12 Setembro 2020
"O homem começou a alterar a superfície dos oceanos próximo do ano 2.000 antes de Cristo, mas o processo vem se acelerando muito nos últimos anos, acreditando-se que a área afetada deva atingir 40 mil quilômetros quadrados até 2028", escreve Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado por EcoDebate, 09-07-2020.
Até 2018, a atividade humana já havia alterado cerca de 32 mil quilômetros quadrados da superfície dos oceanos, segundo levantamentos feitos por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Sidney e publicados pela revista Nature Sustainability.
Essa área equivale a aproximadamente a 0,008% da área total dos oceanos, mas se levarmos em conta os impactos causados por essas alterações, como poluição e mudanças no fluxo das águas, pode-se concluir que 0,5% dessa área já foi afetada.
Essas alterações foram causadas principalmente pela presença no mar de túneis, pontes, aquicultura, plataformas para extração de petróleo e gás, parques eólicos, portos, marinas, recifes artificiais, cabos submarinos e outros. Alguns números são impressionantes: mais de 50% da linha costeira dos Estados Unidos já foram alterados com a construção de quebra-mares e outras obras.
O homem começou a alterar a superfície dos oceanos próximo do ano 2.000 antes de Cristo, mas o processo vem se acelerando muito nos últimos anos, acreditando-se que a área afetada deva atingir 40 mil quilômetros quadrados até 2028, principalmente nas áreas costeiras, justamente onde se concentra a biodiversidade; consequentemente, os prejuízos ao meio ambiente devem ser maiores.
Esses prejuízos estão sendo alavancados pela pouca regulação do uso dos oceanos na maior parte do mundo.
É mais uma frente a ser aberta na luta pela preservação do meio ambiente.
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Atividades humanas impactam cada vez mais os oceanos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU