Tragédia no Ninho e na Justiça: absolvição de réus choca milhões de pessoas e espanta zero alma

Foto: Tomaz Silva | Agência Brasil

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25 Outubro 2025

Ninguém é punido pelo incêndio que matou 10 crianças que atuavam na base do Flamengo em 2019.

A reportagem é de Mauro Beting, publicada por Estadão, 22-10-2025.

Quando um filho perde um pai, ele fica órfão. Quando um pai perde um filho, não existe palavra”. Nem palavras.

A série documental da NetflixNinho: Futebol e Tragédia” (direção do craque Pedro Asbeg) consegue valer a mínima máxima de que “mil imagens valem...”. Valem por milhares de documentos e documentários. Centenas de assinaturas de responsáveis que não assumem. Assinaram sem ler. Ou nem assumem, nem assinam. Apenas somem como os principais cartolas nessas horas eternas como a melhor escalação da história do clube: Christian, Bernardo Pisetta, Arthur Vicente, Athila, Rykelmo, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Samuel, Vítor Isaías e Gedson. A que o torcedor do clube entoa em todos os jogos. Também por enojado por alguns de seus próceres improcedentes e/ou impudentes.

O timaço de 10 com dois goleiros para sempre de um clube que naquele mesmo 2019 teve o melhor futebol do século na América. E que, em 1981, escalou o melhor time que vi na vida. Com oito dos 11 titulares formados na Gávea. Como estavam sendo formados no Ninho do Urubu aqueles 10 meninos Sub-16 com a melhor escalação dos sonhos desfeitos por gambiarras assumidas em um contêiner-dormitório que não estava na proposta aprovada na prefeitura. Desde maio de 2018 era irregular e com “grave risco”. Tanto que gerara 31 multas ao clube. Dez delas pagas. As 21 não pagas por um preço que não tem valor.

Poucas vezes vi série tão bem editada e pesquisada. E que me tenha deixado tão impactado. Com o cuidado e sensibilidade que falta à muita gente irresponsável no caso que não é acaso. É descaso. Caso de polícia de ao menos duas gestões do clube.

Os depoimentos são cortantes.

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