28 Agosto 2020
Os religiosos alemães levantam seus tapetes. Uma pesquisa da Conferência de Superiores do país mostra que 1.412 pessoas sofreram abusos sexuais nas mãos de freis e freiras durante décadas. 654 religiosos foram acusados de abusos, que se deram em 80% dos casos em congregações masculinas, e 20% entre a vida religiosa feminina.
A informação é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 26-08-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Algumas cifras que mostram um horror sistemático, porém também a vontade de abrir portas e janelas à verdade. Um passo adiante dos religiosos alemães, que deveria ser seguido pela Igreja espanhola. E que pode chegar tarde, pois 79,8% dos supostos abusadores já faleceram.
Os resultados do relatório sobre abusos sexuais na vida religiosa foram apresentados nesta quarta-feira, em Bonn. No mesmo, participaram 75% das 392 comunidades religiosas alemãs. Um terço das respostas confirmaram as acusações de abusos. Em meia centena de comunidades houve menos de cinco denúncias, em 20 ocorreram mais de dez... e em algumas se deram mais de uma centena de denúncias, o que faz supor a existência de depredadores sistemáticos nos centros religiosos.
“Sim, irmãos e irmãs de nossas comunidades cometeram abusos sexuais”, destacou a presidenta da DOK, a irmã Katharina Kluitmann, que admitiu a existência de erros na hora de lidar com os abusos, que em alguns casos remontam aos anos 1950.
De acordo com os resultados da enquete, existem conflitos entre as pessoas supostamente afetadas e as comunidades, especialmente no referente ao pagamento de indenizações. Os religiosos, isso sim, comprometeram-se a reconhecer as vítimas com um pagamento entre 25 mil e 30 mil euros.
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Religiosos alemães admitem que pelo menos 1.412 pessoas foram vítimas de abusos em suas congregações - Instituto Humanitas Unisinos - IHU