28 Fevereiro 2011
“Os réus Carlos Esteves, Jorge Cristaldo e Estevão Romero são condenados a doze anos e três meses de prisão em regime fechado”. Foram condenados por formação de quadrilha, tortura e seqüestro a mão armada. Segundo Egon Heck, coordenador do CIMI –MS: “Não é bem o que nós esperávamos” declarou um dos filhos do assassinado cacique Marcos Verón. As reações e opiniões foram se dividindo: “Gosto amargo de quem ganhou, mas não levou”; “Os réus certamente devem ir comer churrasco pago por seu Jacinto Honório, dono da fazenda Brasília do Sul, onde o cacique Marcos foi assassinado dia 13 de janeiro de 2011”.
Os trinta e cinco Kaiowá Guarani, que durante os cinco dias participaram desse júri Histórico, fizeram um ritual de agradecimento na calçada, antes de entrar no ônibus e se dirigir até a Casa da Acolhida na periferia de São Paulo. Seus corações estavam mais aliviados, sua dor era menor, porém, a alegria não estava estampada em seus rostos. Procuravam entender melhor o que significava essa condenação e essa absolvição. Uma vitória parcial, como explicara o Procurador Marco Antonio Delfino. Que por sua vez explicou que com o resultado do júri não apenas ficou evidenciado as bárbaras violências perpetradas contra a comunidade indígena, como também foi claramente identificado como autor das coronhadas que mataram o cacique Verón, Nivaldo, que era o capataz da fazenda e o mandante o fazendeiro Jacinto Honório da Silva Filho. Esses são réus no segundo processo e deverão agora ir a julgamento.
(Cf.notícia do dia 28.02.2010 desta página)
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Cacique Marcos Verón - Réus são condenados - Instituto Humanitas Unisinos - IHU