26 Janeiro 2015
Fonte: http://bit.ly/1wZlNpE
Foram à cidade de Cafarnaum e, no sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei.
Nesse momento, estava na sinagoga um homem possuído por um espírito mau, que começou a gritar: «Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!». Jesus ameaçou o espírito mau: «Cale-se, e saia dele!». Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu dele. Todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: «O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade... Ele manda até nos espíritos maus e eles obedecem!».
E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a redondeza da Galiléia.
(Correspondente ao 4º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico).
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Locutor: Ricardo Machado
Marcos continua nos apresentando um dia da vida de Jesus. Ele se encontra na sinagoga em Cafarnaum e sua pregação desmascara a malignidade de tudo o que desumaniza a vida das pessoas e impede-lhes de ser feliz.
A missão de Jesus é libertar os oprimidos e escravizados pelo poder do mal. Baseado na Palavra, Jesus ensina com autoridade e realiza aquilo que ele está proclamando: liberar as pessoas de qualquer forma de escravidão, abrir suas consciências para que não se deixem oprimir.
Marcos não diz qual era o ensinamento de Jesus. Ele menciona-o junto com uma curação e sugere assim que o ensinamento com autoridade repouse numa prática concreta de libertação. Os próprios fatos que Jesus realizava eram seu ensinamento.
“Mais daquilo que ele falava o que impactava era esse poder de suas ações em favor da vida e contra o mal que esmaga o homem. A presença de Jesus privava o homem de toda força. Essa era a clave de sua autoridade: ele não tinha estudos, nem credenciais ou graduações que o autorizavam, mas quando ele falava alguma coisa acontecia em favor dos que sofrem”.
Jesus está na sinagoga, no dia de sábado, e nesse espaço é data sagrada para um judeu realizar seu ensinamento expulsando os espíritos imundos que o reconhecem como representante de Deus.
Agora, bem, esta proposta de Jesus provoca admiração naqueles que ficam maravilhados de sua autoridade de liberar e curar as pessoas e, por outro lado, encontra-se com uma forte oposição. Esta oposição está representada pelos escribas, colocados no mesmo caráter que os escribas: ambos são inimigos de Jesus.
“A primeira ação publicada de Jesus é também uma ação programática de purificar a Casa de Deus e libertar as pessoas de tudo que as aliena e desumaniza”. (Wenzel, João Inácio)
Os escribas e fariseus são incomodados pelas suas palavras e autoridade de Jesus que é reconhecida pelo povo simples que sente nascer em Jesus uma nova esperança de vida e liberdade.
Jesus nos convida a ser junto com ele pessoas que gerem vida, sem permitir que os diferentes tipos de escravidão continuem oprimindo as pessoas que caminham ao nosso lado. Participar de sua convicção de ter uma missão e ser responsável de uma causa que é a causa do Pai.
Dá-nos, Senhor, aquela Paz estranha
que brota em plena luta
como uma flor de fogo;
que rompe em plena noite
como um canto escondido;
que chega em plena morte
como o beijo esperado.
Dá-nos a Paz dos que caminham sempre,
nus de toda vantagem,
Vestidos pelo vento da esperança.
Aquela Paz dos pobres,
vencedores do medo.
Aquela Paz dos livres,
amarrados à vida.
A Paz que se partilha na igualdade,
como a água e a Hóstia.
aquela Paz do Reino, que vem vindo,
inviável e certo.
Dá-nos a Paz, a outra Paz, a Tua,
Tu que és nossa Paz!
Dom Pedro Casaldáliga
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Evangelho segundo Marcos 1, 21-28 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU