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30 Setembro 2019

"Ainda hoje, apesar de São Francisco e Darwin, o uso da palavra natureza quase nunca transmite a ideia de comunhão com os outros seres vivos".

O comentário é de Stefano Mancuso, cientista e escritor, especialista em neurobiologia vegetal, autor do livro “A revolução das plantas” (Ubu), que está sendo lançado no Brasil, em artigo publicado por Robinson, 28-09-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.


Eis o artigo.

Milhões de jovens em centenas de países pedem urgentemente que os governos tomem decisões corajosas contra a emergência climática. São dias de protesto: dias dedicados ao meio ambiente, à sustentabilidade, ao clima, mas não à natureza. O que aconteceu com essa ideia, que acompanhou a história do pensamento? Como foi que a natureza em algum momento desapareceu do nosso vocabulário, substituída pelo onipresente "meio ambiente"? Romances arbóreos, ensaios ecológicos, histórias vegetarianas, todos destacando o respeito ao meio ambiente e mais ninguém, exceto os publicitários, para se lembrar da natureza. E, no entanto, estamos falando de um conceito-chave; de uma palavra que ainda em 1976 em seu Keywords: a vocabulary of culture and society, Raymond Williams definia como a "palavra mais complexa" das nossas línguas.

Etimologicamente, natureza deriva do latim natus, ter nascido, por sua vez tradução do termo grego physis, a realidade fundamental de todas as coisas. Um termo que pela primeira vez encontramos em Homero associado às características intrínsecas de uma planta: "Ele colheu a grama do chão e me mostrou sua natureza". É bom ressaltar: mais uma vez, as plantas estão na origem de tudo. Sem plantas, não poderia haver vida animal. Elas são a própria essência da natureza - a natureza da natureza - a realidade fundamental da vida no planeta. A natureza é, de fato, a própria essência das coisas; o que torna as coisas o que elas são e, como tal, é independente da vontade humana.

Disso decorre uma divisão entre fenômenos naturais, inalteráveis ​​pelo homem e produtos humanos que podem ser modificados ou cancelados.

A natureza se torna "mãe natureza", representada por Gaia, a deusa grega primordial da potência da Terra. Dessa alta genealogia, decorre a afirmação de alguns dias atrás do secretário-geral da ONU, António Guterres, na véspera da cúpula climática: "A mãe natureza está zangada".

A mesma mãe natureza que provoca catástrofes, fornece alimentos saudáveis ​​"como a mãe natureza cria", ou uma paisagem inalterada na qual "nos regeneramos com a mãe natureza".

Uma concepção da natureza, ainda muito popular, mas perigosa. Poderia sugerir, de fato, a ideia de um planeta capaz de cuidar de si mesmo, independente do que fizermos. Mesmo se continuássemos produzindo CO2 e poluir o planeta, desmatar e modificar cada ecossistema presente na Terra, levando centenas de milhares de espécies vivas à mais rápida extinção em massa já vista no planeta, no final "a mãe natureza ainda seguiria seu curso". Essa mãe natureza que sempre percebemos como algo externo a nós, que existe ali afora, em algum lugar, mas que, em essência, não tem muito a ver conosco, homens.

Uma ideia que, estritamente falando, deveria ter desaparecido em 24 de novembro de 1859, quando Charles Darwin publicava em Londres A Origem das Espécies. Graças a Darwin, descobrimos que nossa espécie, evoluída através de um processo de seleção, está inextricavelmente ligada a todas as outras por uma rede global de relações cuja integridade é necessária para nossa sobrevivência. Mas a ciência é uma coisa e nossas antigas convicções são outra. Assim, é justamente durante a revolução industrial, nos mesmos anos de Darwin, que, paradoxalmente, a percepção da natureza se volta mais decisivamente para algo externo ao homem. A natureza se torna tudo o que é selvagem, não domesticado. Algo que é um obstáculo à sobrevivência humana. A conquista da natureza se torna sinônimo de progresso da civilização. Naqueles anos, George Perkins Marsh, o primeiro ecologista dos Estados Unidos, embaixador dos EUA na Itália de 1861 a 1882, está convencido de que a missão da humanidade é subjugar e domesticar a natureza, porque "onde quer que ele não consiga ser o mestre, só poderá ser o escravo”.

Assim, ainda hoje, apesar de São Francisco e Darwin, o uso da palavra natureza quase nunca transmite a ideia de comunhão com os outros seres vivos. Em nossos corações, não nos sentimos parte do processo natural, mas fora e acima dele. Precisaríamos de uma revolução copernicana que colocasse o homem em seu lugar na natureza. Antes de terminar, duas linhas sobre a palavra "contranatureza". Eu não a suporto. Se apenas se conhecesse um pouco sobre a natureza! Darwin escrevia, sempre ele: "Quanto mais estudo a natureza, mais me impressiona a força sempre crescente, lentamente adquirida pelas belas adaptações por meio da variação ocasional e mínima, porém multiplamente diferenciada, de cada parte do organismo, com a preservação das variações que se mostram benéficas em condições de vida complexas, que se alteram incessantemente, variações essas que transcendem, sem comparação, tudo o que a imaginação mais fértil poderia conceber". O que acrescentar mais?

 

Leia mais

  • Evolução e Fé. Ecos de Darwin. Revista IHU On-Line, Nº. 300
  • Ecos de Darwin. Revista IHU On-Line, Nº. 306
  • Francisco. O santo. Revista IHU On-Line, Nº. 238
  • A vingança de Gaia. Mudanças climáticas e a vulnerabilidade do Planeta. Revista IHU On-Line, Nº. 171
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