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Vem aí uma globalização à chinesa?

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21 Mai 2017

"A revoada dos gansos-cisnes já começou. A próxima grande pergunta é com que ênfase as Novas Rotas da Seda reescreverão as regras do jogo do comércio global, sem agitar demais atores ultrassensíveis, como a Índia", escreve Pepe Escobar, jornalista brasileiro, correspondente internacional desde 1985, morou em Paris, Los Angeles, Milão, Singapura, Bangkok e Hong Kong, em artigo publicado por Outras Palavras, 18-05-2017.

Pequim lança Nova Rota da Seda, megaprojeto de infraestrutura que terá enorme impacto na Ásia e chegará à Europa Ocidental. Presidente Xi afirma que não se trata de neocolonialismo disfarçado.

Eis o artigo.

O presidente Xi Jinping invoca heróis da dinastia Ming, estratégias geopolíticas de desenvolvimento e analogias com os gansos selvagens asiáticos para retratar a iniciativa chinesa Novas Rotas da Seda como nave madrinha de uma nova ordem mundial focada no comércio.

O presidente Xi Jinping usou o Fórum Internacional Nova Rota da Seda, de dois dias, em Pequim, para fixar a China como a nave madrinha de nova ordem mundial benigna, focada no comércio. Esse é, disse Xi, um “novo modelo de ganha-ganha e cooperação” que prevalecerá sobre a diplomacia dos canhões.

No início da conferência, a rede estatal chinesa Xinhua cuidou de esclarecer que a iniciativa – oficialmente chamada, antes, de “Um Cinturão, Uma Estrada” [ing. One Belt, One Road (OBOR)] e chamada agora “Iniciativa Cinturão e Estrada” [ing. Belt and Road (BRI)] — nada tinha de “neocolonialismo disfarçado”.

“A China não carece de estados fantoches” – disse Xinhua, repetindo, na essência, o que Xi disse em seu discurso histórico.

“A China quer partilhar sua experiência de desenvolvimento com o resto do mundo” – disse Xi –, “mas não intervirá nos assuntos internos de outros países, não trabalhará para exportar nosso sistema social e nosso modelo de desenvolvimento, nem forçará outros países a aceitá-los.”

O Comunicado que o Fórum distribuiu – um resumo dos pontos principais do discurso de Xi – registrava que as nações representadas em Pequim comprometiam-se a promover “cooperação prática por estradas, ferrovias, portos, vias marítimas e internas de transporte por água, aviação, oleodutos e gasodutos de energia, eletricidade e telecomunicações”.

Fonte: Outras Palavras

O Big Business também estava lá representado e, pelo que se diz, entusiasmadíssimo.

Jack Ma de Alibaba, tão comprometido com promover uma Plataforma eletrônica de Comércio Mundial, falou à mídia chinesa durante o Fórum e saudou o movimento da iniciativa BRI para “incluir jovens, mulheres, empresas pequenas e países em desenvolvimento.”

No último dia do Fórum, Pequim construiu até uma espécie de Nações Unidas da Nova Rota da Seda, no formato de uma Mesa Redonda de Líderes, com microfones igualmente abertos e acessíveis a todos. O evento foi ilustração elegante e cheia de estilo de como Xi deseja que o mundo veja a iniciativa chinesa.

“A intenção primária e mais alto objetivo da ‘Iniciativa Cinturão e Estrada'” é permitir que cada membro se associe ao processo de enfrentar os desafios econômicos globais, encontre novas oportunidades e motores de crescimento, alcance situação de ganha-ganha e continue a andar na direção de uma comunidade com destino coletivo” – disse Xi.

Xi elogiou o mestre da navegação da dinastia Ming, almirante Zheng He – como “emissário amistoso” – antes de oferecer uma metáfora da nova ordem comercial mundial que acabava de delinear.

“Os gansos-cisnes selvagens“, disse ele, de uma grande ave selvagem, rara, encontrada na Ásia, mas não na Europa” – voam muito longe e em plena segurança vencendo ventos e tempestades, porque voam em bandos e ajudam-se uns os outros, como equipe.”

Monte num cisne selvagem

Não há dúvidas de que as Novas Rotas da Seda encontrarão turbulência pela frente. No Fórum, a ministra de Economia e Energia da Alemanha, Brigitte Zypries, ameaçou não assinar o comunicado final, se não houvesse firmes garantias para livres concorrentes – sem favoritismos para empresas chinesas – relacionados a outros projetos futuros de OBOR/BRI.

Sim, mas… em termos de expansão/exploração/construção de ferrovias, quem poderia competir com a China?

Trens de carga partem já regularmente da China oriental e da China central, atravessando as estepes da Ásia Central e apontam pontualmente a milhares de quilômetros de distância em 17 dias, antes de chegar a Londres, Madrid, Duisburg ou Lyon. Partem lotados de produtos domésticos, roupas e peças de reposição de maquinário, e voltam com produtos químicos, vinhos e produtos para bebês.

É duas vezes mais rápido que o comércio por mar, ainda que um trem de carga carregue menos de 100 contêineres, comparados com os mais de 20 mil que viajam por navios cargueiros. Mas o que realmente interessa é que até aí é só a primeira perna de uma futura rede de ferrovias para trens de alta velocidade que ligarão o leste da China à Europa via a Ásia Central.

Estão previstas no plano de expansão também parcerias público-privadas. Por exemplo, o primeiro ramo da Ferrovia Rota da Seda, que liga Chongqing a Duisburg, foi promovida na verdade, há seis anos passado, não por políticas de Pequim, mas pela gigante Hewlett-Packard do Vale do Silício, para embarcar milhões de notebooks para a Europa, por trem.

Mas agora a política da China avança rapidamente por toda a Europa. No Fórum, a Europa Oriental estava pesadamente representada e a região está sendo ajudada por um fundo criado há três anos, para investir, inicialmente, US$10 bilhões de euros.

Ano passado, China Everbright comprou o aeroporto de Tirana, na Albânia. O China Exim Bank está financiando a construção de rodovias em Macedônia e Montenegro. Em 2014, China Road & Bridge Corporation construiu uma ponte sobre o rio Danúbio em Belgrado, a chamada “ponte da amizade sino-sérvia”, a maior parte da qual foi financiada pelo China Exim Bank.

E há a ferrovia de trens de alta velocidade entre Atenas e Budapeste, via Macedônia e Belgrado. O ramo crucial Budapeste-Belgrado – não liberado pela União Europeia – deve entrar em operação finalmente ainda esse ano.

Mais uma vez, a geoeconomia empurra a geopolítica. Ao investir num corredor do Mar Egeu até a Europa Central, Pequim estará estimulando ativamente o comércio a partir do famoso porto grego de Pireu, que na verdade já está sob controle chinês desde 2010.

E agora a batalha por soft power

Zhou Wenzhong, secretário-geral dos fóruns regionais de negócios de alto nível, o Boao Forum para Ásia, fala das Novas Rotas da Seda como “a resposta da China à globalização”. Mas é realmente mais que isso. É realmente a visão do novo mundo. Visão composta de tantas partes, todas em movimento constante, que até agora continua difícil de definir.

Xi usou o Fórum para tentar esclarecer o conceito, mas verdade é que só as condições e circunstâncias em campo definirão as diferentes estratégias no futuro. Incluirão, para cada projeto, coordenação política e de financiamento que tenham potência para empurrar a iniciativa além de um boom de infraestrutura.

O Fórum já deixou claro como atores muito significativos disputam posições. Já se observa surto de competição entre Hong Kong e Londres sobre quem será a fonte privilegiada de financiamento. Enquanto Hong Kong mantém-se como centro offshore número um do mundo para compensações em yuan, o chanceler britânico Philip Hammond já enfatiza que Londres continua a ser o principal centro financeiro do mundo, insuperável para prover as necessidades “de banking internacional” das Novas Rotas da Seda.

A revoada dos gansos-cisnes já começou. A próxima grande pergunta é com que ênfase as Novas Rotas da Seda reescreverão as regras do jogo do comércio global, sem agitar demais atores ultrassensíveis, como a Índia. Mas é bem aí que se insere o chip do soft power.

Agora, os gansos-cisnes de Pequim começam a trabalhar para seduzir o Sul Global e trazê-lo para uma parceria irresistível que transcende o mero comércio.

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