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Gustavo Gutiérrez: “Como dizer ao pobre que Deus o ama?”

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Por: André | 03 Novembro 2015

Um dos desafios da reflexão teológica é fazer uma leitura da realidade a partir do Espírito sem cair em espiritualismos. O II Congresso Continental de Teologia, organizado pela Amerindia e que aconteceu em Belo Horizonte, partindo do tema “Igreja que caminha com o Espírito e desde os pobres”, teve a finalidade de realizar esta tarefa, nem sempre fácil, mas da qual depende o fato de que a Vida possa estar presente no dia a dia da Igreja.

A reportagem é de Luis Miguel Modino e publicada por Religión Digital, 29-10-2015. A tradução é de André Langer.

De fato, como assinalava o teólogo brasileiro Marcelo Barros em sua intervenção, na qual fez uma reflexão sobre “A multiforme experiência do Espírito no contexto social, cultural e eclesial latino-americano”, viver desde o Espírito nos leva a contemplar a ação de Deus a partir de uma atitude de fé e confiança que nem sempre é fácil. Ele faz um apelo para, como cristãos, apoiar e testemunhar a ação do Espírito nos movimentos sociais, nos grupos e comunidades dos quais cada um faz parte, pois, como dizia José Comblin, “todo ato de amor é um ato do Espírito”. Marcelo Barros, a partir do seu envolvimento na vida das CEBS (Comunidades Eclesiais de Base), mostra que esta forma de ser Igreja permite ouvir o que o Espírito diz hoje às Igrejas e ao mundo.

Mas o Espírito não é uma invenção cristã, mas surge desde tempos imemoráveis na tradição dos diferentes povos e culturas e aparece claramente na Bíblia. Carlos Mesters – uma das vacas sagradas da teologia bíblica latino-americana e que através da leitura popular da Bíblia ajudou muitas pessoas a entenderem e identificarem-se um pouco mais com o Livro Sagrado – fez ver que o Espírito aparece no Antigo Testamento como força que dá vida à própria obra criadora e acompanha a vida do Povo de Deus ao longo da história, como energia e sopro criador que comunica vida, como um ímpeto que leva a fazer coisas extraordinárias, como sabedoria que ajuda a discernir, como capacidade de guiar e conduzir o Povo.

O Espírito tem uma tríplice meta na vida do Povo de Israel, na opinião de Francisco Orofino. Na Criação o Espírito tem como grande meta manter o equilíbrio, a harmonia entre pólos antagônicos, sendo o Espírito de Deus quem mantém a criação nas diferentes épocas. É o Espírito quem dá a resposta através da Palavra, pois a voz humana é a resposta ao sopro de vida, já que Deus é fiel ao grito que sai do pobre pedindo vida e justiça e gera vida para responder a esse grito. Em última instância, na opinião de Orofino, qualquer manifestação cultural em defesa da vida vem de Deus.

Esse Espírito, que acompanha o Povo de Israel, também se faz presente na vida de Jesus, dos discípulos e das primeiras comunidades. Solange do Carmo, biblista brasileira e especialista na dimensão catequética, afirmava que a ação de Jesus parte de uma experiência do Espírito e à qual sempre retorna, o que aparece claramente no Evangelho de Lucas. De fato, na sua opinião, quem faz a experiência do Espírito não precisa de mais nada e, por isso, não se pode entender a vida de Jesus e dos discípulos sem a força do Espírito. Esta experiência do Espírito deve conduzir à prática pastoral e à reflexão teológica.

No que diz respeito a essa presença do Espírito nas primeiras comunidades e centrando-se na experiência das comunidades paulinas, Eduardo de la Serna ressaltava que o Espírito dá ao cristão a mesma intimidade com Deus que Cristo teve, deixando claro que o Espírito não aponta para si mesmo, mas para o próprio Cristo. O teólogo argentino põe de manifesto que Paulo universaliza a posse do Espírito, que deixa de ser um dom possuído apenas por alguns, pois não há ninguém sem Espírito, embora alguns queiram manipulá-lo.

Cabe destacar, a esta altura, a visita que fez ao Congresso dom José Maria Pires, pai da Teologia Afro-Brasileira, que nos seus 96 anos é um dos poucos padres conciliares vivos. O arcebispo emérito da Paraíba assinalava que este Congresso é um momento que leva a recordar o Vaticano II, no qual se quis construir uma Igreja mais participativa. Ele afirma que a teologia não é coisa dos grandes teólogos; é coisa da vida e das pessoas simples, que refletem a partir do sensus fidei, de que fala o Papa Francisco. Devemos continuar a nossa “caminhada”, da qual todos participam, não apenas quem estudou muito, mas também aqueles que viveram muito e que sofreram muito, e a partir daí reunir tudo para poder realizar com muito entusiasmo e carinho aquilo que neste mundo é o Reino de Deus.

A pneumatologia parte da realidade e o Congresso, com a ajuda de Víctor Codina, refletiu sobre este aspecto, partindo da experiência da América Latina e do Caribe. A tese que o teólogo jesuíta defende é que o Espírito do Senhor age debaixo para cima, considerado como um lugar teológico, pois o Senhor quer reverter a história a partir dos últimos. Em sua análise histórica destaca que a Teologia do Espírito é uma questão pendente na vida da Igreja católica, ao ponto de que as Igrejas Orientais acusam-na de cristomonista. Esta falta do Espírito, que também esteve presente na Teologia da Libertação até a década de 1990, fez com que este fosse substituído pelo que Congar chama de sucedâneos (Maria, a Eucaristia e o Papa).

Codina defende que o critério para saber se algo é do Espírito é confrontá-lo com Jesus de Nazaré e seu projeto do Reino. Partindo de sua tese inicial, a eleição de Francisco, um Papa que veio do fim do mundo, e sua forma de agir, é uma prova a mais de que o Espírito realmente age a partir de baixo, dos últimos e das periferias.

Para terminar o dia com chave de ouro, o auditório encheu-se para ouvir as sábias palavras de quem foi chamado de pai da Teologia da Libertação, Gustavo Gutiérrez, que dissertou sobre “O Espírito e a autoridade dos pobres”.

Em sua reflexão, partiu da ideia de que “não podemos nos acostumar com o fato de que ainda exista esta horrorosa pobreza em nosso continente, em nossos povos”, fazendo um apelo para continuar inconformados.

A partir deste fato desenvolveu sua exposição em torno de três elementos: viver segundo o Espírito, a questão dos pobres de espírito e sair em busca dos pobres de Jesus Cristo. É o Espírito que ajuda a discernir os sinais dos tempos e a assumir o seguimento.

A primeira bem-aventurança do evangelista Mateus nos leva, na opinião de Gustavo Gutiérrez, a colocar a vida nas mãos de Deus, a ser discípulos, testemunhas e mártires. Assim se entende a atitude de Jesus de ir ao encontro dos pobres, pois onde está o pobre, está Deus, está a justiça, apesar de que, como ressalta a Teologia da Libertação, o pobre é o insignificante, a não pessoa, aquele que não tem direito a ter direitos. Na Bíblia, o pobre é aquele que não conta, ou nas palavras de Eduardo Galeano, os pobres são “os ninguéns, os ignorados”.

O pai da Teologia da Libertação defende que a pobreza é algo que é contra a vida, é morte prematura e injusta, morte física e cultural, e citando o ex-geral da Companhia de Jesus, Peter Hans Kolvenbach, disse que “a pobreza no mundo é um fracasso da criação”.

A partir da parábola do samaritano ressalta que só temos próximo se nos “aproximamos”, pois nos fazemos próximos por reciprocidade, porque saímos do nosso caminho. Assinala que a opção preferencial pelos pobres leva a tornar realidade o fato de que os pobres sejam sujeitos de seu destino, que tomem as rédeas de sua vida.

Como assinala o capítulo 5 de Gálatas, somos libertados pelo Senhor para servir. Consequentemente, devemos descobrir que colocar tudo nas mãos de Deus é libertar-se. Gustavo termina sua intervenção com uma pergunta aberta: como dizer ao pobre que Deus o ama?, e com a afirmação de que o grito do pobre deve estar presente em nossas vidas.


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