• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Contaminação por mercúrio. Artigo de Rogerio Aparecido Machado

Mais Lidos

  • O que é o sionismo cristão? Os evangélicos e Israel no Brasil e na Guatemala. Artigo de Maria das Dores Campos Machado e Brenda Carranza

    LER MAIS
  • “A austeridade serve para disciplinar a classe trabalhadora”. Entrevista com Clara E. Mattei

    LER MAIS
  • Senado aprova projeto que desmonta rito de demarcação de terras indígenas

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

16 Fevereiro 2023

"Não tenhamos a ilusão de que será suficiente apenas parar o garimpo naquela que tudo voltará ao que era a décadas atrás. A contaminação do solo, bem como do fundo dos rios, é algo demorado e exige tecnologia para sua remediação", escreve Rogerio Aparecido Machado, professor de Química e Meio Ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em artigo publicado por EcoDebate, 15-02-2023.

Eis o artigo.

A situação atual no norte do país quanto a contaminação por mercúrio e consequente efeito nefasto sobre a população indígena pode parecer que está aflorando agora, mas na realidade, tanto no nosso país como em outras partes do mundo, a contaminação por este metal não é novidade, muito menos exclusividade do século XXI.

Até mesmo antes do século XX, já se usava mercúrio para muitas aplicações e, até recentemente, o tínhamos em tratamento dentário, no caso de obturações dentárias.

Uma das perguntas que não quer calar sobre o assunto: Por que o mercúrio é tão perigoso?

A resposta poderia ser até simples. Este metal, diferente de muitos outros, não possui função alguma no organismo humano, e pior, é extremamente difícil retirá-lo do corpo humano, pois possui toxicidade alta para o nosso organismo.

Quando ele entra no corpo, se aloja em órgãos vitais como rins e fígado, sem contar o sistema nervoso central, onde este metal atua de tal forma que chega a tirar toda capacidade do ser humano controlar seus movimentos e até raciocínio, chegando ao óbito.

Na verdade, o mercúrio em si, o metal que conhecemos visualmente como um líquido metálico, quando em contato com a pele ou mesmo em sua ingestão ocasional, este quase não é absorvido, apenas 0,1% podem ser absorvidos, a maioria é excretado nas fezes ou urina.

O problema pode começar quando o mercúrio passa para sua forma iônica, o qual pode ser absorvido em até 20% pelo nosso organismo. As plantas podem acumular mercúrio nesta forma.

Mas, esta não é a forma mais letal. A forma mais preocupante é a que chamamos de metilada, ou seja, quando o mercúrio se combina com moléculas orgânicas e fica na forma de metilmercúrio, um organo metálico. Esta forma, organometálica, é absorvida em até 99% pelo nosso organismo.

No entanto, o mercúrio usado no garimpo é o líquido metálico, conforme citado o menos absorvido pelo ser humano; como poderia então ser tão perigoso o mercúrio em questão?

No garimpo, quando ocorre a descoberta de ouro, este pode estar agregado a outros minerais, como rocha, por exemplo, e para se separar o ouro da rocha, o garimpeiro joga mercúrio metálico na rocha, sendo que o mercúrio irá fazer uma amalgama, espécie de liga entre o ouro e o mercúrio, ficando o ouro ligado ao mercúrio na forma líquida.

Por que isto acontece, ou seja, por que se forma uma amalgama? Devido a diferença na estrutura atômica do ouro em relação ao mercúrio ser apenas de um elétron, isto facilita em muito a formação imediata da liga líquida (amalgama) e por consequência ocorre a extração do ouro de onde ele está agregado.

Para separação desta liga e recuperação do ouro, o garimpeiro coloca a liga líquida num tipo de prato metálico e com auxílio de um maçarico, ele queima a liga, sendo que o mercúrio com ponto de ebulição menor que 400 graus Celsius evapora, ficando assim no prato o ouro fundido com poucas impurezas. Este é um processo rápido.

O problema/desastre ambiental: quando o mercúrio evapora, o primeiro a ser contaminado é o operador do maçarico que está próximo ao mercúrio que está evaporando, sendo que ele inala diretamente o vapor, entrando na sua corrente sanguínea.

 

O mercúrio evaporado é levado pelo ar e se deposita em plantas e, como geralmente é ambiente fluvial, a maior parte do mercúrio cai nos rios.

Este mercúrio metálico pode ser absorvido pelas plantas dos rios, passando a mercúrio iônico e, posteriormente, ser o alimento dos peixes, os quais absorvem o mercúrio iônico e o transforma em metilmercúrio.

Ainda existe a grande possibilidade de o mercúrio metálico ser absorvido pelo peixe no seu processo de respiração onde ele succiona a água contaminada e, por sua vez, metaboliza o mercúrio no seu organismo.

O ser humano vai se contaminar, principalmente se alimentando dos peixes contaminados, os quais possuem o mercúrio na sua forma metilada, e acabará absorvendo o mercúrio contido no peixe de forma quase total.

A contaminação da população indígena está acontecendo a muitos anos desta forma, e por estarem isolados, só agora com divulgação do grande desmatamento para aumentar a área de garimpo, bem como a nítida contaminação de rios amazônicos, a população em geral está começando a saber o drama vivido pelos índios brasileiros.

Não tenhamos a ilusão de que será suficiente apenas parar o garimpo naquela que tudo voltará ao que era a décadas atrás. A contaminação do solo, bem como do fundo dos rios, é algo demorado e exige tecnologia para sua remediação.

Este pode ser um erro que o Brasil tenha que conviver por muitas décadas, e infelizmente até por século, pois os locais contaminados não são de fácil acesso. Porém, a impressão é que ninguém pensa em tal problema, apenas no lucro almejado, custando o que vai custar por anos.

Leia mais

  • “Já escapei muito de morrer”
  • Contaminadas por mercúrio
  • Bolsonaro promove garimpo em terras indígenas e “delega” mineração empresarial ao MDB, aponta dossiê
  • Garimpo ilegal contamina peixes de rios de Roraima, revela estudo
  • Garimpo invade o rio Madeira
  • Filme detalha como políticas de Bolsonaro estimulam garimpo na Terra Yanomami
  • Impactos da contaminação por mercúrio dos garimpos. Artigo de Carlos A. de Medeiros Filho
  • Lançado fórum de discussão sobre a contaminação da bacia do Tapajós (PA) por mercúrio
  • A contaminação por mercúrio na Amazônia, consequência do aumento das atividades em garimpos e da devastação da floresta. Entrevista especial com Heloisa Meneses
  • Mercúrio: a ameaça que mata aos poucos a população da Amazônia
  • População do Baixo Tapajós têm altas taxas de exposição por mercúrio
  • Contaminadas por mercúrio
  • Ribeirinhos convertem-se ao ouro e desafiam contaminação por mercúrio no rio Madeira
  • Rios são a maior fonte global de mercúrio nos oceanos e o Amazonas lidera a lista
  • Explosão do garimpo ilegal na Amazônia despeja 100 toneladas de mercúrio na região
  • Contaminação por mercúrio e chumbo ameaça comunidades amazônicas

Notícias relacionadas

  • Com novas ratificações, Convenção de Minamata sobre Mercúrio entrará em vigor em agosto

    LER MAIS
  • Operação conjunta combate garimpo ilegal de ouro na terra indígena Yanomami, em RR

    LER MAIS
  • Presidente peruano troca dinamite por diálogo com garimpeiros

    O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, usava explosivos para combater o garimpo ilegal de ouro na selva amazônica com o objetiv[...]

    LER MAIS
  • Ibama embarga garimpo em Altamira (PA) e aplica multa de R$ 50 milhões

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados