11 de setembro no Chile

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

12 Setembro 2016

'"Más temprano que tarde volverá el pueblo a las grande alamedas... La historia es nuestra, la hacen los pueblos", disse Allende pouco antes de partir, naquele 11 de setembro de 1973, quarenta e três anos atrás. E penso agora, com muita emoção no nosso Brasil, no terceiro golpe que me tocou viver. Repito hoje as palavras do "Chicho" Allende', escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo e escritor.

Companheiros/as.

Foi uma emoção voltar ao Chile no começo dos anos noventa e entrar no pátio de los naranjos, numa Moneda restaurada. Vieram-me à memória os versos de Pablo Milanés:

Yo pisaré las calles nuevamente
De lo que fue Santiago ensangrentada
Y en una hermosa plaza liberada
Me detendré a llorar por los ausentes

Yo vendré del desierto calcinante
Y saldré de los bosques y los lagos
Y evocaré en un cerro de Santiago
A mis hermanos que murieron antes

Retornarán los libros, las canciones
Que quemaron las manos asesinas
Renacerá mi pueblo de su ruina
Y pagarán su culpa los traidores

Un niño jugará en una alameda
Y cantará con sus amigos nuevos
Y ese canto será el canto del suelo
A una vida segada en la Moneda

"Más temprano que tarde volverá el pueblo a las grande alamedas... La historia es nuestra, la hacen los pueblos", disse Allende pouco antes de partir, naquele 11 de setembro de 1973, quarenta e três anos atrás. E penso agora, com muita emoção no nosso Brasil, no terceiro golpe que me tocou viver. Repito hoje as palavras do "Chicho" Allende.


Foto: www.scoopnest.com

Faz uns dias eu caminhava pelas avenidas do Rio com milhares de companheiros que acreditam no amanhecer "más temprano que tarde".

Em profunda solidariedade,

Luiz Alberto.