Depois de uma espera de três dias, o corpo do pastor Huber Carlos Rodrigues, falecido na sexta-feira, 22 de outubro, vítima da Covid, finalmente foi enterrado, na segunda-feira, 25, no cemitério de Goiatuba, a 177 Km de Goiânia. A esposa do pastor, Ana Maria de Oliveira Rodrigues, impediu o sepultamento porque o marido deixou uma declaração, escrita em 2008, na qual dizia ter sido informado pelo Espírito Santo de que ressuscitaria três dias após sua morte.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

“Conforme me foi revelado pelo Espírito Santo de Deus, eu terei atendimento médico no qual será constatado a minha morte. Mesmo após confirmado o óbito, me revela o Espírito Santo que será expressamente proibido aos médicos ou qualquer outra pessoa, tocar no meu cérebro, no meu corpo físico... não podendo, portanto, passar por autópsia, cirurgias ou qualquer tipo de medicação e muito menos a preparação do corpo pela funerária”, expressou o pastor na declaração. 

Mais adiante, dizia que ficará morto por três dias, sendo que no terceiro dia ressuscitaria. “Meu corpo durante os três dias não terá mau cheiro e nem se decomporá, pois o próprio Deus terá preparado minha carne e meu cérebro para passar por essa experiência”. O documento não foi registrado em cartório, mas leva a assinatura de duas testemunhas, informou a repórter Laura Braga para o portal Metrópoles. 

Uma multidão aguardava junto à funerária a ressurreição do pastor, e chegou a exigir a abertura do caixão antes de descer à cova, mas não foi atendida. Equipe da TV local acompanhou o enterro, registrou o portal de O Povo. A funerária responsável pelo preparo do corpo esperou o prazo dado pelo religioso. 

O pastor disse no documento que escreveu em 2008 que, por meio de sua ressurreição, as pessoas passarão a ouvir a mensagem de Deus. “Eu não serei a luz, mas testificarei a luz, a luz verdadeira, que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas”. Huber e Ana Maria estava junto há 26 anos e não tiveram filhos.

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