19 Dezembro 2012
Igrejas históricas denunciaram, em manifesto, a corrupção endêmica, a impunidade, a desigualdade e os políticos que tiram proveito dessa situação, apresentando-se como "salvadores da pátria".
Esse quadro tem "impacto direto sobre os mais empobrecidos, perpetuando uma situação de desigualdade e gerando um ambiente favorável à violência. É exatamente este segmento da população que mais necessita dos serviços públicos de saúde, educação, transporte, moradia, saneamento e outros benefícios de responsabilidade do Estado" e que são prejudicados quando desvios de recursos acontecem, aponta o manifesto.
A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 18-12-2012.
A cultura da impunidade, afirma o texto, garante que determinados criminosos jamais serão alcançados pelos rigores da lei, "gerando a descrença no sistema judicial que funciona apenas para os que não podem contratar advogados de renome".
Além dos políticos aproveitadores, o manifesto critica os líderes religiosos "ávidos por dinheiro" que oferecem prosperidade "sem trabalho" e sucesso com simples menção da fé.
Ao incentivar à busca de um Brasil melhor, o manifesto conclama cristãos e homens e mulheres de boa vontade a "assumirem uma postura firme e consciente, rejeitando e repudiando todos os processos de corrupção, desde aquelas simples 'gratificações' para se obter alguma vantagem ou se livrar de multas ou penalidades, até o silêncio conivente diante das grandes negociatas".
Assinam o manifesto as igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Luterana do Brasil, Metodista, Metodista Wesleyana, Metodista Livre, Presbiteriana Unida, Presbiteriana Independente e Presbiteriana Renovada do Brasil.
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Corrupção tira recursos dos mais necessitados, diz manifesto de igrejas históricas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU