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O protagonismo socioambiental da Prelazia do Xingu

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11 Dezembro 2021

 

"Este grande ideal cristão de respeito e proteção à vida pode ser consubstanciado na luta travada pela Prelazia do Xingu, que se opôs à construção do projeto da Usina de Belo Monte, uma vez que ele prejudica o meio ambiente e subordina a vida aos parâmetros consumistas que colocam em perigo a existência da humanidade no planeta", escreve o Sandoval Rocha, SJ, colaborador do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental  - SARES, Manaus - AM.

 

Sandoval Alves Rocha, graduou-se em Filosofia na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG) no ano de 2002. Tem graduação em Teologia pela mesma faculdade (2007). Cursou Mestrado em Ciências Sociais na Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) em São Leopoldo (RS), concluindo em 2012. Doutorou-se na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 2019. Ativista pela defesa dos direitos humanos, com foco na luta pelo direito humano à água e ao saneamento básico. Tem interesse especial na luta pelo direito à água na Amazônica.

 

Eis o artigo. 

 

Silvio Marques Sousa Santos, padre jesuíta nascido em Imperatriz/MA, defendeu tese de doutoramento no Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (PPGCASA - UFAM), no último dia 03 de dezembro. Com o título “A Igreja Católica nos conflitos socioambientais na Amazônia: o Caso de Belo Monte, Pará”, a pesquisa lançou luzes sobre a atuação da Igreja Católica nas disputas socioambientais provocadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará. O orientador foi prof. Dr. Elimar Pinheiro do Nascimento e a coorientadora: prof. Dra. Terezinha de Jesus Pinto Fraxe.

Silvio mora em Manaus, integrando um grupo de jesuítas, que em parcerias variadas, atua em diferentes atividades: assistência paroquial (Área Missionária Santa Margarida de Cortona), acompanhamento espiritual (Casa de Retiro Vicente Cañas e Serviço Inaciano de Espiritualidade), educação infantil (Instituto Fé e Alegria), ação socioambiental (Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental), formação universitária (UNISINOS), promoção das juventudes (MAGIS), atuação solidária (Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados) e assessoria eclesial (Núcleo de Educação Intercultural Bilíngue Amazônica).

Perante uma banca formada por cinco avaliadores, o jesuíta expôs o trabalho acadêmico, que foi resultado de um estudo de quatro anos, baseado em entrevistas feitas com diversas personalidades envolvidas no projeto, pesquisas bibliográficas e documentais, além de investigação empírica local. Possuindo formação em filosofia e teologia, o padre Silvio Marques teve oportunidade de abordar também aspectos eclesiológicos, alinhando os resultados da pesquisa às principais vertentes do pensamento moderno e contemporâneo.

A Usina Hidrelétrica do Belo Monte está localizada nas proximidades de 11 municípios do Estado do Pará, distribuídos ao longo de um trecho da rodovia transamazônica: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu, com destaque para este último, onde se localiza a UHEBM. A cidade principal da região é Altamira, por sua população e atividades econômicas de comércio e serviços.

Na defesa, o pesquisador apresentou as contradições políticas e socioambientais do empreendimento, evidenciando os efeitos deletérios sobre o meio ambiente e na vida das populações afetadas. O estudo mostra que diante das implicações negativas da construção, a Prelazia do Xingu (atual Diocese do Xingu) se mobilizou contra a iniciativa, recorrendo à sociedade civil local e internacional. A tese destaca a oposição de várias organizações ambientais, tais como o Movimento Xingu Vive para Sempre, além de ressaltar a forte atuação de Dom Erwin Kräutler.

Chama atenção a percepção de que o mencionado projeto integra um antigo e abrangente plano de exploração hídrica na Amazônia materializado nas construções das hidrelétricas de Tucuruí, Balbina, Samuel, Santo Antônio e Jirau. Neste projeto também destacam-se as barragens de Curuá-Uma e Jatapú. Ficou comprovado que tais projetos foram arquitetados de maneira irresponsável, seguindo um modelo de desenvolvimento predatório e insustentável.

Este modelo de exploração também promoveu impactos altamente hostis que marcaram negativamente a história da região amazônica pelo seu potencial destrutivo: exploração da borracha, construção de estradas, mineração e industrialização. Visando beneficiar as elites locais, nacionais e o mercado internacional, todas estas iniciativas agrediram violentamente as populações, as culturas e as riquezas naturais, deixando marcas de morte e sofrimento no território.

Neste contexto, o pesquisador sugere a implementação de políticas públicas mais atentas às necessidades dos povos amazônicos, agregando procedimentos mais democráticos e sintonizados com a realidade local. A pesquisa mostra que a Prelazia do Xingu, ao levantar-se contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, adotou práticas democráticas seguindo o princípio da sinodalidade, que ganha cada vez mais apoio na Igreja Católica. É necessário não somente que a comunidade se manifeste, mas também que ela seja protagonista na gestão daquilo que lhe pertence.

A defesa da tese coincidiu com os festejos de Francisco Xavier (1506 – 1552), jesuíta espanhol canonizado em 1622, em simultâneo com Inácio de Loyola (1491 – 1556), fundador da Companhia de Jesus. Xavier é padroeiro universal das missões e levou o cristianismo para as terras do Oriente, chegando a morrer às portas da China. O cristianismo pregado por Francisco Xavier é mais do que um sistema doutrinal, mas constitui um estilo de vida que promove a dignidade humana e almeja que todos tenham vida em abundância.

Este grande ideal cristão de respeito e proteção à vida pode ser consubstanciado na luta travada pela Prelazia do Xingu, que se opôs à construção do projeto da Usina de Belo Monte, uma vez que ele prejudica o meio ambiente e subordina a vida aos parâmetros consumistas que colocam em perigo a existência da humanidade no planeta. Tais parâmetros baseados na geração infinita de lucros não respeitam os limites do ecossistema, comprometendo os ciclos ecológicos de manutenção da vida.

A tese defendida pelo jesuíta estimula outras prelazias e dioceses ao compromisso socioambiental necessário para que possamos encontrar formas mais sustentáveis de conviver com a natureza sem devastá-la. Mas, ao contrário, considera-la como aliada na nossa passagem pela Terra, sempre levando em consideração o bem-estar das gerações presentes e futuras. A natureza nos oferece múltiplas lições sobre a sustentabilidade, convidando-nos a adotar os princípios que dizem respeito à manutenção da vida: redes, parcerias, diversidade e equilíbrio dinâmico. Dessa forma, é possível reverter a trajetória de destruição e agressão socioambiental abraçando posturas mais favoráveis à vida humana e não humana.

 

 

 

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