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Ideológicos, filosóficos e “saudabilistas”: os grupos antivacina. Artigo de Massimo Recalcati

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02 Agosto 2021

 

É interessante observar como o povo e os intelectuais antivacina não têm uma única alma. A sua geografia, de fato, parece bastante irregular.

A opinião é de Massimo Recalcati, psicanalista italiano e professor das universidades de Pavia e de Verona, em artigo publicado por La Repubblica, 30-07-2021. A tradução é de Anne Ledur Machado.

 

Eis o texto.

 

A constante do raciocínio investe sobre o grande capítulo filosófico-político da liberdade. O Estado pode impor aos seus cidadãos restrições e obrigações que reduzam a sua liberdade de ação?

Embora essa seja a condição de toda democracia, já que a liberdade nunca é absoluta, mas sempre mitigada por leis compartilhadas, o povo e os intelectuais antivacina, justamente em nome da democracia violada, saem às ruas interpretando como um abuso insuportável a recente introdução do Green Pass e das outras medidas que tornam a vacina obrigatória em determinadas situações (veja-se o debate sobre a escola).

É interessante observar como o povo e os intelectuais antivacina não têm uma única alma. A sua geografia, de fato, parece bastante irregular.

Podemos, acima de tudo, distinguir os antivacinas ideológicos. Nesse caso, fanatismo antipolítico e fanatismo anticientífico se misturam em uma única pasta. No entanto, olhando bem, é sempre o fanatismo da antipolítica que arrasta consigo o fanatismo anticientífico.

No fundo, encontramos a suspeita invencível em relação ao sistema da representação democrática da política e das suas instituições. O axioma é claro: são os interesses mais turvos da política que guiam as imposições sanitárias.

Os antivacinas ideológicos são uma manifestação infantil da antipolítica de traços paranoicos. É a mais pura apologia ao populismo: o poder político e o científico querem sufocar a liberdade inviolável do povo.

Tornamo-nos cobaias de um experimento mundial das grandes indústrias farmacêuticas. Os extremismos se tocam: a mesma crítica ao sistema encontra vozes radicais tanto na direita quanto na esquerda.

Pasolini já apontava isso no seu “Salò”: a direita traz no seu coração mais profundo um impulso anárquico que rejeita radicalmente qualquer senso de limite.

Uma variante significativa dos antivacinas ideológicos é a dos antivacinas filosóficos. Aqui, a palavra-chave é biopoder. A nossa liberdade está sofrendo um atentado mortal. Em nome da defesa da saúde e da segurança, o biopoder invade a esfera privada impondo as suas leis disciplinares, transfigurando o estado de exceção em uma regra.

Há um fio condutor que une as leis especiais antiterrorismo pós-11 de setembro – o exercício do controle das vidas ocorre em nome da defesa dos cidadãos – com aquilo que está acontecendo agora com a ditadura sanitária. O estado de emergência desautoriza as instituições democráticas da sua essência, introduzindo uma virada totalitária de resultados inquietantes.

Também neste caso, intelectuais de esquerda e de direita se encontram refletidos no mesmo espelho. Isso não pode deixar de impressionar. Quando a filosofia persegue as suas teses gerais, esquecendo-se da análise do particular, ela tende sempre a gerar monstruosidades.

Não discriminar a emergência do terrorismo da emergência pandêmica – exercício que até uma criança saberia argumentar – revela como a convicção axiomática das teses gerais muitas vezes não sabe se defrontar com a prova imposta pela realidade: a vacinação não é uma expressão do biopoder, mas a resposta da comunidade dos homens e das mulheres à violência homicida do vírus.

No fundo dessa posição, encontramos uma concepção neolibertina da liberdade: aristocratismo, individualismo, complexo de superioridade, a ideia, consciente ou inconsciente, do povo como massa acéfala, rebanho, lugar de alienação do pensamento crítico.

Uma categoria antropologicamente diferente, enfim, é a dos antivacinas “saudabilistas”. A sua preocupação não se inspira nem na antipolítica nem nas estratégias ocultas do biopoder, mas em uma sincera preocupação com os efeitos, especialmente de longo prazo, das vacinas sobre os nossos corpos.

O fanatismo cede o lugar, aqui, para o medo. Essa parte dos antivacinas poderia ser alcançada por meio de uma informação simples e coerente que, infelizmente, muitas vezes falta. A ausência de posicionamentos ideológicos ainda possibilita o debate e a possibilidade de persuasão. Mas esta última tipologia de antivacinas também revela a figura mais elementar que provavelmente se aloja subjetivamente também nas outras duas.

Eu já escrevia antes do início da campanha de vacinação neste jornal: do ponto de vista estritamente psíquico, o medo de tomar a vacina é o mesmo de viajar de avião. A vigilância do Ego não quer recuar, não aceita perder o controle, confiar em outro saber. Porém, é o que acontece toda a vez que devemos nos submeter, por causa de uma doença, ao discurso médico e às suas leis.

No fundo, há uma estrênua defesa da inviolabilidade dos próprios limites pessoais, uma profunda angústia de contaminação. Trata-se de um prolongamento coletivo do narcisismo hipocondríaco individual: preservar as próprias fronteiras da vinda do estrangeiro. É uma conjugação particular do soberanismo psíquico.

 

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