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A crise do jornal de Sartre

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Por: André | 20 Fevereiro 2014

A redação do rotativo recusou em massa, em uma edição especial, um projeto que prevê transformar o edifício “em um espaço cultura multifuncional”. “Somos um jornal. Não somos um restaurante, um café ou uma rede social”.

A reportagem é de Eduardo Febbro e publicada no jornal Página/12, 18-02-2014. A tradução é de André Langer.

A imprensa francesa sofre em cheio a crise que açoita o suporte papel, e mais que nenhum outro, o jornal Libération, o matutino estrela da esquerda francesa dos anos 1970, fundado pelo filósofo Jean-Paul Sartre e Serge July, está à beira do desaparecimento. O jornal perdeu cerca de um milhão e meio de euros em 2013, ao mesmo tempo que registrou uma diminuição nas suas vendas de 29%, a mais alta da imprensa francesa. O jornal vende cerca de 100.000 exemplares por dia, mas, por falta de recursos, a partir de março já não haverá mais dinheiro para pagar os salários. A crise interna desembocou em uma greve e na renúncia do seu diretor, Nicolas Demorand.

O Libération não consegue acertar um modelo econômico viável que combine ao mesmo tempo o jornal impresso e os suportes digitais e um conteúdo atual. A crise mais forte ocorreu quando o pessoal do jornal tomou conhecimento de um correio eletrônico enviado por um dos acionistas e proprietário do edifício sede do Libération, Bruno Ledoux, no qual propunha uma transformação radical das estruturas do matutino. O referido correio eletrônico sugeria aproveitar a marca Libération para transformar toda a estrutura em uma “rede social, criadora de conteúdos, beneficiária de um amplo leque de suportes multimídia (impresso, vídeo, digital, fóruns, eventos, rádio, etc.)”. O acionista previa igualmente a transformação do edifício “em um espaço cultural multifuncional” dedicado “completamente” ao “Libération e seu universo”. O texto enviado por Bruno Ledoux aos outros acionistas não deixava muita alternativa: “de um lado a falência, do outro uma visão diferente”.

Os jornalistas responderam imediatamente com uma edição especial do matutino na qual defendiam um princípio inamovível: “Somos um jornal”, “não somos um restaurante, um café, uma rede social, um set de televisão, um bar ou uma incubadora de start up”. A redação do rotativo rechaçou em massa o projeto. Acionistas e jornalistas estão de acordo com a ideia da mudança, embora não com a mesma metodologia. A ideia central de quem administra os fundos consiste em converter a marca Libération em uma espécie de “Libéland”, em que os 4.500 metros quadrados da sede do matutino se transformem em um espaço de ofertas culturais decorado pelo desenhista Philippe Starck e que a redação em si se mude para outro prédio. A evolução proposta baseia-se em uma estratégia de mudança na qual, como explicou Ledoux, “o papel continuará sendo o coração do sistema, mas não o sistema em si”. Empresário milionário, produtor, mecenas, ligado ao mundo do mercado imobiliário, Ledoux forma o núcleo dos acionistas majoritários do jornal junto com o banqueiro Edouard de Rothschild.

A ideia proposta pelos acionistas não é nova. Na maioria das capitais do Ocidente, a imprensa escrita atravessa uma profunda crise e quase todos os investidores apontam para os suportes digitais e a diversificação. O que surpreendeu aqui foi a irrupção repentina de um plano semelhante, sem prévia consulta aos funcionários, que rechaçaram frontalmente que o matutino se transforme em um “Libéland” ou um “Libéworld”. Nos últimos três anos o Libération não registrava perdas, mas não é a primeira vez que atravessa graves problemas de caixa, nem tampouco a primeira vez em que os acionistas que integral o capital para salvá-lo fazem e desfazem à sua vontade. Como já escreveu certa vez Jean-Paul Sartre, “o dinheiro não tem ideias”. Ou, talvez, uma: ganhar cada vez mais. Em 2006, quando Edouard de Rothschild ingressou no capital do Libération, o banqueiro forçou a renúncia do homem que havia construído o Libération junto com Sartre, Serge July. O afastamento de um dos pilares históricos do matutino levou muitos outros jornalistas a deixarem uma redação já dizimada pela crise interna que havia estourado entre os maoístas da primeira hora e a linha mais consensual imposta por Serge July.

O Libération nunca mais foi o mesmo. Como muitos outros jornais nascidos à esquerda e herdeiros da onda libertadora dos anos 1970, o rotativo foi se diluindo entre os imperativos dos acionistas e um conteúdo difuso, entre joguinhos de palavras sem muito interesse, rubricas brandas, nem totalmente jovem, nem plenamente renovado, sempre oscilando entre dois mundos, o da nostalgia e aquele que é preciso inventar. Apesar disso, o Libération ainda é capaz de algumas incursões no saboroso mundo da insolência. Em 2012, em pleno debate sobre a fuga dos milionários ao exterior para escapar da política fiscal do presidente socialista François Hollande, o matutino francês arremeteu contra Bernard Arnault, o presidente diretor-geral do grupo LVMH. Bernard Arnault pediu a nacionalidade belga para pagar menos impostos. O Libération o retratou na primeira página com a seguinte manchete: “Fora daqui, idiota rico”. Enquanto a edição estava nas bancas, as diversas empresas do grupo LVMH anularam seus contratos publicitários com o Libération. O custo foi alto: entre os anúncios diretos da LVMH e outros do setor de luxo, o jornal perdeu cerca de meio milhão de euros em ingressos publicitários. O Libération é hoje o único jornal de esquerda de abrangência nacional. A hora da verdade se aproxima a passos largos.


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