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Uma ideia perigosa

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23 Agosto 2016

A ideia de povo escolhido é, talvez, a mais perigosa da história da humanidade. As piores barbáries já foram cometidas em nome de um Deus “que é nosso”, não é “deles”. E portanto, em nome dessa causa, todos os pecados são redimidos. Massacres de povos nativos, guerras “santas”, civilização contra barbárie, tudo pode ser nomeado para legitimar a força contra nações, subjugar povos e até mesmo exterminar quem ouse “estar contra Deus” ou apenas contra a ideia de um único Deus para toda a humanidade. Ao olharmos para trás, na história, veremos que a cruz e a espada sempre andaram juntas.  Hoje não é muito diferente, pois bombas continuam a ser despejadas por civilizações monoteístas – judaicas, cristãs e islâmicas. Se só um Deus pode ser ver dadeiro, imagine o que seus adoradores não são capazes de fazer para impô-lo a todos os povos.

O comentário é de Celso Vicenzi, jornalista, publicado no seu blog, 22-08-2016.

Somos os escolhidos, somos os eleitos. É assim também que muitos jogadores de futebol posam para as câmeras depois de importantes conquistas esportivas. Não foi diferente no Maracanã que comemorou a medalha de ouro de nossa seleção olímpica. Neymar, o capitão, o craque, o mais bem pago jogador brasileiro, fez questão de aparecer nas fotos e nas transmissões de TV com uma faixa e a mensagem “100% Jesus”.

Outro destaque dessa conquista, o goleiro Weverton, disse que Deus o abençoou: “Pátria amada, o ouro é nosso, mas a glória é de Deus” e acrescentou que “muita gente tentou, mas Deus botou essa geração para fazer história e a gente fez”. Eleitos, portanto, pessoas especiais.

Para essas pessoas, Deus, certamente sem muito o que fazer em meio a um universo de infinitas estrelas e galáxias, olha para o planeta Terra e decide: hoje é dia de empoderar Neymar, Weverton e seus companheiros. Por que os alemães e outros povos que cruzaram o caminho do ouro olímpico brasileiro no futebol masculino não mereciam essa glória é, certamente, questão para intrincadas explicações teológicas. Não importa que do outro lado tenha outros seres humanos. Talvez, até, iguais em crença ou valores. Mas Deus tem suas razões. E se diferentes, o que os torna menos especiais entre o conjunto de seres humanos? A resposta para quem crê e pouco se importa com tudo que aconteça ou venha a acontecer, é sempre a mesma: Deus assim quis. Foi assim no holocausto dos judeus, ciganos, negros, gays e todos que não pertenciam à raça ariana. U m Deus cruel, certamente, mas que não deve jamais ser abandonado, aconteça o que acontecer.

Neymar, que é seguidor da Igreja Pentecostal de São Vicente (SP), já havia usado a mesma faixa na cabeça depois da vitória por 3 a 1 contra o Juventus, na final da Champions League, no estádio Olímpico de Berlim, em 2015. Na ocasião, recebeu críticas do jornal francês Le Figaro, que o acusou de fazer proselitismo religioso. Também foi muito criticado por brasileiros nas redes sociais. A Fifa apagou o texto da faixa no vídeo oficial.

Apesar da entidade proibir manifestações políticas e religiosas em campo, tem permanecido omissa sobre o que acontece após o fim da competição, mesmo que o atleta ainda esteja no gramado, palco de sua conquista ou derrota. Desconfio que toda essa brandura tenha muito a ver com o tipo de mensagem, cristã ocidental. Certamente o comportamento da Fifa seria outro, mais rigoroso, se a mensagem fosse, por exemplo, para Alá ou para os orixás.

Também a Confederação Brasileira de Futebol não tem se manifestado sobre essas ações e declarações de seus jogadores. Em 2002, Kaká exibiu uma camiseta com os dizeres “Eu pertenço a Jesus”, ainda no gramado, depois da conquista do pentacampeonato contra a Alemanha. Fica a dúvida se um jogador brasileiro resolvesse exibir uma faixa “100% umbanda”, “100% islã” ou “100% candomblé”, por exemplo, se haveria a mesma condescendência.

Da mesma forma, não parece aconselhável erguer bandeiras de estados da federação no pódio da Olimpíada. Por uma razão muito simples, por mais que se entenda o sentimento de orgulho de alguns atletas: naquele momento os jogadores representam toda uma nação, todos os estados da federação, o Distrito Federal e, portanto, também não cabem atitudes bairristas. Já imaginaram um pódio de uma seleção brasileira de futebol em que cada jogador resolvesse  levar a bandeira do estado onde nasceu? Não é a hora.

Nenhum atleta deve ser impedido de manifestar-se politicamente, mas é recomendável fazê-lo fora do local de disputa, sob pena de transformar as arenas esportivas em arenas políticas. O mesmo não se aplica aos torcedores que, ao contrário de um atleta, não estão, naquele momento, representando uma nação (embora a uma pertençam), mas apenas a sua opinião pessoal. Atletas representam muitas pessoas, seja uma agremiação, uma torcida, um estado ou um país, conforme a competição. Torcedores, mesmo quando juntos, no mesmo espaço de uma arquibancada, estão ali de maneira independente. Podem erguer um “Fora, Temer” ou um “Fica, Temer”. Vaiar ou aplaudir.

Mas é desaconselhável que atletas brasileiros façam gestos de continência à bandeira quando no pódio. Vale a mesma premissa: embora sejam atletas oriundos das Forças Armadas, não estão ali para exaltar especificidades, mas sim a totalidade do povo brasileiro, composto por militares e civis, religiosos e agnósticos, de perfil ideológico à direita e à esquerda, hetero ou homossexuais, todas as nuances de padrões.

Diante de injustiças e preconceitos, como o racismo de boa parte da sociedade norte-americana, nossa tendência é ver com bons olhos protestos como os de atletas negros que ergueram os braços, mãos fechadas, em apoio aos Panteras Negras, na Olimpíada de 1968, no México. Mas se é livre a manifestação política e ideológica, abre-se espaço também para atitudes reacionárias. Já imaginaram uma faixa “100% Bolsonaro?”

Melhor deixar a política para outros cenários e outros momentos. Fora da arena esportiva, os atletas têm total liberdade para dizer e fazer o que bem entenderem (ou não entenderem!), desde que não incorram em apologias e atos tipificados como crimes. De qualquer forma, sintoma de um momento que toma conta do país, com ideias que já causaram tantos problemas no passado, o Brasil olímpico de 2016 se refletiu em pódiuns com atletas que fizeram continência à bandeira e se disseram “100% Jesus”.

Em seu devido contexto, esse amálgama de crenças de nítida ideologia autoritária, também está presente no atual golpe contra a democracia.

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