03 Julho 2012
Evangélicos foram, dentre as religiões presentes no Brasil, os que mais cresceram numericamente de 2000 a 2010. De acordo com o Censo Demográfico, eles somam 42,3 milhões do total de 190,7 milhões de habitantes. Mas dois de cada três brasileiros continuam católicos.
A reportagem é publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 02-07-2012.
O crescimento evangélico é uma constante de 1980, quando representavam 6,6% da população do país, a 2010, somando 22,2% do total. Na última década, passaram de 26,2 milhões para 42,3 milhões. Os pentecostais constituem o maior grupo, com 25,3 milhões de fiéis.
As igrejas evangélicas de missão reúnem, segundo o Censo 2010, 7,6 milhões de fiéis. Nesse grupo, despontam os batistas, com 3,7 milhões, seguidos dos adventistas, com 1,5 milhão. Abaixo de um milhão de fiéis aparecem luteranos, presbiterianos e metodistas.
Luteranos, com 999,4 mil seguidores, ainda é a mais rural, ou paroquial, das denominações. Desse total, um terço vive em áreas rurais, quando, do conjunto das igrejas evangélicas, essa proporção é de 37,8 milhões vivendo em cidades e 4,4 milhões no campo.
Das igrejas pentecostais, quem congrega o maior número de fiéis é a Igreja Assembleia de Deus, com 12,3 milhões, seguida da Universal do Reino de Deus, com 1,87 milhão, e a Igreja Evangélica Quadrangular, com 1,80 milhão. O censo aglutina 5,2 milhões em outras igrejas de origem pentecostal.
A proporção de católicos seguiu a tendência observada nas duas últimas décadas, que continua majoritária, com 123, 2 milhões de seguidores, ou 64,6% da população brasileira. No censo de 2000, esse percentual era de 73,6%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), organismo responsável pela contagem, assinala que a Igreja Católica vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872. Até 1970, essa perda foi mínima, de 7,9 pontos percentuais.
A pesquisa indica, ainda, o crescimento dos espíritas e dos sem religião, embora esses num ritmo muito menor do registrado na década anterior. O Brasil contabilizava 14,5 milhões de sem religião, 615 mil ateus, 3,8 milhões de espíritas, 407,3 mil seguidores da umbanda e 167,3 mil do candomblé em 2010.
No Censo anterior, os espíritas somavam 2,3 milhões de pessoas, ou 1,3% da população total, e em 2010 chegaram a 3,8 milhões de pessoas, ou 2% do total de brasileiros.
Em 2000, os sem religião eram quase 12,5 milhões - 7,3% da população - e, junto com ateus, ultrapassaram os 15 milhões de pessoas, ou 8% da população.
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Censo mostra crescimento evangélico - Instituto Humanitas Unisinos - IHU