Legionários de Cristo completam 70 anos

Mais Lidos

  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • A falácia da "Nova Guerra Fria" e o realismo de quem viu a Ásia por dentro: a geopolítica no chão de fábrica. Entrevista com Eden Pereira

    LER MAIS
  • "No rosto de cada mulher violentada, vemos o rosto Cristo Crucificado". Carta Dirigida aos Homens

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Janeiro 2011

Imersa em um processo de reforma, a congregação religiosa chega às sete décadas sem grandes festejos e sem nenhuma menção sobre seu fundador, Marcial Maciel (foto).

A reportagem é do jornal El Universal, 03-01-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A congregação religiosa de origem mexicana Legionários de Cristo completou na última segunda-feira o 70º aniversário de sua fundação sem grandes festejos e imersa em um processo de reforma que assegure a sua sobrevivência.

Segundo o escritório de imprensa do instituto religioso em Roma, durante o dia não foram previstas atividades especiais, só uma missa concelebrada que ocorreu no centro de estudos da Legião na capital italiana.

Além disso, durante todo o dia, na capela desse centro, foi realizada uma adoração ao Santíssimo, que concluiu com a oração do terço e uma bênção.

"É um aniversário da vida da congregação que transcende o fundador", disseram fontes da Legião.

História

No dia 3 de janeiro de 1941, o então seminarista de 20 anos Marcial Maciel Degollado fundou na Cidade do México um grupo religioso que originalmente levou o nome de Missionários do Sagrado Coração e da Virgem das Dores.

Com os anos, derivou em uma congregação religiosa que finalmente assumiu o nome de Legionários de Cristo e se converteu em uma das ordens mais poderosas da Igreja nos últimos anos.

"Este aniversário é, em primeiro lugar, um convite para dar graças a Deus porque nos guiou com a sua providência durante esses 70 anos", disse o responsável do escritório de imprensa da Legião em Roma, Andreas Schoggl.

"Nos últimos anos – acrescentou – percorremos caminhos insuspeitos e difíceis, mas não quero me queixar (…), mas sim agradecer a Deus que nunca nos abandonou".

Pela primeira vez em sua história, os legionários celebraram seu aniversário sem a figura do fundador, devido ao decreto do atual diretor-geral do instituto religioso, Álvaro Corcuera, que em dezembro passado ordenou que fossem sepultadas todas as referências públicas a Maciel.

Essa foi uma das várias medidas impulsionadas pelo Vaticano e pelo delegado papal para a reforma da Legião, Velasio De Paolis, em uma tentativa de assegurar a sobrevivência da obra religiosa depois dos escândalos que envolveram o próprio Maciel.

Com relação a isso, Schoggl disse que sua visão do futuro dos legionários está "cheia de esperança", porque, graças à ajuda do delegado pontifício, estão sendo enfrentados diversos desafios.

"Além disso, encontro entre os legionários muito boa disposição para colaborar de forma leal e construtiva. O amor a Cristo e a entrega à nossa missão na Igreja são o fundamento sobre o qual poderemos construir o futuro da congregação", indicou.