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EUA. A comunidade “tradicionalista-radical” está aumentando o veneno para se tornar ‘Qatólicos’?

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03 Dezembro 2021

 

No Halloween, a polícia de Rhode Island anunciou que havia prendido o padre James Jackson, da Igreja St. Mary, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), em Providence, por posse e compartilhamento de pornografia infantil. A reposta esteve longe de ser interessante – a FSSPX publicou uma declaração dizendo que eles estavam chocados e tristes e cooperariam plenamente com as forças da lei. Alguns paroquianos insistiram que ele era inocente e que ele estava sendo caluniado, não somente porque amavam o seu padre, mas porque há um conflito em curso entre a liturgia tradicionalista e a moderna pós-Vaticano II.

 

A reportagem é de Joshua P. Hevert e Thomas Lecaque, publicada por Religion Dispatches, 01-12-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

A carta Traditionis Custodes, do Papa Francisco, foi vista como um ataque direto contra o tradicionalismo, que tem sido caracterizada pelo pesquisador Massimo Faggioli como “um problema que é particularmente agudo nos Estados Unidos, onde o tradicionalismo litúrgico é uma resposta desorientada à crise da liturgia mais que à crise de fé”. A prisão também foi vista à luz do editor de The Remnant, um jornal de e para tradicionalistas radicais, ou “rad-trads”, que estão engajados na oposição ativa à Igreja Moderna.

Em editorial, o jornal afrima:

 

“Nós pedidos aos nossos leitores para rezarem pelo padre Jackson, seja ele culpado ou inocente. É muito óbvio que as forças do inferno estão intensamente tentando corromper os bons e santos padres neste momento crucial da história. Nós estamos testemunhando a batalha final do Diabo, e não surpreende que ele mire em nossos padres primeiro”.

 

Essa linguagem de batalha apocalítica é comum nos espaços rad-trads, incluindo a Church Militant e The Remnant.

Um ano atrás, escrevendo para Vanity Fair, a jornalista Kathryn Joice apontou as formas que o trumpismo infectou a Igreja Católica estadunidense: com a marca de Bannon de autoritarismo militante; com rad-trads ultraconservadores misturando preocupações teológicas e políticas; e bispos conservadores fazendo oposição a Biden e ao Partido Democrata. E ela pontou que o QAnon começou a fazer caminho no catolicismo estadunidense.

Um ano depois, essas tendências estão piorando – a infiltração de extrema-direita na Igreja Católica nos EUA está agora dando lugar a um número crescente de “Qatólicos”. A pesquisa de março do PRRI sobre a influência da QAnon em grupos religiosos foi amplamente discutida, principalmente em relação aos protestantes evangélicos, mas 16% dos católicos hispânicos e 11% dos católicos brancos concordaram com a ideia central da QAnon de que o mundo está sendo administrado por um grupo secreto de pedófilos adoradores do Satanás comandando uma operação global de tráfico sexual. Isso ainda representa uma minoria substancial de crentes que subscrevem as doutrinas QAnon, especialmente como rad-trads estadunidenses, e esmagadoramente The Remnant, movem-se cada vez mais em direção aos “Qatólicos”. À medida que a Igreja se envolve em um cisma silencioso, os cismáticos estão ficando cada vez mais apocalíticos.

Como apontou o bispo de Los Angeles, Robert Barron, os rad-trads têm usado suas plataformas de mídia para “criticar impiedosamente o papa e os bispos e questionar a autoridade do Concílio Vaticano II, muitas vezes ao ponto de repúdio”. Esses grupos têm sido proeminentes na extrema-direita e são parte de uma tradição muito mais ampla de oposição às reformas do Vaticano II, que incluiu a excomunhão de Marcel Lefebvre pelo Papa João Paulo II em 1988. The Remnant, especialmente, se envolve em conspirações sobre a covid e ataca o Papa Francisco implacavelmente, ataca o Vaticano II e promove o ex-núncio apostólico para os Estados Unidos, o arcebispo Carlo Maria Viganò, em detrimento ao Papa.

Em 2018, Viganò pediu ao Papa Francisco que renunciasse, alegando que tolerava um conhecido abusador sexual e, é claro, ele atacou o Vaticano II ao longo do caminho. Antes das eleições de 2020, suas ações tornaram-se progressivamente mais extremas, incluindo:

 

  • enviar uma carta aberta a Trump com temas QAnon em outubro de 2020 que recebeu mais apoio católico do que o esperado;
  • aparecendo via vídeo no dia 12 de dezembro de 2020, no “Let the Church Roar Prayer Rally”, um evento organizado pela Marcha de Jericó;
  • dando discursos sobre a conspiração “Great Reset”, em maio de 2021;
  • dando um discurso apocalítico sobre a “Guerra do Homem com Deus” para uma conferência em Veneza em julho de 2021;
  • uma condenação da Traditiones Custodes também em julho;
  • uma mensagem de vídeo para “No Fear Day”, um evento de restrição anti-Covid em Torino, intitulado “Warning on the Coming Globalist Dictatorship”.

 

Essas são conspirações não relacionadas a QAnons, algo que Viganò usa com frequência. The Remnant não promove apenas ele, mas também bispos como Athanasius Schneider do Cazaquistão e Joseph Strickland de Tully, Texas (proeminente por seu apoio ao discurso de Jim Caviezel no QAnon no mês passado).

Esse tipo de comportamento, uma guerra ideológica efetivamente aberta dentro da Igreja contra o Papa, pode parecer bastante estranho agora, mas já aconteceu antes – repetidamente. Uma curta lição de história pode servir de aviso para aqueles que são tentados a fechar os olhos e torcer para que esse último levante de extrema-direita vá embora. Na Idade Média, por exemplo, as batalhas internas se espalharam de discussões de teologia ao apocaliticismo antipapal completo – um debate sobre a pobreza apostólica no século XIV terminou com os cismáticos chamando o Papa João XXII de Anticristo, declarando abertamente que o próprio Papa era um herege, e convocando o Sacro Império Romano a intervir.

Esse tipo de linguagem pode ser ouvido mais uma vez, não apenas em no The Remnant, onde o Papa Francisco foi chamado de instrumento de Satanás, entre outros insultos; mas também do popular youtuber, conservador católico e tradicionalista, Taylor Marshall (que foi nomeado para o Conselho Consultivo Católico da campanha de reeleição de Trump); do ex-presidente Donald Trump; e, é claro, de Viganó.

Embora a Idade Média possa parecer muito distante, o aumento da retórica apocalíptica em uma luta pelo papado e pela direção da Igreja é muito atual – e esperar que um consenso possa ser encontrado não servirá mais ao Papa Francisco do que esperar que a radicalização permaneça uma questão católica interna funcionará para o resto de nós. Em outras palavras, esperar pela harmonia provavelmente prejudicará a todos – até mesmo os não católicos.

O conflito de João XXII com esses hereges durou desde o início de seu papado até quatro anos antes de sua morte – treze anos de luta em teologia e batalha aberta. Embora se possa esperar que Francisco não seja atormentado por tradicionalistas radicais não filiados à QAnon por tanto tempo, a extrema-direita católica nos Estados Unidos está crescendo. Figuras como Viganò, embora influentes, são visivelmente marginais, assim como The Remnant e outros chamados “rad-trads”, mas todos eles representam um terreno fértil para a influência de QAnon continuar a crescer.

Mais preocupante, porém, é a maneira como as guerras culturais estadunidenes se espalharam nos círculos católicos conservadores e os jogaram nos braços da retórica do QAnon. O arcebispo José H. Gomez concluiu seu recente discurso polêmico e anti-”woke” advertindo: “Estamos vendo sinais de um autêntico woke religioso acontecendo na América, por trás de toda a controvérsia de nossos políticos, as contínuas nuvens da pandemia, toda incerteza sobre onde nosso país está indo”.

Esse “autêntico woke religioso”, no contexto de uma extrema-direita birrenta? Só podemos esperar que seja algo diferente do woke de mais Qatólicos.

 

Leia mais

 

  • EUA. Presidente da conferência episcopal pinta católicos como vítimas dos ativistas opressores
  • Francisco, Biden e os radicais de direita. Relações entre a polarização na Igreja e na Política. Entrevista especial com Massimo Faggioli
  • Bispo católico elogia discurso de Jim Caviezel, ator, criticando o Papa, em congresso ligado ao movimento QAnon
  • QAnon: delírio como arma ideológica do capital
  • A direita cristã russa e as guerras culturais globais. Entrevista com Kristina Stoeckl
  • A extrema-direita católica e a aliança com o governo Bolsonaro. Entrevista especial com Romero Venâncio
  • Bannon e Viganò contra Francisco, de novo
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