Desastres naturais causam perdas globais de US$ 120 bilhões no 1º semestre de 2024

Foto: Fernando Frazão | Agência Brasil

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01 Agosto 2024

Maior parte está ligada a eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações e incêndios florestais; chuvas no RS são o terceiro evento com mais prejuízos registrados.

A informação é publicada por ClimaInfo, 01-08-2024.

Mais um semestre encerrado, mais prejuízos causados pela intensificação de eventos extremos. Um levantamento da seguradora Munich Re estimou em US$ 120 bilhões as perdas causadas por desastres naturais ao redor do mundo nos seis primeiros meses de 2024 – sem contar as incomensuráveis perdas humanas. Desse total, US$ 56,6 bilhões (68%) foram decorrentes de eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações e incêndios florestais.

As perdas seguradas (ou seja, aquelas contempladas por apólices de seguro) ficaram na casa dos US$ 62 bilhões no período analisado. Esse valor é significativamente acima da média observada nos últimos dez anos (US$ 37 bilhões), segundo a seguradora.

De forma geral, as perdas globais no 1º semestre de 2024 foram menores do que no mesmo período de 2023, quando chegou a US$ 140 bilhões, mas a Munich Re destacou o impacto do forte terremoto que atingiu a Turquia e a Síria no ano passado. Na comparação de longo prazo, as perdas gerais observadas nos seus primeiros meses deste ano “excederam claramente” os valores médios tanto dos últimos 10 anos como dos últimos 30 anos (segmentados pelo ajustes à inflação aplicados).

Neste ano, o desastre natural com maior prejuízo foi o terremoto que atingiu o Japão no começo de janeiro. Além das 200 mortes registradas, ele também causou perdas totais de cerca de US$ 10 bilhões, com perdas seguradas de US$ 2 bilhões. Em compensação, a maior parte das perdas globais (68%) e seguradas (76%) estão relacionadas a eventos climáticos extremos.

Nos EUA, por exemplo, a ocorrência de tempestades severas e de tornados causaram um prejuízo de US$ 45 bilhões, dos quais cerca de US$ 34 bi estavam segurados. Outro exemplo aconteceu no Golfo Pérsico, com as chuvas históricas que caíram em países como Emirados Árabes e Omã e causaram enchentes em cidades como Dubai. As perdas totais para a região ficaram em US$ 8,3 bilhões, com US$ 2,8 bi segurados.

As chuvas no Rio Grande do Sul também foram lembradas pela Munich Re. Segundo a seguradora, as perdas totais decorrentes das enchentes que atingiram o estado brasileiro entre abril e maio passado foram de cerca de US$ 7 bilhões (US$ 2 bi segurados).

Desastres naturais relacionados ao clima são proeminentes mais uma vez nas estatísticas de perdas do 1º semestre. As mudanças climáticas envolvem riscos em evolução aos quais todos – a sociedade, a economia e o setor de seguros – terão que se adaptar, de modo a mitigar as perdas crescentes de eventos relacionados ao clima”, alertou Thomas Blunck, integrante do conselho de administração da Munich Re.

Bloomberg, Reuters e South China Morning Post, entre outros, repercutiram os dados da Munich Re sobre as perdas globais decorrentes de desastres naturais em 2024.

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