em relação a dezembro de 2009, enquanto os cereais tiveram uma acréscimo de 39%.

No entanto, a oficial de Comércio e Mercados da FAO, Ekaterina Krivonos, assinalou que a segurança alimentar dos países ainda não está em perigo. "A produção mundial de nutrientes deve crescer 3% para manter o atual nível de reservas. Mas, além disso, também é preciso valorizar as fortes altas nas colheitas na América Latina, em especial no Brasil e na Argentina", afirmou Krivonos.

Para a FAO, a crise alimentar gerada pelo incremento nos preços irá atingir mais os países que não possuem fundos para impulsionar políticas sociais, "como Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua, onde entre 2 e 5 em cada 10 pessoas estão desnutridas".