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14 Novembro 2008

Soldados de Angola e do Zimbábue já estão se envolvendo na guerra entre Exército e rebeldes tutsis na República Democrática do Congo (ex-Zaire), segundo testemunhas ouvidas ontem pela rede britânica BBC. Há informações também de que alguns dos milicianos têm recebido dinheiro do Exército de Ruanda. O governo angolano já havia anunciado, na quarta-feira, que estava pronto para enviar tropas para o país vizinho.

Esse cenário indica que, como se temia, o conflito está se regionalizando e pode repetir o que ocorreu na guerra do Congo (1998-2003), quando nove países vizinhos se envolveram no confronto e 4 milhões de pessoas morreram. Na época, Angola e Zimbábue enviaram tanques e aviões para apoiar o governo congolês. Em troca, ganharam acesso às lucrativas minas de diamante e cobre no sul e no oeste do país.

O líder dos rebeldes, Laurent Nkunda, disse que estava “pronto para governar o país, como general ou presidente”. Ex-general do Exército congolês, ele acusa o governo de não proteger os civis de sua etnia (tutsi) das milícias hutus. Os hutus entraram no Congo após promover o genocídio em Ruanda, em 1994, no qual 800 mil pessoas morreram, a maioria tutsis.

O premiê britânico, Gordon Brown, disse ontem que apoiará o plano da ONU de enviar 3 mil soldados extras para o Congo. A ONU tem 17 mil capacetes-azuis no país - sua maior missão em todo o mundo -, mas afirma que precisa de mais soldados para evitar a morte de civis. Brown se reunirá em Nova York com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para tratar do conflito.

(cfr. notícia do dia 14-11-08, esta página).