Por: Guilherme Tenher e Marilene Maia | 15 Março 2019
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED revelam movimentações importantes no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA no ano de 2018. Apesar do maior número de contratações de homens do que de mulheres, trabalhadores do sexo masculino sofreram mais desligamentos no ano passado. Contudo, nota-se que quanto maior a remuneração, menor a representação feminina nos postos de trabalho, mesmo com grau de instrução maior que o dos trabalhadores homens.
O número de demissões de trabalhadores do sexo masculino foi maior se comparado ao de contratações, resultando um saldo negativo de 1.682. Já as pessoas contratadas do sexo feminino contabilizaram um saldo positivo de 1.748 postos de trabalho. Todavia, em termos absolutos, mais homens entraram no mercado de trabalho em 2018 na região do que as mulheres. Assim, no ano passado foram contratados 246.164 homens e 201.445 mulheres.
O saldo negativo de trabalhadores homens foi registrado em 17 municípios da região. Novo Hamburgo recebe destaque por apresentar 1.371 desligamentos do sexo masculino e 511 do sexo feminino. Já o município de Porto Alegre fechou o ano de 2018 com um saldo negativo de 923 trabalhadores homens, ao passo que criou 1.446 postos de trabalho a mais para mulheres. Canoas se destaca por apresentar um saldo negativo em ambos os sexos: foram 848 desligamentos a mais para homens e 428 para as mulheres.
Montenegro fechou o ano com saldo positivo em ambos os sexos: criação de 352 contratações para trabalhadores do sexo masculino e 727 para trabalhadores do sexo feminino. Da mesma forma, São Leopoldo contratou mais do que demitiu; foram criados 1.057 postos de trabalho para pessoas do sexo masculino e 738 para pessoas do sexo feminino. Por outro lado, os municípios de Araricá, Guaíba, Portão e Sapucaia do Sul demitiram mais mulheres do que homens.
Um movimento de importante destaque nos dados do ano passado é apresentado ao observar que à medida que a faixa salarial aumenta, o número de mulheres diminui. Sendo assim, quando o salário se encontra entre 0,51 e 1 salário mínimo, a representação percentual de trabalhadores do sexo feminino é de 61%, quando a faixa salarial é entre 4,01 e 5 salários mínimos, a representação feminina recua para 43% e, por fim, com uma remuneração de mais de 20 salários mínimos, pessoas do sexo feminino representam apenas 20% dos postos de trabalho.
Por outro lado, quanto maior o grau de instrução, menor a representação de trabalhadores do sexo masculino. Assim, homens representaram 42% dos trabalhadores com ensino superior completo, 64% dos empregados com ensino fundamental completo e 69% dos contratados com até o 5º ano do ensino fundamental incompleto.
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61% das mulheres receberam até um salário mínimo na Região Metropolitana de Porto Alegre em 2018 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU