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"O mensalão é a instalação do PT na política de direita brasileira". Entrevista com Thales Ab'Sáber

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06 Agosto 2012

"Os demais partidos, inclusive os partícipes do próprio mensalão, também não têm nada a oferecer de melhor. Basta lembrarmos que o esquema do mensalão foi montado por operadores do PSDB de Minas Gerais, envolvendo a companha do então presidente do partido Eduardo Azeredo. Também é bom lembrar as denúncias de malas de dinheiro para parlamentares no processo da aprovação da reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Sem falar em Maluf, o novo aliado do PT", afirma Thales Ab'Sáber, professor de Filosofia da Psicanálise da Unifesp, em entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo, 05-08-2012.

Segundo ele, "a tentativa de naturalizar e tornar invisíveis os crimes é a mesma na corrupção de Estado da política brasileira e na corrupção financeira do mercado global. Trata-se de apostar em uma política do absurdo para salvar a própria pele, o que pode acabar produzindo efeitos políticos regressivos muito graves sobre o todo".

Eis a entrevista.

O mensalão representa "um divisor de águas" na história do PT?

O que o episódio demonstrou claramente foi que o PT passou a agir como um partido tradicional brasileiro. Foi o cartão de visita e o atestado das práticas políticas de direita que o partido passou a utilizar para chegar e se manter no poder -- entendida a direita aqui nos termos da política brasileira. Conchavos de bastidores com partidos oportunistas e mesmo politicamente inimigos, manipulação de processos eleitorais através de acordos que serão pagos posteriormente a qualquer custo, concepção do Estado como uma fonte de financiamento dos interesses particulares de grupos, tudo isso à margem da lei. Não é de nenhum modo um mundo de práticas digno dos ideais e proposições políticas criativas e modernizadoras que embalaram o PT no tempo de sua criação e crescimento. Não por acaso, é isto que quer dizer o mensalão: guinada às praticas políticas tradicionais, de modo que o PT se tornou confiável e parte do clube brasileiro do uso particular do Estado, das elites que sempre agiram assim. O mensalão é a instalação do PT na política de direita brasileira.

As críticas ao petismo lhe parecem exageradas, levando-se em conta que a questão ética sequer é mencionada pelos demais partidos?

O mensalão foi um episódio gigantesco de agregação de interesses particulares à chegada futura do PT ao poder. Era uma venda no mercado futuro da política. É um grande escândalo de corrupção, não é coisa pequena de nenhum modo. Evidentemente os demais partidos, inclusive os partícipes do próprio mensalão, também não têm nada a oferecer de melhor. Basta lembrarmos que o esquema do mensalão foi montado por operadores do PSDB de Minas Gerais, envolvendo a companha do então presidente do partido Eduardo Azeredo. Também é bom lembrar as denúncias de malas de dinheiro para parlamentares no processo da aprovação da reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Sem falar em Maluf, o novo aliado do PT. O mensalão foi a entrada do PT para este clube de gente muito fina da política brasileira.

Que acha do modo como o PT lidou com o problema? Lula começou admitindo o erro e pedindo desculpas ao País e depois passou a negar que tenha existido mensalão.

O PT quer que a sua militância e a sociedade sejam condescendentes com o caso, tentando produzir uma alucinação negativa de que ele não existiu. E isto é grave. Imaginar que medidas que sempre serviram para julgar os outros não devem julgar o próprio PT... O governo corria risco real e Lula veio a público se dizer traído. Anos depois, com o razoável sucesso econômico do governo, passou a negar a existência do escândalo, sentiu-se desobrigado de sustentar a própria posição. É uma lógica do enfraquecimento da consciência dos cidadãos, de fragmentação, contradição não reconhecida, que quer produzir egos não integrados, que aceitem a qualquer preço todo o absurdo. Os banqueiros de Wall Street também sustentam que não devem ser julgados ou responsabilizados por suas ações, que quebraram o mundo, que elas aconteceram por uma natureza automática das coisas. A tentativa de naturalizar e tornar invisíveis os crimes é a mesma na corrupção de Estado da política brasileira e na corrupção financeira do mercado global. Trata-se de apostar em uma política do absurdo para salvar a própria pele, o que pode acabar produzindo efeitos políticos regressivos muito graves sobre o todo.

Que herança o mensalão vai deixar, para o PT e para a política brasileira?

O poder sempre tenta apagar as marcas de seus crimes e estabelecer um mundo sem rugosidades para si próprio. É uma velha discussão, clássica da filosofia política, se há algo de substantivo na justiça ou se a justiça é apenas "a conveniência do poder". O que coloca problemas sérios sobre o próprio sentido da democracia. Enquanto estiver no poder, o PT vai demandar os privilégios próprios dos poderosos. Mas, no dia que perder o poder, eu realmente temo pelo seu destino. Até lá ele tenta desesperadamente se enraizar nos municípios e no Estado enquanto perde relevância histórica. Ou seja, tenta tornar-se um PMDB qualquer.


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