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O panoptismo de estar constantemente conectado às redes sociais. Entrevista especial com Olaya Fernández Guerrero

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Por: Patricia Fachin | Tradução: André Langer | 15 Setembro 2017

A noção de panoptismo, discutida por Foucault há 40 anos, “permite compreender muitas das situações que vivemos atualmente em nossas sociedades, nas quais, sob o pretexto da segurança global, intensificaram-se as medidas de vigilância e controle que se aplicam sem exceção a toda a população e que, às vezes, implicam um corte preocupante das liberdades civis”, diz a filósofa Olaya Fernández Guerrero à IHU On-Line, na entrevista a seguir, concedida por e-mail.

Segundo Olaya, as novas tecnologias da informação e comunicação têm reforçado “essa visibilidade constante e permanente que tem muito de panóptico”. Nas sociedades atuais, pontua, é possível identificar duas modalidades de panoptismo. A primeira é baseada na vigilância à qual todos os cidadãos estão submetidos pelo poder político. A segunda, explica, é mais “sutil” e aceita pelas pessoas, e “se explicita na pulsão de estar constantemente conectados às redes sociais, compartilhando fotos e informações sobre o que estamos fazendo em cada momento. Este tipo de panoptismo acaba sendo muito poderoso e às vezes acaba gerando nos indivíduos um comportamento viciante e uma dependência das redes sociais que é preocupante, particularmente entre a população mais jovem; por essa razão, é urgente desenvolver uma visão crítica em relação a esse outro panoptismo que está invadindo as nossas vidas”, defende.

Olaya Guerrero | Foto: Arquivo pessoal

Olaya Fernández Guerrero é doutora em Filosofia e professora na Universidade de La Rioja, na Espanha. Recentemente ela esteve no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, proferindo a palestra O Poder e o panoptismo da cidadania em Michel Foucault. A íntegra da conferência pode ser vista aqui.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Em que sentido a ideia de panoptismo, desenvolvida por Foucault, explica as relações de poder, controle e vigilância nas sociedades atuais? Como essa ideia ajuda a entender o nosso tempo?

Olaya Fernández Guerrero - A noção de panoptismo, que aparece nos textos que Foucault escreveu há 40 anos, permite compreender muitas das situações que vivemos atualmente em nossas sociedades, nas quais, sob o pretexto da segurança global, intensificaram-se as medidas de vigilância e controle que se aplicam sem exceção a toda a população e que, às vezes, implicam um corte preocupante das liberdades civis.

IHU On-Line - Quais diria que são os exemplos concretos da manifestação do panoptismo nas sociedades atuais?

Olaya Fernández Guerrero - Atualmente, encontramos muitos elementos que estão estreitamente vinculados ao olhar vigilante e hierárquico, o que é uma das principais características do panoptismo. A instalação de câmeras de segurança em espaços públicos, o controle das comunicações através da internet ou a moda de fazer ‘selfies’ e compartilhar essas fotografias nas redes sociais são alguns exemplos que ilustram esse panoptismo contemporâneo.

IHU On-Line - Por que na nossa época o panoptismo é ainda mais forte e evidente do que na de Foucault?

Olaya Fernández Guerrero - As causas da ascensão do panoptismo são muito diversas. Entretanto, um dos fatores que mais contribuíram para essa mudança são as novas tecnologias da informação e comunicação, que têm uma presença crescente na vida cotidiana dos indivíduos e que reforçam essa visibilidade constante e permanente que tem muito de panóptico.

IHU On-Line - Como essa ideia de panoptismo cria uma nova concepção de sujeito?

Olaya Fernández Guerrero - Os diversos dispositivos panópticos acabam fazendo parte dos processos de criação de subjetividades e transformam-se, além disso, em elementos mediadores das nossas relações sociais e interpessoais. O próprio Foucault já escreveu sobre esta questão, identificando a sociedade contemporânea como uma sociedade disciplinar na qual o dispositivo panóptico cumpre um papel muito importante, uma vez que submete os indivíduos a uma vigilância total e invasiva que acaba produzindo uma interiorização das normas e uma ampla adaptação aos padrões de conduta que a sociedade estabelece para regular cada aspecto de nossas vidas.

IHU On-Line - Como a categoria de povo se relaciona com essa ideia de panoptismo?

Olaya Fernández Guerrero - No contexto do panoptismo, o povo, ou melhor, a cidadania, perde parte da sua autonomia e liberdade de ação e transforma-se em uma coletividade administrada e vigiada, submetida a um regime de visibilidade em que todos, e cada um dos indivíduos, estão sujeitos à supervisão e são colocados sob suspeita.

IHU On-Line - Como a senhora compreende, de um lado, a crítica ao panoptismo e, de outro, o uso que as pessoas fazem, por exemplo, de espaços de vigilância como o Facebook?

Olaya Fernández Guerrero - Existem pelo menos dois tipos, duas modalidades, de panoptismo: uma delas é o panoptismo baseado na vigilância e no controle a que estão submetidos todos os indivíduos pelos poderes políticos, pelas forças de segurança etc., e que é difícil contornar. Este panoptismo é mais fácil de identificar e muitas pessoas adotam uma postura crítica em relação a ele.

Mas, nas sociedades atuais, surgiu também outra forma de panoptismo mais sutil, ao qual muitos indivíduos aceitam (aceitamos) se submeter voluntariamente, e que se explicita na pulsão de estar constantemente conectados às redes sociais, compartilhando fotos e informações sobre o que estamos fazendo em cada momento.

Este tipo de panoptismo acaba sendo muito poderoso e às vezes acaba gerando nos indivíduos um comportamento viciante e uma dependência das redes sociais que é preocupante, particularmente entre a população mais jovem; por essa razão, é urgente desenvolver uma visão crítica em relação a esse outro panoptismo que está invadindo as nossas vidas.

IHU On-Line - O que seria uma alternativa ou uma resistência ao modelo de controle, vigilância e poder advinda da ideia de panoptismo? Como romper com esse modelo?

Olaya Fernández Guerrero - Para começar a propor opções de resistência, a primeira coisa a se fazer é identificar quais são os dispositivos de controle e vigilância aos quais estamos submetidos, e a partir daí desenvolver uma perspectiva crítica e refletir sobre as maneiras mais efetivas para contornar aqueles modos de controle e vigilância que nos pareçam mais negativos. Na minha opinião, o mais adequado é realizar práticas de resistência de caráter concreto e contextualizado, que devem ser desenvolvidas no âmbito das atividades cotidianas de cada indivíduo.

IHU On-Line - Quais são os exemplos de resistência ao panoptismo hoje?

Olaya Fernández Guerrero - Em relação ao panoptismo ao qual somos submetidos pelos poderes públicos, penso que é importante continuar a questionar o discurso da segurança global, uma vez que em muitos casos este é utilizado como justificativa para cortar as liberdades civis e aplicar modelos de vigilância que são inaceitáveis do ponto de vista ético. Também é preciso fazer um uso mais responsável das redes sociais e, desse modo, evitar contribuir para esse panoptismo ‘voluntário’, ao qual acabamos cedendo cada vez que compartilhamos imagens e informações pessoais nas redes sociais, e que contribui para essa ‘visibilidade total’ e nos coloca em uma situação de vulnerabilidade e de constante escrutínio e sujeição ao olhar alheio.

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