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“Jesus foi um leigo judeu sem nenhuma formação rabínica”

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07 Janeiro 2020

Jesus vem de uma religião centrada no culto sacrificial, no sacerdócio do templo, na lei religiosa e nas Escrituras sagradas. A profecia, o sacerdócio culto e os rabinos representavam as instâncias determinantes do judaísmo, juntamente com o sinédrio e a autoridade patriarcal. Os profetas foram os grandes renovadores da vida de Israel e mantiveram a esperança de um messias. A era messiânica era a versão judaica da expectativa universal de uma sociedade mais fraterna, justa e sem mal. Essa esperança ofereceu um projeto de vida e foi fundamental para preservar a identidade judaica quando eles perderam suas terras e se dispersaram no império.

O artigo é de Juan Antonio Estrada, jesuíta, teólogo espanhol, publicado por Religión Digital, 27-12-2019. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Jesus era um leigo judeu sem formação rabínica, o que mudou a maneira de entender as Escrituras e a lei religiosa. Com ele veio outro projeto de salvação, que focou a religião nas aspirações humanas e a removeu do ambiente religioso. Não era mais a religião do templo, mas um modo de vida, ligado à ética, centrado na vida profana e marcado pela urgência do reinado de Deus em Israel. Um processo de dessacralização começou e o centro de gravidade do templo, o culto e o sacerdócio se moveram em favor de uma vida dada a outros, especialmente os mais vulneráveis. A reação violenta da religião ameaçada e do poder político, hostil a todo messianismo, foi sua execução. Assim, ele participou do destino dos profetas e de todos aqueles que lutaram para mudar a sociedade e a religião judaicas.

O cristianismo emergiu como uma corrente dentro do judaísmo, protagonizada principalmente por pessoas populares e simples, discípulos leigos de Jesus. Inicialmente eles pregaram uma mensagem em continuidade com a de Jesus, buscando a conversão do povo judeu. Mas o anúncio da ressurreição gerou um novo dinamismo universal e lançou as bases de um Deus trinitário, reformando as imagens divinas do Antigo Testamento. O cristianismo emergiu do tronco judeu e o excedeu. A relativização da lei religiosa, adoração e templo levou à ruptura final com o judaísmo e a uma nova maneira de entender o relacionamento com Deus. O binômio pecado e castigo, que permeava o culto e a lei religiosa, foi deslocado por uma dinâmica centrada no sofrimento humano, no perdão dos pecados e na misericórdia divina. Uma vida sacrificada a outros, seguindo o modelo de Jesus, um culto existencial e a passagem da comunidade de discipulado para a Igreja eram sinais característicos do cristianismo.

O cristianismo foi constituído como uma comunidade de pessoas que viviam a salvação como um projeto de significado no mundo e estavam distantes da dinâmica ascética e cúltica de Israel e de outros grupos religiosos do Império Romano. Eles não recusaram a herança judaica e romana, mas a transformaram. Estruturas e posições não religiosas do judaísmo (presbíteros ou anciãos) e do Império Romano (bispos e diáconos) foram adotadas. Sendo uma religião perseguida, eles não poderiam ter templos e igrejas domésticas surgiram. O ministério (diáconos, presbíteros e, entre eles, o bispo) não era apenas uma dignidade, mas também um fardo, uma vez que os líderes foram os primeiros perseguidos pelas autoridades. Eles moravam nas comunidades que os escolheram e como cidadãos do império, casados e com famílias, com trabalho profano e estilo de vida leigo. O modo de vida deles e a compreensão do relacionamento com Deus, a adoração e as leis religiosas também foram a causa da hostilidade que encontraram no Império Romano, como antes em Israel.

Diáconos, presbíteros e bispos viviam no seio das comunidades que os elegeram e como cidadãos do império, casados e com famílias, com um trabalho profano e um estilo de vida leigo.

Disso podia se esperar uma nova forma de viver a religião. A de um grupo centrado na comunidade e na missão, cujos protagonistas eram todos os cristãos e não somente os clérigos. Especial relevância tiveram as mulheres, cuja conversão arrastava toda a família, as quais protegiam e financiavam as incipientes igrejas domésticas.

A quinta coluna cristã no Império foi progressivamente impregnando-o e conquistando cada vez mais pessoas, apesar da hostilidade dos três primeiros séculos. Paradoxalmente, o êxito social e religioso foi a causa de um progressivo distanciamento do projeto de Jesus e do da Igreja primitiva. A crescente clericalização, a perda da comunidade em favor dos ministérios, a criação de um culto rejudaizado e romanizado marcaram o cristianismo, cada vez mais próximo ao modelo religioso preponderante no império.

A revelação de Deus por Jesus modificou-se em favor da homologação com o teísmo de raízes judaicas e greco-romanas. O Jesus dos Evangelhos foi deslocado por uma teologia centrada em sua filiação divina e em fazer compatíveis a pessoa divina e a humana. E o Espírito Santo, que havia inspirado a criação de uma comunidade protagonista, com pluralidade de ministérios e carismas, perdeu cada vez mais relevância em favor de uma graça transmitida pelos sacramentos e a obediência à hierarquia.

Dois mil anos depois vivemos o desafio de voltar a nos inspirar em Jesus e no cristianismo primitivo. O futuro está em voltar às origens, na criação de comunidades, no protagonismo dos leigos e na igualdade eclesial das mulheres. Desde aí será possível enfrentar o desafio que propõe o cristianismo a uma sociedade secularizada e laicizada, que substituiu a Igreja do cristianismo.

É preciso recuperar a alternativa cristã à religião e à sociedade, porém isso implica um reforma radical da Igreja e do cristianismo, recuperando o Vaticano II e indo mais além dele. Talvez a crise atual da Igreja e das vocações sacerdotais e religiosas sejam a base para uma nova etapa inovadora. Recuperar a fé em Jesus e em seu projeto de vida são exigências internas do cristianismo. Não conhecemos Deus, mas na humanidade de Jesus temos a referência para encontrá-lo (Jo 1, 18) e viver uma vida com sentido. E desde aí é possível enfrentar a nova época secular, na qual a religião perdeu irradiação social e capacidade de responder às demandas humanas. É preciso voltar a evangelizar os velhos cristianismos.

Leia mais

  • Jesus e o Judaísmo. Artigo de Henry Sobel
  • O cristianismo como um "recurso". Artigo de François Jullien
  • O espírito do cristianismo, segundo Joseph Moingt
  • 'O Evangelho não é uma religião e, portanto, o cristianismo, tampouco. É um projeto de vida'. Entrevista com José María Castillo
  • "Estamos no fim da monarquia pontifícia". Entrevista com Jean-Michel Garrigues
  • Bento e Francisco compartilham do mesmo pecado, que é a versão monárquica, estatal e romana da Igreja. Artigo de Jorge Costadoat
  • 'Dizer-se cristão não é o mesmo que ser cristão, é preciso coerência', afirma o Papa Francisco

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