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11 Dezembro 2018

Em seu último livro, Désobéir (“Desobedecer”, ed. Albin Michel, 2017), ele investiga as razões de nossa passividade diante de um mundo cada vez mais desigual. Hoje, uma parte da população se insurge e Frédéric Gros, professor na universidade Paris-Est Créteil (Upec) e editor dos últimos cursos de Michel Foucault no Collège de France, analisa a expressão inédita de raiva dos coletes amarelos (gilets jaunes).

A entrevista é de Sonya Faure, publicada por Libération, 06-12-2018. A tradução é de UniNômade.

Eis a entrevista.

Assalariados ou aposentados, os coletes amarelos às vezes recorrem à violência em suas manifestações e gestos. Como isso se explica?

Para começar, a porção de violência emana de uma minoria de vândalos ou grupelhos que saem à rua para arranjar confusão. A violência é indiscutível, mas é preciso compreender até que ponto ela suscita ao mesmo tempo pânico emocional e consolo intelectual. Porque permanecemos num terreno conhecido. O verdadeiro problema consiste no fato dessa violência ser minoritária. Ela é a espuma escura de uma onda de indignação transversal, imensa e popular. A gente não causa de ouvir da parte dos “responsáveis” políticos o mesmo discurso de sempre: “a raiva é legítima, nós a entendemos, mas nada justifica a violência”. Gostaríamos de ver a raiva dos cidadãos, mas uma que fosse envernizada, bem ilustrada, que elaborasse uma pauta de demandas, agradecendo ao mundo político pela disposição em ceder seu precioso tempo para levá-las em consideração. Gostaríamos de ver uma raiva, mas destacada de sua expressão. É preciso admitir a existência de violências que não se originam de uma escolha ou cálculo, ao que seria inclusive impossível aplicar o critério do legítimo e do ilegítimo, porque essa violência é a expressão pura de uma exasperação. Esta é uma revolta do “isso é demais, já é demais”, do basta!. Todo governo tem a violência que merece.

O violento não seria o movimento não seguir as formas de contestação habitual?

O caráter heteróclito e disparatado da mobilização produz um mal estar, pois torna impossível a estigmatização de um grupo específico assim como o conforto dos discursos maniqueístas. Foi produzida uma situação de alheamento da parte das “elites” intelectuais ou políticas. Não somente elas não estão entendendo mais nada, como também se acham questionadas em sua capacidade de representação, abalando a certeza comprazida de suas próprias legitimidades. A única porta de saída para elas neste momento, ao invés de perguntar sobre a própria responsabilidade, tem sido demonizar o movimento e denunciar o seu criptofascismo. Isso as permite assumir a postura de defensores de uma democracia em perigo, de barrar a barbárie e posar como heróis novamente.

Essas formas de desobediência, essas violentas recusas de aparelhos intermediários da democracia representativa seriam um perigo?

Os riscos são grandes e o espontaneísmo representa um real perigo, social e político. Mas mesmo assim não podemos tomar por responsáveis pela crise da representação precisamente aqueles que, há trinta anos, têm sido os prejudicados pelas políticas orientadas a outros setores. Estamos pagando pela destruição sistemática do comum durante os últimos “Trinta Calamitosos”: a violência dos planos sociais, a ausência de futuro para as novas gerações, a busca insana de uma “modernização” que se traduz pelo empobrecimento das classes médias. A única coisa em que podemos estar certos é o fato que as vítimas dos levantes ou da repressão serão os mais frágeis.

Você trabalha com o conceito de segurança. O que pensa sobre a resposta do Estado depois das manifestações e depredações?

Da parte das forças da ordem, desta vez, estamos ouvindo o mesmo discurso: “A violência é totalmente inédita, jamais vimos algo assim, uma tal enchente, uma tal brutalidade.” Mas essa ênfase na “novidade” não deveria servir de pano para esconder o aumento da repressão.

Em seu recente livro, Desobedecer, você analisa as raízes de nossa passividade. O que se passou para que os coletes amarelos tenham saído do conforto do conformismo?

Essencialmente, a nossa obediência política se alimenta da convicção que é inútil se revoltar: “a quem beneficiaria?”. E depois chega o momento imprevisível, incalculável, do “já é demais”, da medida do inaceitável. Esses momentos de estopim são de uma tal densidade histórica que não podem ser previsíveis. São momentos em que o medo muda de lado, quando novas solidariedades são inventadas e se experimentam alegrias políticas de que tínhamos perdido o gosto. Descobrimos que podemos desobedecer juntos. É uma promessa frágil que pode voltar como o seu contrário. Mas não daremos lições àqueles que, com seus corpos, tempo e gritos, proclama que outra política é possível.

Estamos num grande momento de desobediência coletiva?

Sim, uma desobediência consciente de sua própria exasperação. Nos últimos trinta anos, fizemos de tudo para despolitizar as massas, para comprar os aparelhos intermediários, para desencorajar a reflexão crítica, e agora nos espantamos em ver um movimento sem direção política clara, que recusa toda liderança. Essa desobediência é um profundo testemunho de nossa época. Em primeiro lugar, deveríamos perguntar aos próprios atores do movimento.

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