05 Dezembro 2007
Estudar a fenomenologia e as perspectivas simbólicas do corpo trabalhador é o foco atual das pesquisas relacionadas à Cultura Organizacional. A pesquisadora Maria Tereza Flores-Pereira foi além e buscou entender a cultura organizacional, fazendo um estudo etnográfico de uma livraria instalada dentro de um shopping center em sua tese de doutorado. Na entrevista que segue, Maria Tereza fala de seu estudo, da importância de compreendermos a cultura organizacional hoje – em tempos de avanços tecnológicos – e das possíveis disputas entre os corpos artefatos e a experiência cultural com a cultura do crescimento em conflito. Para Maria Tereza, “o corpo não é mais visto como algo natural que posteriormente é incluído no mundo da cultura. Partindo do pressuposto fenomenológico de que estamos entrelaçados no mundo desde o princípio e, ainda, de que essa vivência é primeiramente corporal, o corpo deixa de ser ‘apenas’ um modo de desvendar a cultura e passa a ser o modo pelo qual conhecemos a cultura e nos formamos como sujeitos culturais”. A entrevista foi realizada por e-mail.
Maria Tereza Flores-Pereira é graduada em Administração, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com especialização em Finanças Empresariais, pela Fundação Getúlio Vargas. É mestre e doutora em Administração, pela UFRGS. É professora do Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Qual é a importância de estudarmos a cultura organizacional em tempos de avanços tecnológicos constantes?
Maria Tereza Flores-Pereira - Acredito que estudar cultura é importante em qualquer tempo e espaço. É muito importante, por exemplo, estudar as culturas populares, a cultura das sociedades simples, as culturas das sociedades urbanas e, mais especificamente, as culturas organizacionais. A Antropologia tem grande tradição no estudo das três primeiras, porém muito pouco trabalha com a temática da cultura organizacional. Coube, portanto, aos estudiosos das organizações conhecerem as culturas circulantes nesse espaço social. Sobre a inter-relação entre cultura organizacional e os constantes avanços tecnológicos, o que gostaria primeiramente de comentar é que freqüentemente pressupõe-se que estes são importantes dispositivos geradores de mudanças culturais. Mudanças essas que se acredita ocorram numa velocidade maior do que em tempos anteriores. Em relação a tal pressuposto, concordo em parte, e acredito que há pontos de mudança a partir da inserção da tecnologia em nossas vidas e nas organizações. Entretanto, existem muitos comportamentos, atitudes e hábitos que estão arraigados em uma tradição que não se perde (ainda bem!) na mesma velocidade das novas tecnologias. Aliás, muitas vezes o que se vê é a adaptação das tecnologias para se adequarem aos costumes dos grupos que a utilizam. Na pesquisa desenvolvida na Administração sobre Tecnologia de Informação, por exemplo, muito se estuda sobre o impacto desta sobre as organizações e seus usuários. Pouco se sabe, entretanto, como os usuários, seus valores, suas crenças influenciam na tecnologia. É um viés de pesquisa que demonstra o predomínio da técnica sobre o humano, valor bastante cultivado no campo da gestão.
IHU On-Line - Como repensar a problemática cultural com o crescimento dos shoppings centers e dos espaços de lazer ligados ao consumo?
Maria Tereza Flores-Pereira - Esta pergunta me fez lembrar um artigo escrito por um administrador e uma antropóloga, no qual eles analisam a relação que um grupo de amigos adolescentes construía com o shopping center por eles freqüentado. Uma informação interessante, que apareceu no campo de pesquisa, é o fato de o consumo realizado por esses jovens durante o tempo em que permaneciam no shopping restringir-se a alguns copos de refrigerante e cerveja, os quais eram compartilhados pelos integrantes do grupo. A relação estabelecida por esses sujeitos com o shopping não era, portanto, de consumo. Diferentemente, o tempo do shopping era visto por eles como aquele dedicado aos amigos, ao desabafo sobre os problemas familiares, às paqueras. O espaço do shopping, por outro lado, representava o mundo perfeito, o mundo das coisas belas, afastado da pobreza e da violência urbana. Um olhar antropológico para tal material de campo permite comparar essas idas freqüentes ao shopping center como uma possibilidade de retomada do Jardim do Éden, do qual Adão e Eva haviam sido expulsos. No Jardim do Éden, cabe relembrar, não existia dor, vergonha, medo e trabalho árduo. Ao trazer esta análise do shopping center como uma representação contemporânea do Jardim do Éden, entretanto, não pretendo defender a idéia de que o shopping é um espaço “perfeito”, no qual se deva concentrar o lazer das pessoas. Diferentemente, o que levanto é a necessidade de se pensar e estudar o shopping center para além de sua perspectiva de espaço de consumo, pois somente assim é possível visualizar e politizar as inúmeras outras formas de vivência cultural que se tem em tal espaço social.
IHU On-Line - Com essa cultura do consumo em crescimento, o corpo artefato e a experiência cultural incorporada estão em conflito? Quem ganha essa disputa?
Maria Tereza Flores-Pereira - Primeiro acho importante esclarecer a diferença entre ‘corpo artefato’ e a temática da ‘experiência cultural incorporada’, também conhecida por ‘embodiment’. Corpo artefato é a nomenclatura que ofereci em minha tese para designar os inúmeros estudos, principalmente das Ciências Sociais e Humanas, que pensam o corpo para além de sua condição de objeto biológico. Nessa perspectiva teórica, o corpo é também um objeto sobre o qual símbolos e significados sociais, históricos e culturais se inscrevem tornando-se, a partir daí, uma importante categoria antropológica de interpretação e politização do sociocultural. Os estudos referentes à ‘experiência cultural incorporada’, diferentemente, tiram o corpo da condição de objeto cultural e passam a pensá-lo como parte constitutiva do sujeito. A cultura, nessa perspectiva, não é algo que se inscreve no corpo, mas algo que se vive a partir dele.
Pensar a relação consumo e corpo me faz refletir com mais ênfase sobre a temática do corpo artefato. Portanto, abro a análise dessa relação – corpo artefato e consumo – a partir de dois flancos. Um deles é a capacidade (talvez até necessidade) humana de classificar e hierarquizar o mundo das “coisas”, já estudada no clássico Algumas formas primitivas de classificação de Emile Durkheim (1) e Marcel Mauss (2). Depois, trago a idéia de Norbert Elias (3), em seu livro Sociedade dos indivíduos, de que o corpo se tornou uma importante categoria de identidade do sujeito moderno, à medida que este gradativamente se desvencilhou de formas mais comunitárias de identificação (família, igreja etc.). Ora, se o humano tem por hábito (ou necessidade) classificar e hierarquizar o mundo das “coisas” e, ainda, se o corpo se tornou uma importante unidade de identificação do sujeito moderno, não se poderia pensar que o atual frenesi de consumo para o corpo está imbricado nessas duas dimensões de análise do humano? Considerando isso, o consumo de alimentos, bebidas, drogas, a utilização de roupas, acessórios, a realização de procedimentos estéticos e cirúrgicos, entre outros, devem ser vistos para além de sua instrumentalidade. Mais do que isso, são modos simbólicos de identificação, classificação e hierarquização. É importante ressaltar, entretanto, que a intervenção do corpo no sentido de classificação sociocultural não é algo exclusivo da sociedade de consumo. As pinturas indígenas, a redução dos pés das chinesas no período pré-revolução comunista, a valorização dos corpos “cheinhos” na Europa renascentista, são mostras de que há muito mais tempo o corpo faz parte de um sistema classificatório sociocultural.
IHU On-Line - Como fica nossa consciência cultural sabendo que estamos dentro desses dois corpos ao mesmo tempo?
Maria Tereza Flores-Pereira - Primeiramente, gostaria de esclarecer algo sobre essa idéia, que está bastante impregnada em todos nós, de que somos sujeitos que ‘estamos dentro de um corpo’. Está contido nessa frase, o pressuposto ontológico da filosofia moderna de que existe uma separação do sujeito em duas grandes instâncias: o corpo e a mente. O sujeito é a consciência, a mente, a razão (lembrar do cogito ‘penso, logo existo’ de René Descartes! (4). O corpo, por outro lado, é apenas um objeto biológico relegado ao papel de “armazenador” desse sujeito racional. O estudo do corpo passa a ser uma incumbência apenas das Ciências Médicas. Marcel Mauss, em seu texto Técnicas corporais, inova grandemente ao abrir a possibilidade de se estudar o corpo humano para além de sua perspectiva biológica, ou seja, o corpo é também um artefato sobre o qual se inscrevem símbolos e significados da sociedade na qual habita. A corrente de estudos sobre o corpo artefato questiona o caráter apenas biológico do corpo humano, mas não questiona sua caracterização de objeto. É apenas com Merleau-Ponty (5), principalmente em sua obra Fenomenologia da percepção, que o corpo sai dessa posição de objeto e passa a ser ator principal da relação sujeito e mundo. Sujeito esse não mais exclusivamente racional, mas um corpo-sujeito que conhece o mundo a partir de uma relação pré-reflexiva, portanto corporal. Não faz sentido, portanto, dizer que ‘estamos dentro de um corpo’, pois, a partir do legado fenomenológico de Merleau-Ponty, nós devemos dizer que `somos’ um corpo. O corpo é parte constitutiva do sujeito.
Agora gostaria de falar um pouco sobre a relação que se estabelece entre cultura e essas duas perspectivas de estudo do corpo. Com relação ao estudo do corpo artefato, conforme já comentado, crê-se que a cultura é uma “capa” que se coloca por cima do corpo natural. É a partir da observação dessa “capa” que podemos desvendar e politizar a cultura dos grupos sociais. A utilização da perspectiva do embodiment para o estudo da cultura vai um pouco mais longe. O corpo não é mais visto como algo natural que posteriormente é incluído no mundo da cultura. Partindo do pressuposto fenomenológico de que estamos entrelaçados no mundo desde o princípio e, ainda, que essa vivência é primeiramente corporal (pré-reflexiva), o corpo deixa de ser “apenas” um modo de desvendar a cultura e passa a ser o modo pelo qual conhecemos a cultura e nos formamos como sujeitos culturais. Assim, resumidamente, o estudo da cultura a partir do corpo tem seguido essas duas importantes correntes teóricas as quais, cada qual com suas análises e interpretações, têm contribuído de maneira significativa para o conhecimento de si, do outro e da cultura.
IHU On-Line – Qual é a diferença de quem busca a cultura dentro de um espaço como o shopping center e aquele que é obrigado a ocupar este espaço cultural?
Maria Tereza Flores-Pereira - Quando se fala sobre ‘quem busca a cultura’, tomo como se fosse o pesquisador, buscando desvendar a cultura de tal espaço social. Já por ‘aquele que é obrigado a ocupar este espaço cultural’ entendi aqueles que trabalham no shopping. Se eu estiver certa nas minhas interpretações segue a resposta...
Posso responder a esta pergunta de uma maneira muito pessoal, ou seja, baseada na minha vivência de etnógrafa junto a um grupo de vendedores de shopping center. Não posso dizer que eu me tornei uma vendedora de shopping center, pois a “carga horária” que eu acabava somando como observadora participante não chegou nem próxima daquela que tais trabalhadores devem cumprir. Os trabalhadores que observei, assim como a maioria daqueles do comércio, cumprem uma elevada carga horária de 44 horas, distribuída em seis dias da semana, com uma folga semanal. Essa folga nunca é aos sábados e muitas vezes também não é aos domingos. Só esta informação já nos oferece alguma notícia sobre a diferença entre aqueles que pesquisam (ou visitam) o shopping e aqueles que “habitam” o shopping. Acredito que os últimos sofrem maior ação desse espaço social sobre suas vidas e corpos. Na minha tese, analisei em mais detalhes a questão do corpo, percebendo que essa convivência contínua com o espaço do shopping e, mais especificamente, exercendo a atividade profissional de vendedor, leva esses sujeitos a alguns hábitos e marcas corporais.
Uma dessas marcas é a necessidade de disciplinar o corpo para trabalhar sempre ‘em pé’. Se, por um lado, a postura ‘em pé’ oferece a mensagem simbólica aos clientes de altivez, progresso, rapidez e prontidão, por outro, a necessidade de ficar em pé por uma jornada de 44 horas semanais acarreta em problemas reais de coluna e circulação. Um hábito que também me chamou a atenção no campo foi o elevado consumo de alimentos rápidos (fast-food) por parte da equipe da loja que eu observava. Analiso esse consumo como um modo de se adequar aos valores da criatividade (comidas divertidas, com embalagens coloridas, em tamanhos pequenos) e da agilidade (comida rápida), valores esses que eram essenciais para a organização na qual eles trabalhavam. Uma das conseqüências que analiso desse consumo simbólico de fast-food é o aumento de peso por parte de alguns funcionários a partir de sua entrada na empresa. Assim, acredito que se possa dizer que o espaço organizacional, assim como o espaço do shopping, terá maior influência sobre aqueles que lá trabalham. No mínimo, analiso como uma relação de diferença.
IHU On-Line - O conceito de cultura muda a partir dessas novas relações com os ambientes culturais e de lazer?
Maria Tereza Flores-Pereira - A cultura tem sido tema recorrente dos antropólogos desde os evolucionistas até os simbólicos e quem sabe agora veremos o crescimento de uma Antropologia Fenomenológica. O objeto de pesquisa, portanto, continua o mesmo: o outro e sua cultura. O que muda é a maneira de pensá-los. Não é objetivo desta resposta, entretanto, precisar os pontos de ruptura entre um modo e outro de se pensar a cultura. É interessante dizer, entretanto, que o conceito de cultura e o modo pelo qual ela vem sendo desvendada têm sofrido mutações. Mutações essas que certamente estão inseridas nos momentos históricos a partir dos quais elas são criadas, aceitas e legitimadas.
IHU On-Line - O que um corpo específico com o qual nos deparamos nesses espaços culturais dentro de espaços de consumo representa, simboliza e significa para nós?
Maria Tereza Flores-Pereira - Se for considerada a análise realizada na pergunta número dois, de que os espaços do shopping center buscam recriar o mito do mundo perfeito, é possível pensar que esse ideal de perfeição é transposto para as expectativas que se tem em relação aos corpos dos atores que circulam por tal espaço social. Mesmo que não exista um tipo exclusivo de corpo nos shoppings centers, e aí focando um pouco mais naqueles que lá trabalham, é possível perceber algumas tendências como a predominância de corpos magros, de cor branca, sem deficiências e de “boa aparência”. Os corpos que não condizem com aquilo que contemporaneamente tratamos como pertencente ao “paraíso” – os obesos, os negros, os índios, as pessoas com deficiência, os “feios” – devem ser excluídos ou (no máximo) colocados em lugares específicos – inferiores, escondidos – da hierarquia sócio-organizacional. Ao se realizar essa seleção e hierarquização simbólica dos corpos daqueles que trabalham no shopping center se está, por um lado, construindo esse ideal de “perfeição” que só se encontrava no Jardim do Éden, e por outro excluindo aquilo que temos de mais humano: a diversidade. Assumir nossa humanidade, em minha opinião, é se desgarrar desse paraíso perdido, pois ele já foi perdido, nunca será retomado. Esquecer do paraíso é assumir a si, ao outro e a diversidade.
Notas:
(1) Emile Durkheim é considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Mafuso, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social. Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas" forneceram uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível.
(2) Marcel Mauss foi um sociólogo e antropólogo francês, nascido quatorze anos mais tarde e na mesma cidade que Émile Durkheim, de quem é sobrinho. É considerado como o "pai" da antropologia francesa. A sociologia seria uma ciência distinta, por exemplo, da psicologia, cujos objetos são, segundo Mauss, as representações individuais, enquanto que na ciência social os objetos são as representações coletivas de caráter autônomo e inconsciente para o próprio indivíduo que as possui. Para o autor, a rocha elementar das sociedades, em todos os tempos históricos, é a capacidade de desenvolver trocas. Essas podem ser materiais ou simbólicas, sempre considerando a distribuição e a circulação desse elemento.
(3) Norbert Elias foi um sociólogo alemão. Suas obras focaram a relação entre poder, comportamento, emoção e conhecimento na História. Devido a circunstâncias históricas, Elias permaneceu durante um longo período como um autor marginal, tendo sido redescoberto por uma nova geração de teóricos nos anos 1970. A obra mais importante de Elias foram os dois volumes de O processo civilizatório (Über den Prozess der Zivilisation). Originalmente publicado em 1939, foi virtualmente ignorado até sua republicação em 1969, quando o primeiro volume foi traduzido ao inglês. Este primeiro volume traça os acontecimentos históricos do habitus europeu, ou "segunda natureza", ou seja, a estrutura psíquica individual moldada pelas atitudes sociais. Elias demonstrou como os padrões europeus pós-medievais de violência, comportamento sexual, funções corporais, etiqueta à mesa e formas de discurso foram gradualmente transformados pelo crescente domínio da vergonha e do nojo, atuando para fora de um núcleo cortesão etiqueta. O auto-controle era cada vez mais imposto por uma rede complexa de conexões sociais desenvolvidas por uma auto-percepção psicológica que Freud cunhou como "super-ego." O segundo volume de O processo civilizatório aborda as causas destes processos e os reconhece nas cada vez mais centralizadas e diferenciadas interconexões na sociedade.
(4) René Descartes também conhecido como Renatus Cartesius, foi filósofo, físico e matemático francês. Notabilizou-se, sobretudo, por seu trabalho revolucionário na filosofia, mas também obteve reconhecimento matemático posterior por sugerir a fusão da álgebra com a geometria, fato que gerou a geometria analítica e um sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por esses feitos ele teve um papel-chave na Revolução Científica, influenciando o desenvolvimento por Leibniz e Newton do Cálculo moderno. Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. O pensamento de Descartes é revolucionário para uma sociedade feudalista em que ele nasceu, onde a influência da Igreja ainda era muito forte e quando ainda não existia uma tradição de "produção de conhecimento". Para a sociedade feudal, o conhecimento estava nas mãos da Igreja.
(5) Maurice Merleau-Ponty foi um filósofo fenomenologista francês. Ponty foi um filósofo do século XX que abrangeu em sua obra contribuições extremas acerca da Fenomenologia. Segundo Merleau-Ponty, quando o ser humano se depara com algo que se apresenta diante de sua consciência, primeiro o nota e o percebe em total harmonia com sua forma, a partir de sua consciência perceptiva. Após perceber o objeto, esse entra em sua consciência e passa a ser um fenômeno. Para Merleau-Ponty, o ser humano é o centro da discussão sobre o conhecimento. O conhecimento nasce e faz-se sensível em sua corporeidade.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Cultura organizacional, corpo artefato e etnografia. Entrevista especial com Maria Tereza Flores-Pereira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU