25 Novembro 2020
A onda da batalha pelos direitos civis da liga de basquete estadunidense chegou até ao Vaticano, onde o papa recebeu uma delegação do sindicato dos atletas (NBPA). Cinco jogadores de basquete, incluindo Marco Belinelli que joga nos Estados Unidos há mais de dez anos.
A reportagem é de Nicola Sellitti, publicada por Il Manifesto, 24-11-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Uma oportunidade, um encontro para discutir com Bergoglio na Biblioteca do Palácio Apostólico o compromisso assumido pela NBA pela proteção dos direitos civis dos afro-americanos. Dentro e fora das quadras, nas ruas e nas redes sociais para combater as injustiças e as desigualdades sociais.
Delegação NBA. (Foto: Vatican Media)
A delegação da NBA entregou ao Santo Padre uma bola, camisetas e também um livro-coleção de imagens, artigos e textos que comprovam o uso da plataforma midiática pela liga, a única no mundo do esporte que tomou uma decisiva posição contra o racismo e em geral pela tutela das minorias. Não apenas com slogans ou hashtags no Facebook e Twitter, mas com organizações sem fins lucrativos, como "More than a Vote", organizada por Lebron James, para informar e fazer com que a comunidade negra vote. O convite do Papa é um momento que marca época. Um reconhecimento inesperado e extraordinário do empenho cívico defendido pela Liga nos últimos meses, na esteira de iniciativas e sinais de apoio à causa dos direitos civis, das minorias, dos marginalizados.
Delegação NBA. (Foto: Vatican Media)
É o segundo atestado direto do peso específico assumido nos últimos meses pela NBA em matéria de direitos civis. Lebron James, ausente no Vaticano, mas um dos líderes entre os atletas, sempre presente pessoalmente contra os abusos de afro-americanos por parte da polícia e que fez campanha com Michelle e Barack Obama, trazendo muitos negros às sedes de voto, nos últimos comícios anteriores à votação foi violentamente ofendido por Trump. O presidente em saída estava mais zangado com ele, um jogador de basquete negro de um gueto de Ohio, do que com Biden. "Estamos extremamente honrados por ter tido a oportunidade de vir ao Vaticano e compartilhar nossas experiências com o Santo Padre - disse Kyle Korver, um dos jogadores presentes no Vaticano e um dos atletas mais respeitados do universo do basquete -, sua abertura mental e sua disposição para discutir esses temas são uma fonte de inspiração e a confirmação de que nosso trabalho tem um impacto global. Para isso devemos prosseguir”.
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Chega de racismo e desigualdades, o basquete da NBA marca uma cesta no Vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU