23 Junho 2015
Além de informações sobre energia e reciclagem, os 11 indicadores da dimensão econômica abordam dados relacionados ao PIB, endividamento do país e rejeitos radioativos.
A reportagem foi publicada por EcoDebate, 22-062015.
O consumo final de energia per capita apresentou crescimento constante ao longo do período 2000-2012, com exceção apenas para 2009, tendo passado de 41,5 GJ/habitante em 2000 para 53,3 GJ/hab, em 2012. A população cresceu 1,2% ao ano em média, enquanto o consumo de energia exibiu um crescimento de 3,3% ao ano. A queda em 2009 (47,8 GJ/hab) possivelmente se deveu à crise mundial de 2008. O maior acesso da população aos bens de consumo essenciais e aos serviços de infraestrutura acarretou aumento do consumo de energia, o qual, por sua vez, causa impactos sobre a população e o meio ambiente.
A participação da energia não-renovável na matriz energética brasileira apresentou crescimento (de 56,1% em 2003 para 57,6% em 2012), principalmente na oferta de petróleo e derivados, que passou de 36,7% para 39,2%, entre 2008 e 2012. Os combustíveis fósseis continuam a dominar a matriz energética brasileira (57,6%), mas, analisando-se a distribuição das diferentes fontes renováveis, percebe-se que os derivados de cana-de-açúcar e carvão vegetal estão perdendo participação, em parte devido ao aumento relativo das fontes alternativas (solar, eólica, biomassa, biogás etc.). A participação destas fontes na matriz energética passou de 2,8% em 2003, para 4,1% em 2012. Já participação da lenha e do carvão vegetal caiu de 13,2% para 9,1%, entre 2004 e 2012. Embora considerados fontes renováveis, nem sempre são produzidos de forma sustentável, ou seja, a partir de florestas plantadas para tal.
Tabela 115 – Distribuição percentual da oferta interna de energia, segundo as fontes de energia
Brasil – 2003-2012
Fontes de Energia | Distribuição percentual da oferta interna de energia (%) | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2003
|
2004
|
2005
|
2006
|
2007
|
2008
|
2009
|
2010
|
2011
|
2012
| |
Total |
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
100,0
|
Energia não-renovável |
56,1
|
56,0
|
55,3
|
54,8
|
53,9
|
53,9
|
52,7
|
54,9
|
56,0
|
57,6
|
Petróleo e derivados |
40,2
|
39,3
|
38,8
|
37,9
|
37,5
|
36,7
|
37,9
|
37,8
|
38,6
|
39,2
|
Gás natural |
7,7
|
8,9
|
9,4
|
9,6
|
9,3
|
10,3
|
8,8
|
10,2
|
10,2
|
11,5
|
Carvão mineral e derivados |
6,4
|
6,3
|
6,0
|
5,7
|
5,7
|
5,5
|
4,6
|
5,4
|
5,7
|
5,4
|
Urânio e derivados |
1,8
|
1,5
|
1,2
|
1,6
|
1,4
|
1,5
|
1,4
|
1,4
|
1,5
|
1,5
|
Energia renovável |
43,9
|
44,0
|
44,7
|
45,2
|
46,1
|
46,1
|
47,3
|
45,1
|
44,0
|
42,4
|
Hidráulica e eletricidade (1) |
14,7
|
14,5
|
14,9
|
14,9
|
14,9
|
14,1
|
15,2
|
14,0
|
14,7
|
13,8
|
Lenha e carvão vegetal (2) |
12,9
|
13,2
|
13,1
|
12,7
|
12,0
|
11,6
|
10,1
|
9,7
|
9,5
|
9,1
|
Derivados da cana-de-açúcar |
13,5
|
13,5
|
13,8
|
14,6
|
15,9
|
17,0
|
18,1
|
17,5
|
15,7
|
15,4
|
Outras fontes primarias renováveis |
2,8
|
2,8
|
2,9
|
3,0
|
3,2
|
3,4
|
3,9
|
3,9
|
4,1
|
4,1
|
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Energia não renovável amplia sua participação na matriz energética brasileira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU