05 Janeiro 2023
"Igrejas estão propagando um Evangelho de sucesso, de prosperidade, de autoexaltação, um evangelho que edifica o pecador em vez de convocá-lo ao arrependimento. Trata-se de 'um cristianismo cheio de riquezas e arrogância, cheio de energia carnal e sucesso mundano. É um cristianismo tão cheio de si que é virtualmente desprovido de Deus'", escreve Michael Brown, doutor em Línguas e Literatura pela Universidade de Nova York, em comentário para o portal The Christian Post.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Esse cristianismo, compara, é como a Igreja de Laodicéia nos tempos do Novo Testamento. Ela dizia: “Sou rica. Adquiri riquezas e não preciso de nada”. Ao contrário da visão do Apocalipse, que alertou: “Mas você não percebe que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu” (Ap. 3,17). O cristianismo triunfalista, destaca Brown, “se gaba de seus números, seu poder, sua riqueza, seus edifícios, seu sucesso externo. Ele ganha status de celebridade aos olhos do mundo”.
O articulista reconhece que é maravilhoso quando Deus abençoa seu povo com abundância financeira, capacitando seus filhos a cuidar dos feridos e necessitados, também ajudando-os a espalhar o Evangelho ao redor do globo. “Mas nunca vamos nos gabar de nossas riquezas, números ou edifícios. Nunca nos tornemos complacentes ou percamos nosso senso de urgência. E nunca esqueçamos que o Evangelho significa sempre o caminho da cruz”.
Igrejas da teologia da prosperidade divulgam um evangelho que edifica o pecador em vez de convocá-lo ao arrependimento, assinala. Vinculado ao movimento carismático, Brown alerta: “Cuidado com a armadilha do cristianismo triunfalista, um cristianismo que marcha para conquistar por sua própria força e poder”.
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Cuidado com igrejas triunfalistas, alerta observador da vida eclesiástica - Instituto Humanitas Unisinos - IHU