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Povos indígenas do Rio Negro: uma morte lenta, certa e lucrativa

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Por: André | 24 Mai 2016

“O futuro dos povos indígenas do Rio Negro é, no mínimo, imprevisível, embora, percorrendo algumas comunidades da região, me atrevo a afirmar que é pouco alentador e que sua sobrevivência é cada vez mais complicada. A situação de abandono na qual muitos vivem é escandalosa, motivada pelas grandes distâncias, mas sobretudo pela exploração silenciosa que sofrem por parte das instituições que deveriam ajudá-los”, reflete Luis Miguel Modino, em artigo publicado por Religión Digital, 22-05-2016. A tradução é de André Langer.

Eis o artigo.

O futuro dos povos indígenas do Rio Negro é, no mínimo, imprevisível, embora, percorrendo algumas comunidades da região, me atrevo a afirmar que é pouco alentador e que sua sobrevivência é cada vez mais complicada. A situação de abandono na qual muitos vivem é escandalosa, motivada pelas grandes distâncias, mas sobretudo pela exploração silenciosa que sofrem por parte das instituições que deveriam ajudá-los.

Não são poucos os que se aproveitam e roubam abertamente aquilo que teria que ajudar os indígenas a desfrutar da sociedade do bem viver. São recursos que chegam do governo federal e inclusive de organizações internacionais e dos quais não desfrutam aqueles aos quais são realmente destinados. Atrevo-me a afirmar isto abertamente comprovando como muitos dos que assumem cargos de responsabilidade nos diferentes organismos se enriquecem em pouco tempo, muito acima do que seria possível se sua única fonte de renda fosse o salário que recebem.

A indignação aumenta ao ver as consequências deste desvio de recursos, o que faz com que muitas escolas das comunidades tenham uma infraestrutura precária, imprópria e inadequada para levar a cabo um processo educativo, ao que se une o agravante de que três meses após a data em que teoricamente deveriam começar as aulas não chegaram os livros de texto, a merenda escolar ou outras coisas básicas que não deveriam faltar.

Qual será o futuro de Irene, Natália, Giselly, Jailson... e de tantas outras crianças que veem como os anos passam e os conhecimentos, não por sua culpa, não aumentam? Onde e como estarão estes pequenos indígenas dentro de 30 ou 40 anos? Vão continuar morrendo em consequência de uma gripe, como aconteceu na semana passada com um homem de uma comunidade? Os médicos vão continuar sendo uma “rara avis” em muitos lugares e os medicamentos um luxo fora do alcance daqueles que sofrem doenças que seriam facilmente curadas? Por que não são garantidos os direitos básicos que a própria Constituição brasileira universaliza?

Quando séculos atrás foram invadidas as vidas, terras, costumes e tradições destes povos, e neste processo foram obrigados a fazer parte de uma sociedade completamente diferente, entrou-se em uma dinâmica de inclusão-exclusão na qual a segunda parte sempre levou a melhor. Fazer parte de um país que nega abertamente os direitos que constitutivos da cidadania é uma carga muito pesada e difícil de suportar para os povos indígenas brasileiros, pois o que acontece na região do Rio Negro repete-se por todas as partes do gigante sul-americano.

A morte dos povos indígenas interessa a muita gente. Que pouco a pouco suas terras sejam abandonadas e sua identidade étnica esquecida teria como consequência que uns poucos possam ter acesso a recursos naturais que hoje lhes são proibidos. As oligarquias nacionais, junto com grandes corporações internacionais, estão vigilantes para, no momento preciso, precipitar-se como abutres sobre aquilo que anseiam há muito tempo e que lhes permita continuar enriquecendo-se à custa do sofrimento alheio.

Este processo de morte será menos chamativo na medida em que não seja repetitivo. Se pouco a pouco se consegue que aqueles que cuidaram da “Casa Comum” vão abandonando essa missão, tudo será mais fácil. Ainda estamos a tempo de parar essa dinâmica, mas para isso é obrigatório que nos impliquemos e estejamos dispostos a colaborar para que seja assumida uma consciência que valorize os povos indígenas e reconheça sua grande contribuição histórica, facilmente percebida quando se anda nas áreas mais distantes, onde a biodiversidade foi conservada durante séculos, pois, como certa vez ouvi de um indígena, eles têm consciência de que “a natureza é a nossa mãe e não se maltrata uma mãe, não se vende nem se compra”. Uma mãe que dá gratuitamente aquilo que torna possível a sobrevivência destes povos.

Como Igreja, como missionários, somos chamados a refletir para descobrir de que lado da história nos situamos. A partir do livro do Êxodo, a Bíblia nos mostra a imagem de um Deus que promove a libertação de seu Povo, superando a dinâmica de opressão à qual os israelitas se viam submetidos por parte do faraó. É um Deus que se encarna, que toma partido, que não quer ser “politicamente correto” e permitir que o sofrimento das pessoas continue. Este processo continuou acompanhando a vida da humanidade ao longo da história e, em consequência disso, na medida em que queremos tornar realidade o Reino de Deus, um mundo melhor para todos, somos chamados a ser instrumentos que ajudem os excluídos a entrar em um processo de libertação.

Seria muito mais fácil viver à margem de todo tipo de problemática, enclausurando-nos em nossas fortalezas eclesiásticas e esquecendo-nos de tudo o que faz sofrer aqueles que nos rodeiam. Estou convencido de que entrar nesta dinâmica, que nos leva a separar o divino do humano, a não unir fé e vida, só pode ter como consequência a perda de identidade de um processo evangelizador que sempre deve ser realizado em nome de um Deus que, sendo divino, se faz humano, que podendo ser o primeiro, escolheu ser o último e estar entre e com quem não conta.


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