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Perú condena diez militares por masacre de campesinos

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Por: João Flores da Cunha | Traducción: Juan Luis Hermida | 09 Setembro 2016

En Perú, un tribunal condeno a prisión diez ex militares por su enredo en una masacre de campesinos, ocurrido en agosto de 1985. Entre 60 y 70 personas murieron por las manos de los militares – muchas de ellas eran niños. La justicia del país clasificó los crímenes como delitos de lesa humanidad. La masacre ocurrió en Accomarca, ciudad del departamento de Ayacucho, en los Andes.

La masacre ocurrió en medio al combate del grupo guerrillero Sendero Luminoso, una organización de orientación maoísta que se alzó contra el gobierno peruano en 1980 y que tenía fuerte presencia en esa región. El conflicto permanece hasta hoy, aunque el grupo esté muy debilitado.

Los campesinos asesinados no tenían, todavía, relación con la guerrilla, de acuerdo con el informe de la comisión de la verdad establecida en Perú para investigar los crímenes cometidos en el período. Los crímenes de Accomarca sucedieron en el marco de una “política ilegal de combate al terrorismo”, según los magistrados que dictaron la sentencia.

#Accomarca: sentencia califica hechos como delitos de lesa humanidad. Aquí el texto: https://t.co/CxsMi3KxQL

— La Ley (@laleype) 6 de setembro de 2016

El más conocido entre los militares condenados es Telmo Hurtado, el llamado “carnicero de los Andes”. Beneficiado por una ley de amnistía promulgada en 1995 por el entonces presidente Alberto Fujimori, él vivió por años en libertad en los Estados Unidos, pero acabó siendo extraditado para el Perú. Hurtado está en la prisión desde 2011, y fue condenado a cumplir 23 años de pena.

Los otros nueve acusados recibieron penas entre 10 y 25 años. Esta es la primera vez que la Justicia civil del país condena militares envueltos en la represión de la década de 1980.

Carlos Rivera, abogado de los familiares de las víctimas, afirmó que la sentencia “reconoce la particular gravedad de los hechos ocurridos en 1985” y que las penas fueron “severas”, atendiendo casi en su totalidad al pedido de la Fiscalía. Familiares de las víctimas resaltaron la demora de 31 años en la emisión de la sentencia.

El número de víctimas de la masacre de Accomarca es motivo de controversia hasta hoy. Como los cuerpos fueron carbonizados, existe una dificultad en identificar el número exacto de víctimas – oficialmente son 61. En esta materia de los periódicos de la época, se leen los nombres de 69 personas que habrían sido asesinados por los militares:

Lista de 69 asesinados en masacre de #Accomarca:el menor fue Edwin Ochoa (4meses) y el mas anciano Pastor Gomez (81) pic.twitter.com/KB0iWOjJ3D

— Hurgar en la Memoria (@hurgamemoriaPE) 31 de agosto de 2016

Vea también...

  • #CIDHenCrisis: Acción urgente es necesaria para salvar al sistema regional de derechos humanos de las Américas (IHU/Adital)
  • Kuczynski asume la presidencia del Perú y el indulto pedido por Fujimori debe ser negado (IHU/Adital)
  • Perú: Marcha contra candidatura de Fujimori (IHU/Adital)
  • Ni una menos: Perú dice basta a la violencia contra las mujeres

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