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Juventudes no país das desigualdades pandêmicas

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Por: Ana Paula Abranoski | 01 Mai 2021

 

“Estudar nos traz poder, é o conhecimento que nos faz vencer! O conhecimento faz a gente acreditar que é possível fazer acontecer e nunca parar de sonhar.” (Melissa Gomes, Colégio Estadual Santos Dumont, Curitiba-PR)

Desafios contemporâneos das juventudes foi o tema trabalhado, na última quarta-feira, dia 28 de abril, em encontro online, por Renato Almeida (FAJE-MG), que debateu importantes questões enfrentadas pelas juventudes no complexo cenário político, socioeconômico e cultural do momento presente, assolado também por uma crise sanitária.

A iniciativa do CEPAT contou com a parceria e o apoio de diversas instituições: Instituto Humanitas Unisinos - IHU, Núcleo de Direitos Humanos da PUCPR, Espaço Magis Curitiba, Observatório Nacional Luciano Mendes de Almeida - OLMA e Departamento de Ciências Sociais, da Universidade Estadual de Maringá.

Além da leitura do poema da estudante Melissa Gomes, citado acima, Renan Brandão, conhecido como Handal, também fez a sua apresentação, retratando elementos da produção cultural periférica, para enriquecer ainda mais a iniciativa.

Durante o encontro, Renato Almeida fez questão de ressaltar que todo o conhecimento que foi adquirindo ao longo de sua caminhada é fruto de sua atuação junto à juventude, como educador e jovem, mas sobretudo de um trabalho de militância, das experiências dentro das pastorais da juventude e do movimento cultural de periferia na cidade de São Paulo. É de onde passa a enxergar o mundo e todas as questões da sociedade, lá do extremo da zona leste da capital paulista.

 

Viviane Aparecida Ferreira de Lara Matos, do CPEAT e Renato Almeida, da FAJE-MG, no debate "Desafios contemporâneos das juventudes"

 

Nos últimos tempos, o debate sobre os desafios contemporâneos das juventudes vem ganhando relevância e importância, embora muitas vezes seja atravessado por olhares enviesados, seja da grande mídia ou do senso comum, principalmente em relação aos jovens das periferias, negros e mulheres. Daí a importância de buscar compreender o mundo das juventudes, entender os seus desafios e se desvencilhar desses estereótipos e preconceitos que são criados.

Em tempos de pandemia, esse cenário se intensifica ainda mais. Durante esta crise sanitária, os jovens têm sido vistos como os vilões, em um momento propício para encontrar alvos fáceis para desviar a atenção, em todos os níveis. Segundo Almeida, há um certo estigma de que jovem é sinônimo de problema.

Mas o que é ser jovem? A juventude é uma experiência histórica que acontece em determinados tempos e em determinadas sociedades. Ser jovem é sobretudo viver uma experiência sócio-histórica. E é comum o adulto utilizar o argumento de autoridade no diálogo com o jovem que sabe o que ele pensa, mas sabemos que não é bem assim, pois existem gerações e cada uma delas com suas especificidades e experiências históricas.

Neste sentido, para Almeida quando falamos em juventudes temos de abordar a experiência geracional em que estão inseridas ou acabamos fazendo uma leitura fragmentada e estereotipada.

No Brasil, vem aumentando o interesse em entender a juventudes para além dos estereótipos. Nos anos 1990, adentramos na chamada onda jovem, quando a maior fatia da população era de jovens e foi assim até meados de 2010. Almeida ressaltou a importância do censo brasileiro para conhecer o perfil da população jovem e, nesse sentido, lamentou o fato de, neste ano, ter sido cancelado por esse governo neoliberal, adiando o maior levantamento sobre o que somos, como somos, o que temos, qual é a nossa renda, nosso grau de instrução formal, nossas cores, etnias, gêneros, etc.

A visibilidade da onda jovem também trouxe o estigma de que o jovem é promotor da violência e isso foi muito propagado, nesse período, com bandeiras conservadoras pregando a redução da maioridade penal, por exemplo, e atribuindo aos jovens pretos e periféricos as mazelas da sociedade. Contudo, o que os dados apontam é que o Brasil é hoje um dos países que mais mata jovens no mundo, em sua maioria do sexo masculino, negros e pobres, moradores nas periferias das grandes cidades.

 

Renato Almeida, da FAJE-MG, Cristiane Bogo, Professora de Sociologia do Colégio Estadual Santos Dumont e Paula Marinelli, do Espaço Magis Curitiba, no debate "Desafios contemporâneos das juventudes"

 

Em contraposição às posturas reacionárias, diversas organizações juvenis, movimentos jovens como o Hip Hop, trouxeram à tona a discussão sobre o protagonismo juvenil, compreendendo o jovem como um sujeito de direito, afirmando a necessidade de políticas públicas e não de redução da maioridade penal.

Para Almeida, entramos nos anos 2000 com essa bandeira, sobretudo a partir de 2003, compreendido como um marco para a construção das políticas públicas para a juventude. Isso se deu nos anos do governo Lula, período em que, a partir de fevereiro de 2005, foi se desenhando uma Política Nacional de Juventude.

As próximas gerações foram marcadas por uma juventude com maior formação cultural e reconhecida como um sujeito de direito. Exemplo disso são as manifestações de 2013 que traziam um grito geracional de quem experimentou mais direitos do que todas as gerações anteriores. É nessa seara que também ocorreram as ocupações de 2013, que viraram um símbolo dos estudantes por uma série de motivos, especialmente porque havia uma afirmação do espaço escolar.

Almeida reforça que há uma mudança de geração no começo da segunda década do milênio, pois é uma geração mais empoderada do que qualquer outra, assumindo-se como sujeito de direito. Também é um momento de dilemas geracionais, pois há maior precarização do trabalho, maior número de mortes de jovens negros, aumento da violência contra as mulheres e população LGBTQI+ e no número de suicídios.

Ao mesmo tempo em que temos um ciclo de políticas públicas acontecendo, temos uma violência ocorrendo em grande parte pelo Estado, principalmente quando se fala em mortes de jovens negros. E numa sociedade racista, machista e homofóbica, o acesso aos direitos dessa população levou a uma reação conservadora. O empoderamento de jovens negros pelos seus direitos gera conflitos.

Almeida destacou o protagonismo das mulheres contra a violência. Quando a mulher passa a acessar os seus direitos, os casos de violência aumentam, mais ainda para as mulheres negras. Numa sociedade contraditória, é sempre quem está na base da hierarquia que acaba sofrendo as mazelas. Além da não garantia do direito em sua plenitude, ocorre uma reação conservadora e violenta.

Voltando à pandemia, segundo Almeida, é muito comum ouvir a expressão de um adulto: “Esse jovem já tem 18 anos e ainda não trabalha!”. Falar isso para um jovem que vive num contexto de desemprego estrutural absurdo e em que as ofertas de trabalho são as mais precárias possíveis é praticamente inconcebível. E hoje estes dilemas são acentuados pela pandemia, que só escancarou a desigualdade.

Hoje, os jovens, sobretudo os pobres, estão sendo acusados pela propagação do vírus, pois estão frequentando festas e se aglomerando. Para Almeida, de fato, há uma parcela pequena que tem se aglomerado, como uma válvula de escape e por outras questões. Precisamos alertar e dialogar com estes jovens, mas a imensa maioria dos jovens que estão sendo contaminados é a que está nas mais variadas atividades da vida e exposta ao vírus, não por causa do lazer, mas devido aos problemas da sociedade, a começar pelo desemprego e o trabalho precário.

No Brasil, mais de dois terços dos jovens (77,4%) têm empregos considerados de baixa qualidade. Ou seja, de cada dez trabalhadores com até 24 anos de idade, quase oito trabalham em situação vulnerável, segundo levantamento da consultoria IDados. Em números absolutos, isso significa perto de 7,7 milhões de pessoas. Na faixa etária entre 25 e 64 anos, o porcentual é de 39,6% e, acima de 65 anos, de 27,4%.

 

Momento final de troca entre os participantes do debate "Desafios contemporâneos das juventudes"

Enquanto muitos têm o privilégio de estar no trabalho remoto, por exemplo, os entregadores (motoboys) estão circulando o tempo todo, em sua maioria jovens, negros e pobres, ou seja, não pararam. Para Almeida, não adianta culpar os jovens se as condições de trabalho continuam sendo altamente precarizadas.

Além disso, outros dois pontos fortes se acentuaram na pandemia: um é a desigualdade digital, em que os jovens mais pobres ficam cada vez mais para trás e têm poucas oportunidades. Isto irá incidir drasticamente no futuro deste jovem. O outro é o drama dos suicídios, pois o isolamento social tem causado grande impacto, principalmente na vida do jovem, quando a socialização é fundamental. Tudo está conectado, e quando se tem jovens que sofrem todas as desigualdades, sua exposição é muito maior.

Para Almeida, trata-se de um ciclo que afeta a saúde mental. O jovem sai para trabalhar, volta para a sua casa e traz o vírus e, muitas vezes, seu pai ou mãe se infectam. Esse jovem acaba levando a culpa do luto pela perda, quando na verdade o que está disseminando o vírus é um governo genocida, a precarização da saúde, o atraso das vacinas, o reforço das desigualdades e não os jovens que estão saindo de suas casas.

A pandemia nos assusta, são muitos os desafios, mas também é tempo de esperança na potência criadora e motivadora das juventudes, em sua dimensão individual e coletiva, e como Papa Francisco cita na Encíclica Fratelli Tutti: “Ninguém pode enfrentar a vida isoladamente (...); precisamos de uma comunidade que nos apoie, que nos ajude e dentro da qual nos ajudemos mutuamente a olhar em frente”.

 

Eis a íntegra da exposição e do debate.

 

 

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