22 Março 2023
A Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos convida a todos e todas a prestigiar o projeto “Comunicar o sentido do sagrado: arte sacra, cultura missioneira e paramentos litúrgicos como documentos históricos”, do Museu Capela Unisinos, de 21 a 31/03/2023.
Horário: Das segundas-feiras às sextas-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Local: Biblioteca Unisinos – Obras Raras (3° andar), campus de São Leopoldo.
Conheça a seguir um pouco sobre os artefatos exibidos na exposição.
As vestes usadas na liturgia católica nasceram de trajes greco-romanos civis. Nos primeiros séculos os sacerdotes e seus ajudantes usavam, para o culto, as mesmas vestes das atividades cotidianas. Aos poucos começaram a usar, para o culto, roupas de melhor qualidade, mas não diferentes daquelas da vida civil.
A partir do século VI, por influência dos chamados bárbaros, o povo começou a usar outros tipos de trajes, ao passo que as vestes usadas para o culto permaneceram as antigas. Na época carolíngia (século IX) se fixaram os trajes religiosos básicos. No século XII se definiram as cores litúrgicas, se introduziram a sobrepeliz e a capa pluvial para cerimônias menos importantes. As vestes litúrgicas dos sacerdotes e seus auxiliares imediatos se compunham de amito, túnica com cíngulo, casula, manípulo, estola, capa pluvial, dalmática e sobrepeliz. Com o Concílio Vaticano II as vestimentas litúrgicas foram reduzidas praticamente a duas: a túnica e a estola.
Era um pano, normalmente fino, usado por pessoas distintas, ao redor do pescoço como um grande lenço que servia para enxugar o rosto e defender o pescoço contra o frio. O sacerdote usa a estola em toda a atividade litúrgica e ela representa, hoje, o poder sacerdotal.
Surgiu de um lenço que, entre os romanos, os cônsules e altas personalidades do Estado usavam na mão esquerda como objeto de etiqueta, que acompanhava alguns trajes de gala. Ao menos até o século IX ele manteve o caráter de lenço ou guardanapo, nas funções do altar. Depois passou a uso geral dos sacerdotes e era usado no braço esquerdo como uma tira estreita de seda marcada com uma cruz.
Originou-se da poenula romana. A poenula era um poncho pesado, de lã, fechado e com capuz. Era usado em viagens e durante mau tempo. Depois passou a ser um traje comum, elegante. No final do século IV era confeccionado em tecido precioso e ricamente adornado, sendo, então, o traje dos senadores e dos sacerdotes. Durante muitos séculos conservou a forma de poncho de gala. Pelos fins do século XV, com tecidos cada vez mais finos e recamados, chegou-se à forma de violão, curta e estreita. A partir do século XX retomam-se as casulas mais largas e compridas, de formas góticas.
Teria surgido, também, da poenula romana ou de uma capa menor usada por oficiais. Tornou-se vestimenta litúrgica no século VIII-IX. Era muito usada pelos monges, nos ofícios solenes, e pelos cantores. No século XI já era de uso geral. Tinha capuz e era fechada com um grande broche. Usava-se para funções religiosas como procissões, incensação, consagrações solenes, bênçãos e encomendação dos mortos.
Introduzida em Roma pelo Imperador Cômodo (±192 d.C.), era uma sobretúnica de festa e de passeio, larga e de amplas mangas, que cobria o corpo até os joelhos e os braços até os cotovelos.
Apareceu como veste litúrgica no século III. No tempo dos reis carolíngios (século IX) tornou-se comum para os diáconos em função. No começo era branca com decoração em púrpura. A partir do século XI acompanha a cor das outras vestes litúrgicas.
Cartaz da exposição "Comunicar o sentido do sagrado: paramentos litúrgicos e livros sacros como documentos históricos". (Foto: Divulgação)
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Museu Capela Unisinos inaugura exposição: “Comunicar o sentido do sagrado: arte sacra, cultura missioneira e paramentos litúrgicos como documentos históricos” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU