04 Fevereiro 2015
O aniversário de 500 anos da Reforma que acontecerá em 2017 não deve ser uma "celebração protestante de autobajulação", disse o novo presidente da federação de Igrejas protestantes da Alemanha, bispo Heinrich Bedford-Strohm.
A reportagem é de Christa Pongratz-Lippitt, publicada no jornal católico britânico The Tablet, 02-02-2015. A tradução é de Claudia Sbardelotto.
Ao invés de ser um memorial de "heroísmo" de Martinho Lutero, a data deve expressar o que foi decisivo para Lutero, ou seja, ter um novo olhar sobre Jesus Cristo, disse Bedford-Strohm ao portal online da arquidiocese de Colônia, domradio.de, na semana passada.
"Ter um novo olhar sobre Jesus é o que Lutero queria fazer naquele momento e isso é o que devemos fazer hoje", disse o bispo. "Nós não devemos erguer novas barreiras entre as denominações. É uma questão de destacar a maravilhosa mensagem do evangelho de uma maneira nova em um ambiente ainda mais difícil aqui na Alemanha e só podemos fazer isso juntos".
O bispo Bedford-Strohm estava "de fato muito feliz" por ter sido capaz de conversar longamente com o presidente da Conferência Episcopal Alemã, cardeal Reinhard Marx, sobre como suas Igrejas iriam aproveitar o aniversário de 2017 para "celebrar uma grande festa para Jesus Cristo, a fim de nos concentrarmos em Cristo de uma maneira nova". Ao mesmo tempo, ambas as Igrejas teriam a chance de fazer penitência pelas guerras confessionais acontecidas por causa da Reforma, acrescentou o bispo.
Os comentários do bispo Bedford-Strohm sugerem uma melhoria acentuada nas relações entre as duas Igrejas desde junho do ano passado, quando o cardeal Walter Kasper disse que estava "realmente ferido" pelo fato da Igreja protestante alemã não ter mencionado a histórica "Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação" de 1999, em seu documento sobre o fundamento teológico da Reforma.
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Novo presidente da Igreja Evangélica Alemã confirma unidade à frente dos 500 anos da Reforma - Instituto Humanitas Unisinos - IHU