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Assim foi descoberta a obesidade global

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07 Janeiro 2012

No passado, ser gordo era símbolo de opulência e nem sempre era considerado um pecado. Hoje, ao contrário, está em curso uma luta contra o peso que não tem razões médicas apenas.

A opinião é do antropólogo da contemporaneidade italiano Marino Niola, professor da Università degli Studi Suor Orsola Benincasa, de Nápoles, na Itália. O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 02-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Tente se sentar no Café du Monde, no coração francês de Nova Orleans. Você verá o desfile mais sensacional de obesos do planeta. A versão norte-americana de uma verdadeira epidemia que está fazendo aumentar inexoravelmente o tamanho do mundo. E atende pelo nome de globesidade. A afirmação é de Sander L. Gilman, professor de Artes e Ciências Liberais da Universidade de Atlanta, em sua Strana storia dell'obesità, que a editora Il Mulino recém mandou para as livrarias.

Estes over size são os párias da aldeia global. Antes agarrados pela garganta pelo mercado planetário da junk food, dos quais são insaciáveis financiadores. E depois estigmatizados por um sistema que lhes aponta para a condenação pública como onívoros compulsivos, parasitas improdutivos, sujeitos sem vontade, bombas-relógio do sistema de saúde, insustentável sobrepeso para o bem-estar. Como que dizendo humilhados e obesos. E também punidos.

Tanto é verdade que, em média, ganham 18% a menos do que os que estão dentro do peso normal. Isso é demonstrado, números à mão, por uma pesquisa sueca muito recente.

Na sociedade da eficiência, da velocidade e da leveza, não há lugar para os tamanhos maiores. A religião do fitness envolve a excomunhão da fatness. Mas, na realidade, a criminalização da gordura certamente não começou hoje. Pode-se dizer, com Gilman, que ela é tão antiga quanto o ser humano. A diferença, no entanto, são os pesos e as medidas que, em tempos e lugares diferentes, fixam o limite da normalidade. Fazendo do corpo o indicador variável da relação entre indivíduo e comunidade. Enfim, é verdade que toda sociedade desaprova a desmedida. Mas a desmedida não tem um tamanho fixo.

Se, na Europa medieval, o gordo é sinal de riqueza, prestígio, poder e muitas vezes até de beleza, além de um certo limite, ele muda de sinal. E se torna sintoma de avidez, de intemperança, de desejo. Um vício capital, que leva direto para o inferno. Mas, em geral, no mundo pré-moderno, quem está sob acusação não é a gordura em si e por si, mas sim os apetites imoderados dos quais ela é a prova tangível. Não razões estéticas, mas sim ética; não razões fisiológicas, mas sim ideológicas. Porque o que está em questão não é a saúde do corpo, mas sim a salvação da alma.

A grande reviravolta ocorreu com a revolução industrial e com a secularização. Então, o sobrepeso deixou de ser uma marca étnica, racial, moral, para se tornar caráter cada vez mais uma característica individual, um sinal particular da pessoa e não de um grupo. Objeto de estudo e de tratamento. Assim, nasceu a ideia de que o peso exterior tem um contrapeso interior que é necessário revelar. E, de pecado, a obesidade se tornou doença.

Desde então, a psicologia tomou a questão nas mãos. Junto com as ciências naturais e antropométricas, que dão pesos, formas e volumes cada vez mais exatos à normalidade. E, ao mesmo tempo, a linguagem também cria neologismos para definir de forma cada vez mais detalhada aqueles estados intermediários entre gordo e magro, que antes não tinham nome. Diminutivos e aumentativos, como gordinho, redondinho, cheinho, fofinho, robusto, corpulento, pseudomagro, que são, de fato, palavras-balança, opiniões calibradoras.

Hoje, nos parece óbvio saber quantos quilos temos, mas até o início do século XX quase ninguém subia na balança. Enfim, a obesidade passou do mundo do "mais ou menos" para o universo da precisão. Até inventar um parâmetro como o IMC, que é o índice de massa corporal. Que mede a nossa vida, além da cintura. Assim, o peso se torna o algoritmo de uma normalização que modela o corpo e formata a alma. Fazendo da gordura o grande inimigo, o anjo do apocalipse over size. E dos obesos, muitos violadores de corpos. A serem vigiados e punidos.


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