12 Agosto 2024
"A Irmã Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Brasil acaba de ser nomeada como membro do Comitê Supremo das POM para um período de cinco anos, de 01-08-2024 a 31-07-2029. O Comitê Supremo tem a responsabilidade de garantir o desenvolvimento eficaz de cada uma das POM, resolvendo questões que possam surgir entre elas", escreve Luis Miguel Modino, padre espanhol e missionário Fidei Donum.
É composto pelo pró-prefeito do Dicastério, cardeal Luiz Antônio Tagle, o secretário, presidente das POM, cinco bispos representando cada continente, os secretários gerais das quatro Obras Pontifícias, a administração e cinco diretores nacionais das POM. Este grupo se reúne uma vez por ano para discutir e providenciar o necessário para o bom funcionamento das Obras.
A diretora das POM Brasil considera que sua nomeação “significa uma responsabilidade, sem dúvida nenhuma, mas também um reconhecimento, que eu acredito que não seja só para mim como pessoa, mas para as Pontifícias Obras do Brasil, para toda a Igreja do Brasil”. Ela insiste em que “eu represento não só a Igreja do Brasil, mas a Igreja das Américas”, destacando o fato do Brasil ter sido escolhido para fazer parte do Comitê Supremo.
Foto: Luis Miguel Modino
No mundo são 130 diretores nacionais das POM e desses 130, seis são mulheres. Que uma delas esteja no Comitê Supremo “é muito significativo, porque me parece que aquelas decisões que o Papa Francisco está tomando de abertura da participação das mulheres em todas as instâncias, de modo particular nas instâncias de decisão, é como se isso fosse fazendo um efeito cascata nas outras decisões”.
A religiosa do PIME disse que “essa decisão foi tomada pelo pro-prefeito, cardeal Tagle, mas eu acredito que já em diálogo e como uma resposta a essa abertura que o Papa Francisco está proporcionando”. É por isso que ela ressalta que “cada vez que uma mulher é escolhida na Igreja para algum serviço de maior responsabilidade, eu acredito que se abram as portas para uma participação maior dos cristãos leigos e cristãs leigas em todas as instâncias”.
Foto: Luis Miguel Modino
“No fim das contas, é sempre um passo a mais para que essa sinodalidade se torne uma realidade, sinodalidade compreendida como possibilidade de que todos e todas, batizados e batizadas, possam se colocar a serviço da Igreja, de uma Igreja toda ministerial, como o Papa Francisco fala tantas vezes”, segundo a Irmã Regina. Nesse sentido, coloca que “o fato de eu estar em representatividade das mulheres é quase como se as duas coisas fossem uma coisa unida, a minha nomeação é como uma confirmação disso que já está acontecendo, e eu desejo que se realize de uma maneira sempre mais profunda essa abertura”.
Para a Igreja do Brasil, mesmo reconhecendo que ela é chamada a representar as igrejas de todos os países da América, essa nomeação pode ajudar na partilha em nível maior da vivência missionária, “a vivência e as experiências que nós temos da Igreja do Brasil como projetos de animação missionária, de abertura ad gentes, tudo aquilo que nós realizamos aqui, sem dúvida eu vou levar para lá, porque é uma vivência”. A religiosa destaca que “aquilo que a gente vive é aquilo que nós partilhamos”.
Foto: Luis Miguel Modino
Para essa missão mais ampla de representar a Igreja da América acha que pode ajudar a realização do VI Congresso Missionário Americano em Porto Rico, onde participarão a maioria dos diretores da América. Ela considera que “vai ser um momento muito importante para eu também poder conversar com eles e ver quais são as expectativas que todos eles como diretores têm dessa minha representatividade no Comitê Supremo”.
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Nomeação da Irmã Regina da Costa Pedro para o Comitê Supremo das POM: “Um passo a mais para que a sinodalidade se torne uma realidade” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU