29 Abril 2019
O Programa Cisternas, criado para combater a insegurança hídrica no semiárido nordestino, vem sofrendo cortes de até 95% no seu orçamento. Segundo o UOL, se em 2012 foram destinados R$ 1,38 bilhão – maior valor alcançado –, em 2017 o programa chegou ao piso, com R$ 52,5 milhões. Em 2019 e 2018, o orçamento foi o mesmo: de R$ 75 milhões, bem longe de uma recuperação. Por isso, a Articulação do Semiárido (ASA) teme que a população enfrente um “apagão” de água. E contabiliza que, em abril, 343 mil famílias não têm qualquer fonte de abastecimento ou reserva de água. Ainda segundo a ASA, seriam necessários R$ 1,25 bi para zerar a fila de espera por cisternas que armazenem água para consumo humano. Para o consumo animal, necessário para a criação de gado para subsistência, por exemplo, seriam necessários investimentos de R$ 12 bi.
A informação é publicada por Outra Saúde, 29-04-2019.
Com a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, tudo o que diz respeito ao programa está em suspenso. “O espaço dessa interlocução [com o governo federal] era esse conselho. A definição de como seria usado recurso de cisternas sempre passou por lá, agora não sabemos mais como será”, disse Alexandre Pires, da ASA, para o site.
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Programa Cisternas atingido por corte de verbas. Semiárido teme novo apagão de água - Instituto Humanitas Unisinos - IHU