10 Julho 2023
Meteorologistas dos US National Centers for Environmental Prediction informaram que no dia 3 de julho as temperaturas médias globais chegaram a 17ºC pela primeira vez desde que essas temperaturas passaram a ser monitoradas em 1979, com o uso de satélites.
O comentário é de Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo – USP, professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
Os cientistas acreditam também que aquela segunda-feira foi o dia mais quente já registrado desde que, no final do século XIX, os humanos começaram a usar instrumentos para medir diariamente temperaturas. O recorde anterior foi estabelecido em agosto de 2016, com a marca de 16,2°C.
Temperaturas excepcionalmente altas foram registradas em regiões como o sul da Europa e a América do Norte, com marcas superiores a 44ºC; até mesmo a base de pesquisas ucraniana de Vernadsky, na Antártida, registrou temperatura de 8,7°C em julho, em pleno inverno no hemisfério sul. Vale registrar que nesse local as máximas oscilam entre 0°C e 2 °C no verão e -2°C e -25°C no inverno.
Anomalia de temperatura oceânica: junho de 2023 em relação à média do período 1991-2020 (Fonte: ECMWF | C3S Copernicus)
Cientistas atribuem o calor recente a uma combinação do El Niño e das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem. Estudos mostram que as mudanças climáticas estão contribuindo para ondas de calor cada vez mais frequentes, duradouras e fortes.
Segundo disse o pesquisador do clima Leon Simons à BBC, a temperatura média global chegar a 17ºC é um marco significativo do aquecimento global, e que agora, com fase mais quente do El Niño começando, pode-se esperar novos recordes nos próximos 18 meses.
Números como esses mostram, cada vez mais claramente, a necessidade de contermos o aquecimento global, sob pena de catástrofes de proporções imprevisíveis nos atingirem.
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Temperaturas médias globais batem recorde - Instituto Humanitas Unisinos - IHU