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Desenredando as experiências de ser 'Queer e católico'

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26 Abril 2018

Queer and Catholic: A life of contradiction (Queer e católico: uma vida de contradição, em tradução livre) é uma nova autobiografia de um católico gay do Reino Unido que relata a sua evolução em sexualidade e espiritualidade e em que ponto as duas áreas convergiram. O livro foi escrito por Mark Dowd, um ex-frade dominicano que deixou a vida religiosa para se dedicar à carreira de jornalista na TV e no rádio, inicialmente na BBC e agora como jornalista independente. Mark compartilhou algumas de suas ideias sobre a vida e o livro com Francis DeBernardo, do Bondings 2.0, 25-04-2018.

Eis a entrevista.

O título de sua autobiografia é "Queer e católico" e o subtítulo "uma vida de contradição". Pode explicar um pouco essa contradição?

Na verdade são DUAS contradições. Em primeiro lugar, muitas pessoas de fora da Igreja Católica Apostólica Romana podem pensar que é impossível ser feliz sendo gay e católico por causa da posição oficial da Igreja de que a homossexualidade seria "desordenada". No entanto, a narrativa do livro mostra que não é assim.

A segunda contradição é que, apesar da doutrina, é irônico que uma parte da Igreja seja muito a favor dos gays e represente um lugar positivo para as pessoas LGBT. Faço referência a alguns desses lugares nos capítulos das seções sobre a vida Dominicana e também sobre o making of do filme "Queer and catholic". Sempre afirmei que se a sociedade vegetariana descobrisse que mais de 50% dos membros amava carne, teria uma crise de identidade. O mesmo vale para a Igreja Católica e sua doutrina, apesar da preponderância de homens gays.

Você dedica o livro aos seus pais. Como foi a reação deles quando você saiu do armário? O que eles acharam de você escrever um livro sobre sua fé e sexualidade?

A reação inicial não foi maravilhosa. Era 1974 e eles correram para me levar no médico para me tratar. Ao longo dos anos eles amadureceram, minha mãe até mais do que o meu pai. Infelizmente, quando eu finalmente terminei de escrever o livro em 2016, eles já tinham falecido. Para falar a verdade, talvez escrever um relato honesto com minha opinião sincera sobre eles tivesse sido muito difícil se eles ainda estivessem vivos.

Meus pais eram católicos e nasceram nos anos 20 em famílias da classe trabalhadora. Isso nunca seria fácil para eles, e eu jamais duvidei do amor deles por mim. Nos primeiros anos da minha adolescência, apesar de lutarem contra a minha sexualidade, que começava a emergir, eles nunca me rejeitaram. Conforme os anos foram passando e eles foram tendo contato com outros amigos e parceiros LGBTQ, acho que foi ficando mais fácil para eles.

Quando você era jovem e sabia que era gay, você entrou para os frades dominicanos e ficou lá por um breve período. Sua experiência na vida religiosa ajudou ou dificultou sua capacidade de conciliar sua espiritualidade e sexualidade?

Acho que não dificultou, ajudou. Entrei em 1981 e fiquei menos de dois anos, mas me disseram logo no início que ser gay não era um problema. Eu estava cercado de muitos professores brilhantes e pastores que também eram gay. Quando entrei no dilema de ficar ou sair para morar com um homem por quem me apaixonei, ouvi excelentes palavras e conselhos do prior, sem julgamentos. Os dominicanos da Inglaterra foram e ainda são uma inspiração para mim.

Sua história é muito pessoal e cheia de detalhes de sua vida particular. Para você, quais são alguns dos elementos ou emoções de sua história que vão encontrar eco em outros católicos LGBTQ?

Muita coisa. Por exemplo, tentar entender o sentido da mensagem do Evangelho. É intrigante ouvir tudo aquilo sobre a sua sexualidade ser "desordenada" e perceber que, para Jesus, essa questão não era, nunca foi mencionada (na verdade sexo é algo bem menor... ele parece muito mais preocupado com justiça social para os marginalizados e com a hipocrisia e a prática religiosa legalista e vazia.)

Eu também acho que buscar construir uma nova família para além do entorno imediato e familiar é uma experiência comum, assim como a luta para encontrar intimidade descontraída e aceitação no parceiro. A alegada "instabilidade" nos relacionamentos LGBT talvez remonte à minha geração (tenho 58 anos) a sentimentos de desaprovação e falta de confiança que adquirimos cedo e podemos nunca superar totalmente. Estamos enganando a nós mesmos quando dizemos que superamos quando ainda há feridas abertas para lidar que podem advir da infância.

Como você se nutre espiritualmente?

Mal! Minha mente é tão inquieta, e se distrai com tanta facilidade pedindo estímulos constantes, que orar e meditar é muito difícil para mim. Me comprometi a ir a um retiro de oito dias dos jesuítas ainda este ano para pedir alguma orientação. Resumindo, fico nutrido não por nenhum dos meus próprios esforços, mas pela graça de Deus, que, quase diariamente, coloca pessoas inspiradoras e palavras de sabedoria ao meu redor. É um dom, e não vem de nada que eu tenha feito.

Como os leitores do livro também vão ver, me dedico muito ao exemplo do amor sacrificial e generoso do beatificado Oscar Romero, cujo martírio em 1980 teve um efeito muito forte em mim. Estou muito feliz que ele vai se tornar santo em breve. Sempre tive dificuldades de me dedicar a algum santo em particular, mas este é um que é uma estrela polar para mim. Acho que o fato de ele ter largado tudo para seguir a vontade de Deus é incrivelmente inspirador e muito assustador. O mesmo é exigido de nós, e tenho consciência de que é extremamente difícil.

Que dons as pessoas LGBT trazem à Igreja Católica?

Tirando os dons óbvios da imaginação, da inteligência e da habilidade musical, um dom especial é a fidelidade. É tão fácil fazer as malas e sair da Igreja, mas os que mostram lealdade testemunham o poder do Evangelho e seu encanto transcendental. É uma oportunidade de dar um testemunho da verdade. Esta característica foi algo que minha mãe percebeu: "Deve haver algo para vocês todos ficarem e querem permanecer", dizia. "Por que os bispos e cardeais não veem isso?" Boa pergunta, mãe! Felizmente, aos poucos, muitos deles estão começando a mudar de opinião.

Por que os católicos LGBTQ devem permanecer na Igreja?

Se a mensagem do Evangelho é baseada na verdade e a Igreja Católica tem uma missão especial de mostrar essa verdade para o mundo, ir embora seria uma derrota, apesar de compreensível. "Bem-aventurados os que sofrem quando eles falam todo tipo de calúnia contra você e são perseguidos", dizem as bem-aventuranças. E quem poderia imaginar que muito dessas ações negativas poderia vir dos companheiros católicos e cristãos! Mas a Igreja é o povo de Deus peregrino itinerante, e as pessoas LGBT são parte dessa história que ainda não veio à tona. Os católicos têm que abraçar a tradição e a autoridade, mas uma fé que abraça a encarnação também tem que aceitar o fato de que o mundo que Deus fez é inerentemente bom e as pessoas LGBT fazem parte da tessitura da criação. A Igreja precisa de NÓS para trazer a verdade ao mundo sobre sermos simplesmente uma variante em minoria que ocorre naturalmente em um mundo pluralista. Uma solução não serve para todos, e os jovens LGBT precisam que sejamos modelos, que fiquemos firmes e falemos sobre que somos com orgulho. Jesus NOS AMA!

Como católico gay, você tem esperança que a Igreja se torne um local de plena igualdade para as pessoas LGBT?

Não nessa vida. Meu pessimismo se dá por dois fatores. O primeiro é que qualquer mudança na doutrina da Igreja sobre atos homossexuais será inevitavelmente vinculada a contracepção artificial, visto que a visão atual é que toda atividade sexual deve estar vinculada à possibilidade de procriação. Se a Igreja admitir uma mudança na encíclica Humanae Vitae, de 1968, muitos vão ver como uma crise de autoridade da doutrina e do seu posicionamento no mundo (apesar de cerca de 90% dos católicos ou mais não concordar com a doutrina!). Muito se falará sobre relativismo e sobre ser um passo arriscado, então a mudança - quando vier - vai vir daqui a algum tempo, eu acho.

Em segundo lugar, Roma está envolvida numa batalha por corações e mentes na África e em outras partes do mundo onde o islã e o cristianismo evangélico estão em ascensão. Ser visto como complacente com questões LGBTQ provavelmente não cairia bem nesses lugares e pode levar a uma perda de influência, o que muitos cardeais com um forte senso geopolítico achariam desagradável. No mundo ideal, a discussão deveria ser sobre justiça e integridade, e não sobre poder, influência e números. Mas infelizmente nós não vivemos nesse mundo.

Eu me casei poucas semanas atrás. Não poderia haver nenhuma menção a Deus na cerimônia civil (o Reino Unido é ferozmente secular nesses assuntos), e é triste que, se eu quiser agradecer a Deus por meu marido Stephen de alguma forma, na presença de um ministro ordenado com meus amigos e minha família, vai ter que ser quietinho e nos bastidores. Totalmente o oposto do espírito necessário de abertura e de celebração. Rezo e espero que um dia não seja assim!

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