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Casa Branca, barrete vermelho. A referência de Stephen Bannon no Vaticano

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14 Fevereiro 2017


Cardeal Burke (Foto: Common weal magazine)

"Burke é um restauracionista que sente falta dos dias anteriores ao Concílio Vaticano II, com uma miríade de males modernistas existindo de modo seguro no lado de fora das barricadas de fortaleza da Igreja. Nessa sua visão nostálgica de um cristianismo triunfalista, as duras verdades da ortodoxia estão intactas e não foram contaminadas pela cultura geral ou por visões concorrentes de dentro da Igreja. Os privilégios do clericalismo são o direito de primogenitura de clérigos principescos, que encontram expressão nas vestimentas elaboradas que preferidas por ele, Bannon", escreve John Gehring, um dos diretores da organização Faith in Public Life, e ex-assessor de imprensa da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, autor de “The Francis Effect: A Radical Pope’s Challenge to the American Catholic Church” (Rowman & Littlefield, 2015), em artigo publicado por Commonweal, 09-02-2017. A tradução e de Isaque Gomes Correa.

Eis o artigo.

O principal estrategista do presidente Donald Trump e a força ideológica motriz por trás da pauta “América em primeiro lugar” é um católico cuja islamofobia e cujo nacionalismo reacionário têm encontrado espaço entre um conjunto de lideranças católicas abertamente hostis ao Papa Francisco. Numa reportagem escrita direto de Roma, o jornal The New York Times retratou como Stephen Bannon tem habilmente se associado ao Cardeal Raymond Burke e outros operadores vaticanos a fim de pôr em prática certa visão sombria de populismo direitoso:

“Quando Stephe K. Bannon ainda se encontrava à frente da Breitbart News (…) ele foi ao Vaticano para cobrir a canonização de João Paulo II e fez alguns amigos por lá. Na lista das pessoas com quem se encontrou esteve o cardeal arquiconservador americano, Raymond Burke, que havia enfrentado abertamente o Papa Francisco. Numa das antecâmaras do cardeal, em meio a estátuas religiosas e paredes de livros, Burke e Bannon – que hoje é a eminência anti-stablishment do presidente Trump – se aproximam com a cosmovisão que compartilham. Viram o Islã como uma ameaça a ultrapassar um Ocidente prostrado, enfraquecido pela erosão dos valores cristãos tradicionais; ambos se viam ignorados injustamente pelas elites políticas.

“Quando reconhecemos alguém que se sacrificou no intuito de permanecer fiel aos seus princípios e que está travando as mesmas batalhes no cenário cultural, numa seção diferente do campo de batalha, eu não fico surpreso que aconteça um encontro de corações’’, disse Benjamin Harnwell, confidente de Burke e que organizou o encontro de 2014.

Esse “encontro de corações” não deve ser motivo de comemoração. Burke e Bannon compartilham uma ideologia ominosa de choque civilizacional. Ambos veem os movimentos progressistas na Igreja e na política como cânceres perigosos a corroer a fibra moral do “Ocidente”. Eles assistem com cuidado o mundo por trás de muros altos.

Burke é um restauracionista que sente falta dos dias anteriores ao Concílio Vaticano II, com uma miríade de males modernistas existindo de modo seguro no lado de fora das barricadas de fortaleza da Igreja. Nessa sua visão nostálgica de um cristianismo triunfalista, as duras verdades da ortodoxia estão intactas e não foram contaminadas pela cultura geral ou por visões concorrentes de dentro da Igreja. Os privilégios do clericalismo são o direito de primogenitura de clérigos principescos, que encontram expressão nas vestimentas elaboradas que preferidas por ele, Bannon.

A crítica pública frequente de Burke à visão pastoral do Papa Francisco – a insistência do pontífice em construir uma “cultura do encontro” e não alimentar a guerra cultural – transformou Burke no líder de fato de um grupo opositor a Francisco cada vez mais atuante. A islamofobia delicadamente velada do cardeal é um embaraço à Igreja e um insulto a milhões de muçulmanos pacíficos. Burke alega que a chamada “agenda islâmica” não mudou “desde os tempos em que os nossos ancestrais tiveram de lutar para salvar o cristianismo”. A sua visão distorcida do Islã como, antes de tudo, uma ideologia política em lugar de uma religião complexa e multifacetada é, evidentemente, compartilhada por Bannon. Não nos deve surpreender que Burke tenha sido motivo de preocupação ao se encontrar com Matteo Salvini, nacionalista italiano de direita que apoia Trump e profere elogios a Mussolini.

Bannon delineou com aprovação a ascensão de um “movimento global do partido do chá (Team Party)” em um discurso proferido em 2014 num congresso no Vaticano organizado pelo Human Dignity Institute – grupo conservador cujo conselho consultivo é presidido por ninguém menos do que o Cardeal Burke. Bannon, que certa vez disse que o seu objetivo era “trazer tudo abaixo e destruir todo o establishment de hoje”, também usou sua fala para elogiar os partidos nacionalistas de extrema-direita da Inglaterra e da França, que atiçavam sentimentos racistas e anti-imigrantes. A sua palestra no Vaticano era uma prévia da mistura que ele faz entre um nacionalismo econômico e um fervor nativista, antimuçulmano:

Estamos bem no estágio inicial de um conflito bastante brutal e sangrento, do qual, se as pessoas nesta sala, as pessoas na Igreja, não se unirem e realmente formar aquilo que percebo ser um aspecto da Igreja militante, para realmente poder não só defender as nossas crenças, mas para lutar por elas contra essa nova barbaridade que está começando, iremos ver ele erradicar completamente tudo aquilo que temos construído de legado nos últimos 2.000, 2.500 anos...

E sei que faz tempo que não falamos sobre secularização, mas se olharmos para os mais novos, especialmente da geração millennial com menos de 30 anos, a força motriz esmagadora da cultura popular é absolutamente secularizar essa iteração crescente. Agora, esse chamado converge com algo que estamos enfrentando e que é um tópico bastante desagradável, de que estamos numa guerra declarada contra o fascismo islâmico jihadista. E essa é uma guerra, penso eu, que está se ‘metastatizando’ muito mais rapidamente do que os governos podem lidar.

A esse gosto pela guerra, seja cultural, seja em campos de batalhas reais, juntam-se argumentos econômicos protecionistas que funcionaram bem durante a eleição em estados pós-industriais como Ohio, Pensilvânia e Michigan. Bannon e seu chefe barulhento no Salão Oval mostram-se populistas, cruzados anti-establishment em defesa da classe trabalhadora – os piores inimigos das “elites cosmopolitas” e dos tecnocratas que se reúnem em Davos. A verdade é que Bannon, católico, sabe muito menos sobre aqueles que labutam nas periferias do que o sabe a sua própria Igreja. Enquanto Bannon fez milhões na Goldman Sachs e, mais tarde, embolsou grandes quantidades de royalties dos episódios da Seinfeld, o Papa Francisco andava com os pobres nas “villas misérias” de Buenos Aires. Bannon e Trump estão revisando regras no campo financeiro para ajudar os que se debatem na bolsa de valores de Wall Street. Enquanto isso, o clero católico, freiras, agentes pastorais e organizações religiosas passam dias com famílias devastadas pela crise financeira, lutando por moradia digna e salários condizentes.

O falso populismo de Trump encontra o seu contraponto naquele que lidera a Igreja Católica a partir das bases. O Papa Francisco disse isso de uma maneira poderosa durante o Encontro Mundial dos Movimentos Populares na Bolívia em 2015 para a íntegra do discurso . “O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites”, disse ele a ativistas pela reforma agrária, agricultores, líderes sindicais e o clero. “Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem”. A Igreja tem uma autoridade moral que Bannon e Trump jamais terão, pois eles passaram suas carreiras numa bolha de privilégios enriquecendo-se, cultivando “marcas” e menosprezando todo aquele que questionava as decisões que tomavam.

Bannon pode se conectar da forma que quiser com Burke e outros operadores católicos que compartilham este eu populismo sombrio e esta sua islamofobia. Mas ele se põe contra um determinado papa e contra séculos de magistério católico que irão se fazer presentes em todos os momentos.

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