30 Julho 2021
Todo mundo que tem algum contato com o tema sabia que este é um incêndio anunciado, que estava para acontecer.
Está em chamas a Cinemateca Nacional, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. Veja o vídeo aqui.
Se Bolsonaro não tinha provas das fraudes nas eleições de 2014, o blefe pelo voto impresso fica fragilizado.
Vamos esperar a encenação no cercadinho do Alvorada amanhã. Bolsonaro precisa arrumar outro assunto antes da volta da CPI na terça-feira.
O sujeito precisa também se dar conta de que agora é apenas candidato. Quem governa é Ciro Nogueira.
... de relatos y construccionismos ...
Este incêndio em um galpão da Cinemateca Brasileira, como outros, é prova do culturicídio em curso no país.
Fux queima o filme do STF. Faz um visita fajuta a Bolsonaro, de 20 m, pra marcar uma reunião de conciliação entre os poderes. O Genocida se concentra num hospital pra sair disparando em cima dos ministros, acusando-os pela matança da pandemia. Tenha compostura, Fux.
Tirou as palavras dos meus dedos
A Executiva Estadual do PSOL SP presta seu apoio e solidariedade à Revolução Periférica e aos companheiros Paulo Galo Lima, Danilo Oliveira “Biu” e à companheira Géssica Lima, tendo no dia de hoje sua detenção preventiva de forma arbitrária e ilegal, já que eles se apresentaram espontaneamente à polícia.
A ação direta realizada pelo grupo no sábado contra a estátua do bandeirante Borba Gato expressa a resistência histórica contra a opressão e exploração do nosso povo. A atuação dos movimentos negro, indígena e periférico contra o símbolo de um assassino e escravizador de negros e indígenas como herói regional, não é caso de polícia!
Pela liberdade imediata de Galo e Géssica!
Executiva Estadual 28/07/2021
Bom dia, mama chôla, cheia de compaixão e força!!!
BOM DIA LULA
Imposto sobre grandes fortunas não incide apenas sobre a forma monetária das fortunas mas sobre o patrimônio. O argumento que os ricos vão embora se tiver taxação sobre grandes fortunas não para em pé. Um milionário pode evadir divisas para as Bahamas. Mas suas fazendas, suas ações na bolsa, suas empresas, suas industrias, não são passíveis de evasão.
Sim, é fato que um imposto sobre grandes fortunas de recorrência anual ou é de alíquota muito baixa ou vai estimular formas muito criativas de sonegação. Por isso prefiro imposto progressivo com alíquotas de até 50% na herança.
Mas tributar a aberrante concentração patrimonial no Brasil é um imperativo.
"Creio no sol, mesmo quando não brilha.
Creio no amor, mesmo quando não o sinto.
Creio em Deus, mesmo quando se cala."
(Prece extraída do livro "As orações da humanidade", página 130, orgs. Faustino Teixeira e Volney J. Berkenbrock)
"Temos que proteger nossas mentes e nossos corpos, e não apenas sair e fazer o que o mundo quer que façamos."
Simone Billes
Deu Rebeca Andrade na cabeça. Voar é com a Favela. Aguardemos os outros voos.
"Enquanto descansa um pouquinho da discussão sobre o Borba Gato, a esquerda bem que podia pressionar de forma eficiente o Aras e o Lira pra eles fazerem o que tem de ser feito, né?"
(Helenice Rocha)
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Assino embaixo. Mas vou voltar ao tema da estátua para fazer um paralelo. E porque participei de um debate a respeito, ontem, onde eram esperadas frases lacradoras, apoio incondicional ao fogo midiático — como se iniciativas supostamente revolucionárias não pudessem ser contraproducentes. Um debate-torcida.
E volto pelo seguinte: Lira e, principalmente, Aras, não ganham os holofotes da esquerda vingadora. É mais fácil aderir ao espírito do "bandeirante bom é bandeirante morto", sem contrapontos, como se tivéssemos ganhado de 7 a 1 da plutocracia brasileira ou do capital. Não ganhamos. Muito pelo contrário.
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Já escrevi aqui sobre o incêndio da estátua, tão espetacular quanto inoportuno. Vejo estratégia suicida e voluntarismo, precipitação e personalismo. Algumas reações raivosas mostram que parte dessa esquerda não está preparada para um debate sério. (Tenho medo dela no poder. Seria um desastre.)
Se Aras e Lira não ganham o espaço que merecem, precisamos discutir o agendamento. Um tema central no jornalismo e na política, nem sempre percebido como tal. A sociedade discute o que determinados atores políticos agendam. Somos muito mais joguetes do que gostaríamos.
O ato em Santo Amaro nasceu midiático, sob o signo do fogo. Conseguiu, ao mesmo tempo, promover um personagem lateral e infame da história das bandeiras (Borba Gato) e consolidar o esvaziamento dos atos na Avenida Paulista. Mas há quem diga que devemos apoiá-lo incondicionalmente.
Nem sempre se percebe que não se agenda tudo ao mesmo tempo agora. E o poder político e econômico joga muito bem com isso. Aras está sendo preservado. Voltará à PGR, talvez vire ministro do STF, e isso será uma derrota estrutural para os brasileiros. Indígenas e negros incluídos. Mas não se tornará um símbolo.
Ninguém fará um pixuleco do Aras. Não se ateará fogo a uma faixa com Lira. Faremos ação direta contra vidraças e nos sentiremos saciados, como se ali estivesse o estopim para a derrubada de Bolsonaro e do capital. Enquanto, no mundo real, a boiada continuará passando — com os bandeirantes contemporâneos.
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E não que somente bandeirantes participassem do expansionismo genocida. Ontem fui interrompido enquanto falava da Guerra dos Emboabas. Não pude completar nem a fala nem o raciocínio. Ia dizer que o rival de Borba Gato atacava indígenas e quilombos e afogava as pessoas vivas. Nunca foram só os paulistas.
(E as bandeiras eram financiadas por fazendeiros. E pela Coroa. A gente investirá contra os jagunços dos séculos 17 e 18 se esquecendo, como quase sempre se esquece, dos financiadores. Do movimento geral. Das motivações econômicas. Como se os massacres fossem obra de Pessoas Ruins, e não de um sistema.)
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Mas falemos de um Governo Borba Gato, então. De uma PGR Raposo Tavares. (Esse, sim, símbolo do extermínio de indígenas.) De uma Câmara Fernão Dias Paes, repleta de Fernões, Raposos e Borbas. De uma República Anhanguera — Anhanguera era o nome de outro bandeirante, Bartolomeu Bueno da Silva.
A investida contra indígenas e quilombolas está ocorrendo neste momento, agora, com a assinatura direta do Centrão de Lira e da Advocacia-Geral de Aras, disfarçada em Procuradoria-Geral da República. A República foi tomada por capitães-do-mato. A Funai, o Incra, a Fundação Palmares, o MEC, o Ibama.
Mas o fantástico mundo da lacração nos convida a derrubar estátuas como se essa fosse nossa emergência. Já fui chamado de bandeirante por uma jovem (desamiguei, desalentado) e, no debate de ontem, atacado (com distorções, com populismo, com tudo) como se fosse um defensor de jagunços.
Eu tento emplacar diariamente assuntos varridos para debaixo do tapete. Fico triste quando mais um assassinato de camponês ou um despejo de quilombolas ou uma lei que retira (para as próximas décadas) direitos elementares de indígenas são ignorados. Tenho minha casa vigiada. (Sim.) E ainda tenho de ouvir essas merdas.
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A PGR Raposo Tavares e a Câmara Fernão Dias Paes passam ou legitimam a boiada porque faz parte do jogo do poder multiplicar os temas agendados, de forma a desnortear a opinião pública. Preservando quem precisa ser preservado: Paulo Guedes, o mercado, o capital. E cada político que jogue esse jogo.
Desnorteada, a opinião pública age (reage) a partir dessas agendas. Ou promove movimentos específicos, tão bem intencionados quanto cíclicos: da esquerda Guarani Kaiowá à esquerda Borba Gato. O mundo está derrubando estátuas? Vamos lá. Seremos vingados. Mesmo que isso não faça cosquinhas no capital.
Enquanto isso, as mortes. As mortes no século 21, a fome em 2021, o aumento da miséria e desigualdade, do golpe de 2016 ao projeto mórbido em curso. Mortes também de projetos, de estruturas duramente erigidas desde a redemocratização. Com ecocídio, livrocídio, um projeto coeso de emburrecimento geral.
Com implosões muito mais eficientes do que a implosão incompleta da estátua em São Paulo. O monumento do Brecheret aos Bandeirantes (o símbolo de fato, afinal) continuará lá, intacto. As escolas não mais ensinarão o que foi tudo aquilo, de forma crítica. E os patos cegos poderão caminhar novamente na Paulista.
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Até regredirmos ao balbucio do último dos bolsonaristas, até uma espécie de grito primal de esquerda. Supostamente heroico, mas derrotado. Já que não percebemos o quanto estamos importando não somente agendas do poder, mas procedimentos, métodos. Como se incorporássemos o gesto das arminhas, a lógica do ódio.
Ninguém nos salvará desse fogo surdo — pedindo licença para a enésima citação do Cortázar. Atacaremos o medalhista bolsonarista ou empalaremos o DJ Ivis (nós que nos datenizamos tanto) sem citarmos o nome de um único banqueiro, até que nossa elite-Aras e nosso capital-Lira consigam torrar completamente o planeta.
LIBERTEM GALO, GÉSSICA E BIU!
Pelo direito de auto organização política, incluindo derrubada e ressignificação de estátuas e narrativas que enaltecem os nossos algozes. Por uma esquerda qualificada, diversa, democrática e que não seja o dupla bolsonarista.
Fora Borbas Gato!
Occidente cristiano
Che ci piaccia o no il cristianesimo ha a che fare con l’Europa. Pensiamo, come esempio, al nostro calendario gregoriano. Ma, lasciamo decidere ai numerosi dibattitori laici, integristi, fedeli cattolici, fedeli molto piú cattolici degli altri e nuova destra populista, se si tratta delle radici cristiane dell’Europa oppure della sovrapposizione cristiana alle sue radici politeiste, e, ancora, se assistiamo all’indebita e opportunista appropriazione della tradizione cristiana, a risorgenti fondamentalismi oppure a mai dimenticati sospetti di integrismi. Che lo vogliamo o no il cristianesimo, in tutte le sue versioni, non solo appartiene all’Europa, ma ne ha costituito, per molto tempo – e in una forma sfumata anche oggi – il fondamento identitario eurocentrico.
È la conquista del Nuovo Mondo che, con indiscutibile chiarezza, ci rivela, attraverso i genocidi coloniali cattolici e protestanti, il mito inventato dagli europei di una universalità che nasce dalla Scrittura, si alimenta dell’Essere greco e del diritto romano, per confermarsi con l’imposizione della razionalità illuminista. Incontriamo nella filosofia tedesca gli ideologi di ogni suprematismo: Kant, Hegel e, piú recentemente Husserl, sono gli artefici del mito eurocentrico, che non riesce ad occultare il suo costitutivo razzismo e la sua indiscutibile superiorità, che giudica severamente il passato e il presente dei ritardi e sottosviluppi di quel resto del mondo, che l’Europa stessa ha creato con la “razionalità’ capitalista. Preconcetti che, indirettamente, ispireranno il delirio tutto occidentale ed eurocentrico dell’antisemitismo e anti-orientalismo nazista. E che forse aiutano a capire la difficoltà occidentale nei rapporti con i musulmani.
Insomma, il cristianesimo è costitutivamente legato alla storia e al destino della civilizzazione occidentale. Nonostante le tensioni e le dialettiche che hanno caratterizzato le varie stagioni di questa storia, si tratta di un’unica storia e, oggi, di una unica crisi. Una delle chiavi che ci aprono alla comprensione di questa strana e spesso conflittuale simbiosi, è la ricerca di libertà e garanzie istituzionali, che ha irretito soprattutto – ma non solo - la Chiesa Cattolica nella logica dei poteri politici nazionali, spesso privilegiando sistemi conservatori, come nei recenti casi esemplari di Spagna e Portogallo. Da notarsi che questa strategia è ancora presente nel nostro tempo, l´altro ieri con l’Ostpolitik del cardinal Casaroli, ma anche oggi con i discutibili dialoghi tra Vaticano e governo cinese.
Ma c’è dell’altro e credo che sia un’ipotesi che, svelando un’opzione iniziale, ci aiuta a capire le diverse stagioni dell’alleanza e della dialettica trono-altare: si tratta soprattutto della conversione, nei primi secoli dell’era cristiana, di un movimento religioso orientale e semita alla filosofia greca e all’antropologia indoeuropea. È questa operazione sincretica che, certamente, ha creato un terreno ideologico comune tra Chiesa e Occidente. Così, incontriamo il dualismo metafisico della filosofia greca sia nella teologia cristiana, e ben prima dei deliri neoscolastici, sia nei fondamenti della scienza e della tecnica, ancora pilotate dall’analitica aristotelica.
Oggi l’Occidente eurocentrico si trova immerso negli esiti fallimentari della civilizzazione che presuntuosamente ha creato. Tutto crolla, a cominciare dal pianeta Terra, ferito a morte dalla “razionalità” capitalista. E anche le istituzioni cristiane sono travolte da questa crisi, un terremoto antropologico, che mette in discussione radicale il nascere, il generare, il morire, la libertà; insomma: spiritualità, confessioni e religioni; gerarchie e obbedienze; valori sociali e tradizioni politiche; la concezione del tempo e il senso della storia.
Che fare? Credo che sia ancora possibile salvarsi dall’Occidente. Ritorno alla Parola de Gesù di Nazareth, che è da sempre orientale e semitica, ma in opposizione radicale al Tempio, oltre che all’Impero: “ma Gesù, chiamatili a sé, disse: I capi delle nazioni, voi lo sapete, dominano su di esse e i grandi esercitano su di esse il potere. Non così dovrà essere tra voi; ma colui che vorrà diventare grande tra voi, si farà vostro servo, e colui che vorrà essere il primo tra voi, si farà vostro schiavo; appunto come il Figlio dell'uomo, che non è venuto per essere servito, ma per servire e dare la sua vita in riscatto per molti”. (Mt 20, 25-28)
“Sembra proprio che la rivoluzione sia impossibile” – avrebbe detto Pierre Clastres – “ma vivo ogni giorno per renderla possibile”. È il sogno sovversivo della prima Chiesa, quella dei martiri. Ed è il sogno sovversivo della seconda Chiesa ribelle contro lo status quo, quella degli abba e delle amma del deserto.
Agosto 2021
Ocidente cristão
Quer gostemos ou não, o cristianismo tem a ver com a Europa. Pensemos, como exemplo, no nosso calendário gregoriano. Mas, deixemos os inúmeros debates leigos, integristas, fiéis católicos, fiéis muito mais católicos do que os outros e nova direita populista, se se trata das raízes cristãs da Europa ou da sobreposição cristã às suas raízes politeístas e, ainda assim, se assistimos à indevida e oportunista apropriação da tradição cristã, a ressurgentes fundamentalismos ou nunca esquecidos suspeitos de integrismos. Quer queiramos ou não o cristianismo, em todas as suas versões, não só pertence à Europa, mas também constituiu, durante muito tempo - e de forma matizada hoje - a base eurocêntrica identitária.
É a conquista do Novo Mundo que, com indiscutível clareza, nos revela, através dos genocidas coloniais católicos e protestantes, o mito inventado pelos europeus de uma universalidade que nasce da Escritura, alimenta-se do Ser Grego e do Direito Romano, para se confirmar com o Imposição da racionalidade iluminista. Encontramo-nos na filosofia alemã os ideólogos de cada suprematismo: Kant, Hegel e, mais recentemente, Husserl, são os artefactos do mito eurocêntrico, que não consegue ocultar seu racismo e sua inquestionável superioridade, que julga severamente o passado e o presente dos Atrasos e subdesenvolvimento daquele resto do mundo, que a própria Europa criou com a "racionalidade"capitalista. Pré-conceitos que, indiretamente, inspirarão o delírio todo ocidental e eurocêntrico do anti-semitismo e anti-orientalismo nazi. E que talvez ajude a entender a dificuldade ocidental nas relações com os muçulmanos.
O cristianismo está constitutivamente ligado à história e ao destino da civilização ocidental. Apesar das tensões e dialéticas que caracterizaram as diferentes estações desta história, trata-se de uma história e, hoje, de uma crise. Uma das chaves que nos abrem para a compreensão desta estranha e frequentemente conflituosa simbiose é a busca por liberdade e garantias institucionais, que tem irregitado sobretudo - mas não só - a Igreja Católica na lógica dos poderes políticos nacionais, muitas vezes privilegiando sistemas conservadores, como Nos recentes casos exemplares de Espanha e Portugal. Note-se que essa estratégia ainda está presente no nosso tempo, anteontem com o Ostpolitik do Cardeal Casaroli, mas também hoje com os diálogos questionáveis entre o Vaticano e o Governo Chinês.
Mas há mais e eu acredito que é uma hipótese que, desvendando uma opção inicial, nos ajuda a entender as diferentes estações da aliança e da dialética trono-altar: trata-se sobretudo da conversão, nos primeiros séculos da era cristã, de um movimento Religioso oriental e semita à filosofia grega e à antropologia indo-europeia. É essa operação sincrética que certamente criou um solo ideológico comum entre Igreja e Ocidente. Assim, conhecemos o dualismo metafísico da filosofia grega tanto na teologia cristã, e bem antes dos delírios neescolar, como nos fundamentos da ciência e da técnica, ainda pilotados pela analítica aristotélica.
Hoje, o Ocidente Eurocêntrico encontra-se imerso nos resultados falhos da civilização que supostamente criou. Tudo cai, começando pelo planeta Terra, ferido até a morte pela ′′ racionalidade ′′ capitalista. E também as instituições cristãs estão atropeladas por esta crise, um terremoto antropológico, que põe em causa o nascer, o gerar, o morrer, a liberdade; em suma: espiritualidade, confissões e religiões; hierarquias e obediências; valores sociais e tradições políticas; a concepção do tempo e o sentido da história.
O que fazer? Eu acho que ainda é possível salvar o Ocidente. De volta à Palavra de Jesus de Nazaré, que é desde sempre oriental e semítica, mas em oposição radical ao Templo, além do Império: ′′ mas Jesus, chame-os a si, disse: Os líderes das nações, vocês sabem, dominam sobre Elas e os grandes exercem sobre elas o poder. Não assim deverá ser entre vós; mas aquele que quiser se tornar grande entre vós, fará seu servo, e aquele que quiser ser o primeiro entre vós, será seu escravo; justamente como o Filho do homem, que não veio para ser servido , mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos ". (Mt 20, 25-28)
"Parece que a revolução é impossível" - diria Pierre Clastres - "mas vivo todos os dias para torná-la possível". É o sonho subversivo da primeira Igreja, a dos mártires. E é o sonho subversivo da segunda Igreja Rebelde contra o status quo, a dos aba e das matas do deserto.
Agosto 2021
Blog: Sociologia & Análise
O Decênio Crucial, Luiz Marques (UNICAMP)
“O que fizermos nos próximos dez anos determinará o futuro da humanidade nos próximos 10 mil anos”. Com essa frase, Sir David King, Professor Emérito da Universidade de Cambridge, exprime um amplo consenso científico. O próximo decênio será, de fato, o mais crucial da história da humanidade. Aprofundamento da democracia socioambiental, diminuição da desigualdade econômica e das expectativas de consumo dos 20% mais ricos da humanidade, restauração das florestas e da biodiversidade, mudança do sistema alimentar, minimização do carnivorismo, redução da poluição e, acima de tudo, transição em regime de máxima urgência para um sistema energético de baixo carbono: de avanços imediatos em todas essas frentes dependem nossas chances de sobrevivência como sociedade organizada no segundo quarto deste século. Uma ampla tomada de consciência pela sociedade de sua situação-limite é o primeiro e decisivo passo para a inadiável redefinição da agenda política brasileira, no contexto da governança global.
via Graça Motta
via Cesar Benjamin
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