28 Junho 2022
Foi um fim de semana de sangue para a Igreja Católica no mundo, especialmente na África e na América Latina, as duas regiões do planeta onde há décadas mais agentes pastorais são mortos a cada ano.
A reportagem é publicada por Il Sismografo, 27-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini
Quando todos ainda estávamos abalados após o anúncio da trágica notícia da morte de dois clérigos jesuítas mexicanos, Javier Campos e Joaquín Mora, assassinados em 20 de junho por um homem armado enquanto tentavam proteger uma pessoa, um guia turístico, em uma igreja no estado de Chihuahua, no norte do país, soube-se sábado do assassinato da Irmã Luisa Dell'Orto, uma religiosa italiana há 20 anos no Haiti a serviço dos pobres (Pequenas Irmãs do Evangelho de Charles de Foucauld), vítima na sexta-feira de uma tentativa de assalto por parte de uma das inúmeras gangues armadas que operam no país caribenho. Ontem, depois do Angelus, o Papa Francisco, recordando a Irmã Luísa, a definiu como uma "mártir".
E ele teria dito o mesmo se tivesse sido prontamente notificado da morte do Pe. Vitus Borogo, sacerdote nigeriano do estado de Kaduna, diocesano, que foi impiedosamente eliminado no sábado por um grupo de terroristas islâmicos na fazenda de uma comunidade católica que o prelado administrava. O padre Borogo tinha 50 anos, era robusto e enérgico e por isso lutou com seus captores para não ser levado.
Finalmente, na noite de domingo, como se isso não bastasse, chegou a notícia de que o Pe. Christopher Odia, outro padre nigeriano de 41 anos do estado de Edo, sequestrado por homens armados pela manhã quando ia à sua igreja, foi levado à força e depois encontrado morto no mesmo dia, segundo informações oficiais da diocese de Auchi.
Luisa Dell'Orto (Foto: Catolicismo Romano) | Vitus Borogo (Foto: Vatican Media) | Christopher Odia (Foto: Vatican Media).
Dois países atormentados: Nigéria e Haiti. Três mártires: Irmã Luísa, Pe. Vitus e p. Christopher. Uma só fé.
Entretanto, diante do drama nigeriano, onde cristãos de diferentes confissões religiosas são perseguidos, agredidos e mortos, principalmente desde 2015, não parece haver uma mobilização visível e urgente como a situação exige.
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Três novos “mártires” da Igreja Católica no mundo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU