23 Junho 2013
Igrejas daimistas atraem cidadãos holandeses para práticas religiosas amazônicas como o consumo da ayahuasca, bebida ritual que sintetiza as “demandas e a configuração da religiosidade e da subjetividade contemporâneas”, observa o antropólogo.
Normalmente, o humor e a criatividade não são categorias associadas à religião e ao rito, que pressupõe seriedade, gravidade e silêncio. “É o que autores chamam de caráter apolíneo – em contraposição a uma forma dionisíaca de expressão. Este caráter apolíneo é em geral conferido à grande parte do cristianismo. Beleza, harmonia e silêncio se tornam um dos lados da dicotomia entre bem e mal, tão relevante para legitimar escolhas morais e hegemonias. É destas dicotomias que sobrevivem muitos sistemas religiosos”, frisa o antropólogo Alberto Groisman na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line.
E acrescenta: “Não se pode desconsiderar a configuração digamos ‘apolínea’ do ritual daimista: além de tomar o daime, cantar e prestar atenção ao conteúdo de hinos, ‘bailar’, ou se concentrar, procurar atingir a beleza e a harmonia”. Groisman chama atenção, também, para o fato de que os daimistas holandeses manifestavam preocupação “com a reparação das ignomínias e verdadeiras barbaridades do colonialismo ‘civilizatório”, e que nesse sentido a presença do Santo Daime na Holanda, compreendida como uma espécie de cristianismo amazônico, é um tipo de “retorno” à Europa.
Alberto Groisman é graduado, mestre e doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Na Universidade de Londres cursou doutorado em Antropologia Social com a tese Santo Daime in the Netherlands: An Anthropological Study of a New World Religion in a European Setting. É pós-doutor pela Universidade do Estado do Arizona, Estados Unidos, e pela Universidade de Kent. Leciona do Departamento de Antropologia da UFSC e é autor do artigo Transcultural keys: Humor, Creativity and other Relational Artifacts in the transposition of a Brazilian Ayahuasca Religion to the Netherlands, publicado na coletânea The diaspora of Brazilian religions (Leiden: Brill, 2013) e que inspirou as questões a seguir. Escreveu o livro Eu venho da floresta: Um estudo do contexto simbólico do uso do Santo Daime (Florianópolis: EdUFSC, 2000).
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Qual é a peculiaridade da transposição da religião brasileira do Santo Daime para a Holanda?
Alberto Groisman – A transposição de qualquer objeto ou pessoa de um lugar para outro, particularmente quando esta transposição é – como tenho chamado – transfronteiriça, implica sempre em alguma peculiaridade que caracteriza o evento. Esta peculiaridade é estabelecida pela singularidade das experiências vividas e se desdobra em como a situação de transposição e consolidação se configura. O que posso destacar como uma significativa peculiaridade, digamos sociológica, da realocação do Santo Daime para as chamadas Terras Baixas da Europa Ocidental, é que se distingue de como outras religiões brasileiras se deslocaram pelo planeta. Neste caso, as igrejas daimistas atraíram – em sua grande maioria – participantes cidadãos e cidadãs digamos “locais”. Isso é uma peculiaridade, mesmo que transitória, em relação, por exemplo, à presença de religiões protestantes – que têm sede no Brasil – e que em outros países atraem população imigrante, em geral da América Latina.
Configuração “apolínea”
Esta peculiaridade se desdobra primeiramente pelo tipo de interesse que tem estes europeus. Outra diferença é que, em geral, as religiões ayahuasqueiras não buscam visibilidade e não precisam de grande infraestrutura para poder realizar seus encontros rituais. Isso a diferencia também de outras vertentes religiosas que precisam de prédios grandes e locais de grande visibilidade para funcionar.
Outra peculiaridade, que estou analisando no artigo em questão, é que humor e criatividade, também particularmente, não são rejeitados, mas eventualmente reconhecidos como legítima expressão religiosa, que é a situação que encontrei em pelo menos um grupo na Holanda. Devo dizer que isso não se dá em qualquer igreja daimista.
Não se pode desconsiderar a configuração, digamos, “apolínea” do ritual daimista: além de tomar o daime, cantar e prestar atenção ao conteúdo de hinos, “bailar”, ou se concentrar, procurar atingir a beleza e a harmonia. Não há de fato grande espaço para o humor e a criatividade, pelo menos na visibilidade ritual geral. Por isso saliento que se trata de situação encontrada em pesquisa de campo na Holanda, que não pode ser generalizada.
IHU On-Line – Como se relacionam o humor e a criatividades nessa experiência do uso da ayahuasca na Europa?
Alberto Groisman – Eu arriscaria considerar que se trata de uma situação singular de vínculo com o vegetalismo amazônico. Os especialistas no uso da ayahuasca na Amazônia são pessoas conhecidas por sua criatividade ritual, particularmente inspirada nas próprias experiências e insights que especialmente do uso ritual da bebida proporciona. Por outro lado, humor e criatividade são palavras que, em geral, não são associadas à religião e ao rito. O senso comum indica que assuntos que envolvem a fé e o divino devem ser tratados com seriedade, gravidade e silêncio. É o que autores chamam de caráter apolíneo – em contraposição a uma forma dionisíaca de expressão. Este caráter apolíneo é em geral conferido à grande parte do cristianismo. Beleza, harmonia e silêncio se tornam um dos lados da dicotomia entre bem e mal, tão relevante para legitimar escolhas morais e hegemonias. É destas dicotomias que sobrevivem muitos sistemas religiosos.
A alegria na experiência do divino
Ainda, neste sentido, no artigo, eu evoco a interessante hipótese de Umberto Eco em O nome da rosa, sobre a provável razão para o desaparecimento do livro da comédia de Aristóteles. Presume-se que o livro existiu a partir do conteúdo da Tragédia. Mas o livro da Comédia nunca foi encontrado. Eco se refere, numa ficção plausível, a um velho embate entre facções da Igreja Católica, franciscanos e beneditinos, sobre passagens dos Evangelhos, particularmente associadas à vida e ao caráter de Jesus Cristo.
Nesse sentido, houve uma tese que parece ter predominado no cristianismo. Ou um Jesus sofrido, grave e triste que ocupa o chão sagrado pregado numa cruz, ensanguentado e cético com o a humanidade. Num ambiente assim, não há muito espaço para a alegria. E, claro, humor e, particularmente aqui, a capacidade de autotransformação não são formas legítimas de expressão religiosa.
Entretanto, conforme depoimentos, para a tradição estabelecida principalmente por Raimundo Irineu Serra, fundador do primeiro centro daimista no estado do Acre, ainda em torno dos anos 1920 e 1930, a alegria era parte fundamental da vida religiosa e deveria se expressar no ritual e fora dele, juntamente com outras manifestações dos sentimentos das pessoas diante de sua experiência do divino.
IHU On-Line – Que chaves transculturais podem nos ajudar a compreender essa experiência?
Alberto Groisman – Primeiramente, e isto é importante, a noção de “chave transcultural” foi elaborada como uma metáfora. Ela sintetiza o aspecto, digamos, instrumental que algumas atitudes e procedimentos rituais promovem, particularmente ao reforçar laços que vão se constituindo no processo de alocação de uma concepção daimista particular para a Holanda. E, não menos importante, sem a fluência do compartilhamento pleno de um idioma, que era o caso do líder brasileiro de uma igreja daimista na Holanda e os demais participantes, na sua grande maioria cidadãs e cidadãos holandeses.
Em suma, os eventos que abordo no artigo representam, pelo menos, duas dimensões das formas de comunicação e relação que se estabelecem nos processos de deslocamento planetário. Estes deslocamentos exigem esforços extraordinários para permitir que esta comunicação e estas relações tenham fluência, particularmente, como coloco acima, quando não é possível utilizar os recursos – condicionados e condicionadores – de um idioma compartilhado.
Assim, o humor e a criatividade, no primeiro caso expressando uma bem humorada intimidade com a entidade celestial e, no segundo, constituindo uma situação na qual uma, digamos, curiosidade pragmática poderia ser satisfeita, se constituem mesmo que talvez intuitivamente em “chaves” que abrem portas comunicativas e relacionais importantes, que eu procuro abordar no artigo.
Em suma, atribuir a estas situações o caráter de “chave transcultural” não é necessariamente levantar intencionalidades, mas apontar e qualificar as iniciativas como criativas e consequentes, numa busca de uma comunicação indireta, mas eficaz.
IHU On-Line – Qual é o contexto dessa transposição religiosa para a Holanda?
Alberto Groisman – Considerando que os daimistas holandeses expressavam uma preocupação com a reparação das ignomínias e verdadeiras barbaridades do colonialismo “civilizatório”, penso que uma implicação contextual é que, depois de 500 anos, a presença do Santo Daime (uma forma de cristianismo amazônico), significa uma espécie de “retorno” para a Europa. Mas este não é um retorno puro e simples. Talvez se possam ver princípios doutrinários semelhantes, claro que com 500 anos de desdobramentos, releituras e conflitos, mas interessantemente este cristianismo amazônico retorna com o que alguns daimistas se referiram como “o verdadeiro El Dorado”, a cidade mítica que motivou boa parte dos conquistadores bárbaros de cinco séculos atrás que aportaram nas Américas.
É interessante que a cor de algumas preparações da ayahuasca é parecida com dourado. Há pesquisadores que defendem que Raimundo Irineu Serra “cristianizou” a ayahuasca, que teria conhecido entre populações indígenas e ribeirinhas, nas fronteiras do Brasil com a Bolívia e o Peru.
Entretanto, uma pesquisa que estou concluindo está me sugerindo, e considerando que princípios do cristianismo chegaram nas Américas há mais de 500 anos, e aqui foram reconfigurados pela adição de um sacramento psicoativo, no caso o daime, que há um componente importante de amazonização do cristianismo, particularmente influenciado pela experiência com a ayahuasca pelos primeiros daimistas, e em articulação com as vertentes que são chamadas “xamânicas”, que porventura já a utilizavam anteriormente e que tinham uma riquíssima tradição-conhecimento de uso da bebida.
IHU On-Line – O que a apropriação dos ritos do Santo Daime na Holanda aponta sobre a religiosidade e subjetividade das pessoas na contemporaneidade?
Alberto Groisman – Em primeiro lugar, eu não utilizaria a palavra “apropriação” para definir esta realocação dos ritos e da cosmoideologia daimista nas Terras Baixas da Europa, como a sugerir que há algum processo não consensual de captura e uso ilegítimo. Primeiro, porque tudo no mundo se dá por formas de apropriação de bens materiais ou simbólicos. Para os interessados, incluindo pesquisadores, e talvez somente para estes, algumas apropriações são “legítimas”, outras não. Eu diria que há uma ampla rede de reciprocidade que, a meu ver, está associada ao que chamei também círculo-rede de ressonância experiencial. E este é um dos aspectos centrais do que você menciona como “religiosidade e subjetividade das pessoas na contemporaneidade”.
Digamos que vivemos hoje em dia num mundo muito mais intensamente ressonante. Informações e pessoas se deslocam com muito mais simplicidade e rapidez do que há não mais de 20 anos. Isso ocorre particularmente no Brasil e sua bem peculiar “prosperidade” atual. Confesso que não gosto muito de usar termos da economia, como oferta e demanda, para sintetizar a dinâmica de todo o tipo de deslocamentos e transações que ocorrem hoje em dia. Mas se fosse recorrer ao jargão, eu chamaria o que a cada dia mais vivemos como a época da economia dos desejos, que envolve os movimentos que fazemos para realizar o que queremos, e inclui satisfações e insatisfações. De fato, há uma crescente facilitação dos acessos e dos processos, e assim uma certa exacerbação e massificação dos desejos. Estes movimentos são dinâmicos, porosos, e ao mesmo tempo tornam as coisas mais fluidas.
Sacramento líquido
É interessante pensar aqui o daime – um sacramento líquido –, motivando e amalgamando as experiências de milhares de pessoas pelo planeta, especialmente ao vinculá-las a um sistema religioso. Esta imagem tem um poder metafórico extraordinário. Assim como o daime, a ayahuasca é uma síntese das demandas (lamento usar a palavra) e da configuração da religiosidade e da subjetividade contemporâneas.
Apesar de todos os benefícios anunciados, apesar de haver muitos experts que se autoatribuem o saber sobre como preparar a bebida e utilizá-la, ninguém conseguiu (e espero que assim continue) encontrar uma forma de privatizar o seu uso para fins comerciais, por exemplo, patenteando a combinação dos princípios ativos da bebida, oriundos das duas plantas mais usadas para sua preparação.
Ou seja, diferentemente das bebidas da família da cola, que surgiram como medicinais e foram logo industrializadas para comercialização, a forma com que se configura a trajetória histórica da ayahuasca como uma substância que se converte em um bem transcultural da humanidade, não indica uma privatização.
Graças a movimentos visíveis e invisíveis, sociais, ou talvez de outra natureza, como afirmam os daimistas, e a grande profusão de informações na internet, qualquer um que consiga as plantas, a rigor, pode produzir sua própria ayahuasca.
IHU On-Line – Como a sociedade holandesa recebe essa prática religiosa tendo em vista suas origens indígenas e o uso de uma bebida produzida de plantas amazônicas?
Alberto Groisman – É difícil responder, já que não há como reduzir a diversidade e a singularidade com que as pessoas, com as quais convivi na Holanda, expressavam sua perspectiva sobre o Santo Daime. A Holanda é um país reconhecido pela, embora mesmo relativa, maior consistência ao tratar do assunto dos psicoativos. Perceba que não estou utilizando o termo mais utilizado: “tolerância”. Por quê? Porque as políticas públicas na Holanda são subsidiadas sobretudo pelo jogo da argumentação, principalmente jurídica, mas fundamentada em achados científicos. Assim, se aplicam estas políticas articulando normas e recursos do estado para sustentar estas normas.
Os agrupamentos do Santo Daime são autorizados a funcionar na Holanda, o que não é sinônimo de “liberação”. Assim, como a política relativa a outros psicoativos como a cannabis, que na Holanda tem o uso controlado permitido, o Estado monitora tudo para avaliar constantemente sua própria política. Por outro lado, os critérios utilizados levam em conta mais o dano a terceiros, preservando de certa forma o direito individual de, digamos, se “autoexplorar”, claro que dentro de parâmetros de risco, que é como poderíamos considerar um dos aspectos associados a por que razão, afinal, as pessoas utilizam psicoativos.
Resumindo, se o regimento do direito e da lei numa sociedade é representativo de alguma síntese de aceitabilidades correntes, e considerando que as religiões daimistas são hoje autorizadas legalmente a funcionar na Holanda, então eu diria que os holandeses encontraram uma forma de conviver com a existência das religiões daimistas, e com a ideia que aceitam e que têm direito de desejar participar destas religiões. Por último, destaco o fato de que a presença das religiões daimistas na Holanda teve como repercussão muito interessante que há um contingente de holandeses que agora querem aprender português. É interessantemente uma espécie de idioma sagrado, que comunica os significados mais importantes da experiência com o daime.
IHU On-Line – Quais são os efeitos e implicações do uso religioso da ayahuasca? Que sintomas físicos e estados de consciência se produzem a partir de seu consumo?
Alberto Groisman – Como os processos de transposição espacial que mencionei antes, também efeitos e implicações do uso religioso da ayahuasca são muito diversos e singulares. Assim, penso que todas as tentativas de padronizar ou de criar um modelo para abordar este tema não são bem sucedidas. Como Thimothy Leary, o criativo mas polêmico scholar que expandiu e divulgou o conhecimento sobre o ácido lisérgico, levantou ainda nos anos 1960, e que Norman Zinberg tão bem enfatizou mais sistematicamente anos depois, para se pensar efeitos e implicações do uso de qualquer “droga”, é preciso considerar várias dimensões.
Particularmente quem é e como física e mentalmente a pessoa que está utilizando, o contexto sociocultural do uso, incluindo em que ambiente simbólico e com quem está, e, talvez em último lugar, qual a substância utilizada. Ou seja, este modelo é muito diferente do que é atualmente e, em geral, utilizado, o qual analisa os efeitos teóricos da substância sem considerar quem a está utilizando. Este é um “efeito colateral”, de uma política repressiva que acabou por se desdobrar na problemática e interesseira “guerra às drogas”. Digo interesseira porque, ao fim e ao cabo, a “guerra às drogas” tem apenas servido ao controle do mercado de drogas ilegais.
Considerando os depoimentos que tenho ouvido, particularmente, e com grande incidência de participantes dos grupos religiosos, as pessoas haviam por alguma razão abandonado vínculos com os sistemas de religiosidade nos quais foram educadas. Depois, retomavam estes vínculos e reconstruíam uma nova ideia de vínculo com o divino e/ou com uma dimensão espiritual. Muitos também afirmaram que o uso religioso do daime lhes trouxe melhor qualidade de vida e mais fluidez em suas relações. Enfim, nesse sentido consideram que em geral foi muito benéfico conhecerem o daime.
IHU On-Line – A partir das religiões ayahuasqueiras, qual é o nexo entre religião, perturbação e saúde?
Alberto Groisman – Estes temas estão associados a um projeto que está em fase de divulgação de resultados. Nesse particular, só trabalhei com participantes de religiões daimistas, particularmente aquelas associadas às tradições estabelecidas pelas iniciativas de Raimundo Irineu Serra e de Daniel Pereira de Matos, a meu ver as duas vertentes que lidam consistentemente com o tema da perturbação, não tendo tido receio de receber generosa e receptivamente meu projeto. Nesse sentido, aproveito aqui para fazer um agradecimento público a todos os daimistas que colaboraram com o projeto.
Respondendo à pergunta, eu diria que, nos meus mais de 20 anos de pesquisa sobre o uso ritual de plantas psicoativas, observei, e estou agora tentando registrar, o extraordinário cabedal de conhecimento que os daimistas acumularam, e que incorporaram em suas práticas rituais e na forma com que estabelecem suas relações sociais e cósmicas, sobre o que chamamos “saúde mental”.
São inúmeros procedimentos, ideias, recomendações e outros elementos extremamente interessantes e relevantes. Estes se desdobram da vivência diária, das trocas pessoais e da exploração de suas próprias experiências, e contrastam sobremaneira com os procedimentos que tenho levantado. Eles são utilizados para tratar perturbações em geral, ou o sofrimento psíquico em particular, no campo das políticas públicas de saúde mental no Brasil.
Não estou propondo que estes procedimentos sejam apropriados pelo Estado, mas que se considere que o uso de substâncias psicoativas é uma forma legítima de busca de conhecimento, que não pode ser tratada, como tem sido feito em geral, de forma inconsistente e preconceituosa do ponto de vista científico e legislativo. Como pesquisador, posso afirmar que, de um lado, o uso religioso do daime é uma forma de buscar e produzir conhecimento e que proporciona efetivamente uma possibilidade de estruturação para a experiência, condição importante para que esta ocorra conforme as expectativas.
Entrevista: Márcia Junges
Nota: A fonte das imagens que ilustram a entrevista são, respectivamente: 1a . imagem: http://migre.me/f8Y7E e a 2a: http://www.coisasintere
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Santo Daime: 'amazonização' do cristianismo e síntese da religiosidade e subjetividade contemporâneas. Entrevista especial com Alberto Groisman - Instituto Humanitas Unisinos - IHU