11 Mai 2022
O fim do AE (Auxílio Emergencial), em outubro de 2021, fez disparar o número de famílias em situação de extrema pobreza no Cadastro Único do governo federal. Em cinco meses, 2,6 milhões de famílias nessa faixa de renda se inscreveram no sistema que dá acesso ao Auxílio Brasil, o programa que substituiu o Bolsa Família em novembro de 2021. Os dados são do Ministério da Cidadania. Em outubro do ano passado, havia 15,1 milhões de famílias em situação de miséria registradas no cadastro. O número passou para 17,8 milhões em março —os dados de abril ainda não foram divulgados. A média foi de 540 mil novas famílias cadastradas por mês —a maior já registrada pelo cadastro, criado em 2001. Os números se referem às famílias que já viviam ou informaram ter perdido renda e passado a viver a situação de extrema pobreza (com renda per capita mensal de até R$ 105).
A reportagem é de Carlos Madeiro, publicada por Uol, 08-05-2022.
Até hoje, muitos sequer conseguiram fazer o agendamento nos CRAS [Centro de Referência da Assistência Social]. Ou seja, estes números estão revelando a fila oculta que foi o resultado dessa gigantesca exclusão gerada pelo atropelo do Cadastro Único e do desmonte do SUAS [Sistema Único de Assistência Social].Tereza Campello, economista
Esse conjunto de 23 milhões de pessoas em situação precária, na sua ampla maioria inscritas no Auxílio Brasil, pressiona para baixo o valor da força de trabalho, influenciando a renda média atual de trabalhadores ocupados, que continua sendo menor que a média de 2020.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Dispara o número de famílias em situação de extrema pobreza no Cadastro Único do governo federal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU