Brasil na lona. Bebê yanomami morre de desnutrição, insegurança alimentar atinge 120 milhões, 500 mil mortos pela Covid – Frases do dia

Mais Lidos

  • “Não existe no país uma reivindicação de demarcação da praia de Copacabana, quanto menos de todo território nacional”, explica jurista

    LER MAIS
  • Papa Francisco revela aos reitores latino-americanos o título da “segunda parte” da Laudato Si’: Laudate Deum

    LER MAIS
  • Que padre, para que Igreja. Artigo de Francesco Cosentino

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

24 Mai 2021


Bebê yanomami morre de desnutrição

Um bebê yanomami de cerca de um ano e peso de três quilos morreu na última sexta-feira (21) com quadro de desnutrição. A informação é do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuanna (Condisi-YY), que está cobrando do Ministério da Saúde esclarecimentos sobre um suposto atraso na remoção aérea da aldeia para Boa Vista (RR). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o peso médio para um bebê do sexo masculino é de 9,6 kg. Além do diagnóstico de desnutrição, a criança também apresentava olhos fundos e choro sem lágrimas” – Fabiano Maisonnave, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

120 milhões afetados pela insegurança alimentar

“No Brasil, 20 milhões passam fome, mas a insegurança alimentar afeta quase 120 milhões. Tem um Brasil que come de forma sustentável, regular, outro que come de forma irregular” - Edu Lyra, fundador da organização não governamental Gerando Falcões – Zero Hora, 24-05-2021.

 

Os pobres doam mais do que os ricos

“O Brasil não é uma nação desenvolvida em muitos sentidos, e um deles é o da filantropia. No Brasil, os mais pobres doam mais do que os ricos, em proporção da renda. E é um país que não doa a longo prazo. Esse é o grande problema. É preciso criar assinaturas sociais, como Netflix, Amazon. Ter uma assinatura de confiança para entregar contribuição social. O que se entrega para capacitar jovens gera muita renda e ajuda a tornar o país mais potente economicamente. O brasileiro precisa fazer uma assinatura de longo prazo com o país, senão ficaremos sempre na atuação emergencial, sempre reagindo a urgências” - Edu Lyra, fundador da organização não governamental Gerando Falcões – Zero Hora, 24-05-2021.

 

A desigualdade não nasce sozinha

“As pessoas se deram conta de que vivemos em um país amplamente desigual. Não dá mais para fechar vidro do carro com insufilme para não ver. A conta chegou, e vai chegar ainda mais. Repetindo o que fizemos até agora, corremos o risco de inviabilizar o planeta, social e ambientalmente. Elon Musk quer colonizar Marte, mas não quero viver esperando que ele me dê uma cota. O problema da Amazônia, quem vai resolver são os americanos. Quero resolver o problema de desigualdade com os brasileiros. Não podemos delegar nossos problemas para o Biden. Fomos nós que criamos. A desigualdade não nasce sozinha. Tem de desligar essa máquina e construir outra que permita a emancipação social das famílias. E não é só uma decisão moral e ética que todos temos de tomar. Se não decidirmos e não resolvermos, a conta vai ser paga nas próximas gerações. Estamos criando filhos que vão receber uma carga muito pesada” - Edu Lyra, fundador da organização não governamental Gerando Falcões – Zero Hora, 24-05-2021.

 

Não existem empresas vitoriosas num país fracassado

“Segundo a OCDE, quem nasce pobre no Brasil levaria até nove gerações para conseguir chegar a uma vida desenvolvida. É tempo demais para esperar. O plano é fazer essa travessia social em tempo menor, e não baseada em exceções, como a minha história. Tive um pai bandido, que visitava na cadeia. Mas o Brasil não pode viver de exceções. Precisamos construir um ambiente adequado. Temos a responsabilidade de construir oportunidades. Não existem empresas vitoriosas em um país fracassado” - Edu Lyra, fundador da organização não governamental Gerando Falcões – Zero Hora, 24-05-2021.

 

24 milhões na extrema pobreza

“No primeiro trimestre de 2021, os miseráveis (renda mensal inferior a R$ 246/mês) somavam 16% da população, ou 35 milhões de pessoas. Em 2019, antes da pandemia, eram 24 milhões na pobreza extrema, ou 11% do total. Segundo o Datafolha, entre os mais pobres, com até o ensino fundamental, 40% dizem estar faltando comida em casa.Desde agosto do ano passado, segundo a FGV Social, quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C (renda domiciliar entre R$ 1.926 a R$ 8.303). A maioria (24,4 milhões) desceu à classe E (renda até R$ 1.205) ou direto à miséria” – Fernando Canzian, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Dieta deficiente é a mãe da doença

"Quem quer que tenha sido o pai de uma doença, a mãe foi uma dieta deficiente" - Ribas Filho, médico, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em referência a um lema da nutrologia – BBC Brasil, 23-05-2021.

 

Aumento da fome

“A fome, que crescia no Brasil na última década, acabou se agravando na pandemia. Em 2020, 19 milhões de pessoas viviam em situação de fome no país, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil. Em 2018, eram 10,3 milhões. Ou seja, em dois anos houve um aumento de 27,6% (ou quase 9 milhões de pessoas a mais)” – BBC Brasil, 23-05-2021.

 

Mulheres obesas em favelas

"O problema é que muitas vezes se confunde, e se oferece uma grande quantidade de energia para aquela pessoa achando que está desnutrida e magra. Mas se você for observar em favelas, nas classes mais pobres, no Brasil e em outros países, a grande maioria são mulheres obesas. E elas estão desnutridas. Mas porque têm uma ingestão altíssima de calorias, de macronutrientes, principalmente carboidratos, que são baratos, e gorduras" - Ribas Filho, médico, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em referência a um lema da nutrologia – BBC Brasil, 23-05-2021.

 

A pandemia e o presidente numa possante motocicleta

“Com 440 mil mortos na pandemia e a vacinação em ritmo lento, o que os brasileiros mais esperam do seu presidente é que ele saia por aí a passeio, montado em uma possante motocicleta. Aparentemente, é esse o pensamento de Jair Bolsonaro, que hoje circula no Rio à frente de extenso cortejo em duas rodas” – Chico Alves, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Inversão de prioridades 1

“Afinal, o que é uma pandemia perto da campanha antecipada à reeleição? Isso, sim, é prioridade” – Chico Alves, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Inversão de prioridades 2

“Pouco importa para ele se no encontro do G20 foi anunciada doação de 30 milhões de doses de vacinas ao consórcio Covax, que o Brasil poderá deixar de receber por conta da omissão do presidente. O foco é na pré-pré-candidatura, 2022 é logo ali”  – Chico Alves, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Paciente instável e o colapso hospitalar

“A repetição do colapso hospitalar é tão previsível quanto batimentos cardíacos, nesse paciente intratável chamado Brasil. A analogia para por aqui, porque sístoles e diástoles se sucedem em frações de segundos, ao passo que altos e baixos de casos e óbitos na epidemia avançam com defasagem de três a quatro semanas” – Marcelo Leite, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Lockdown

“Lockdown” virou palavra maldita, pecado mortal, graças aos esforços genocidas de Jair Bolsonaro. Seus adversários políticos fogem da providência como a cruz que se aparta do demônio. Nunca fizemos nada parecido com o trancamento geral. Após tanta negligência com providenciar vacinas, testes em massa e rastreamento com separação de infectados seriam a única medida capaz de derrubar as curvas funéreas de maneira sustentável” – Marcelo Leite, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Meio milhão de mortos

“Fique aqui a previsão, coisa mais arriscada para um jornalista fazer: em poucas semanas chegará uma terceira e mortífera onda. O Brasil alcançará a cifra chocante de meio milhão de mortos em meados de junho, ou logo depois. É para anotar e cobrar a coluna quando chegar a hora. Nada dará mais satisfação do que errar, nesse caso. Aos que acreditam em Deus, contudo, recomenda-se muita oração. Dos humanos, com ou sem poder de decisão, já não cabe esperar quase nada”  – Marcelo Leite, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Estado rateado entre amigos e parentes

“Sob o governo Bolsonaro, o processo de privatização do Estado foi acelerado, mas não para aperfeiçoá-lo, e sim para rateá-lo entre os amigos e parentes” – editorial “Reestatizar o Estado”O Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Hora difícil e grave

“Creio que o Brasil vive uma hora difícil e grave. Nós teremos um bom teste para as instituições democráticas nos próximos meses e nos próximos tempos. Eu confio que as instituições terão resiliência, capacidade de resistência, para que elas se mantenham acima desses arroubos da conjuntura, para mostrar que a estrutura das instituições, embora oscile na conjuntura, ela se mantém” – Edson Fachin, ministro do Superior Tribunal Federal – STF – Portal Uol, 24-05-2021.

 

Questão militar

“Ao converter Eduardo Pazuello em adereço do comício antissanitário que realizou no Rio de Janeiro, Bolsonaro deixou o comando do Exército numa farda justa. General da ativa, Pazuello está submetido ao Estatuto dos Militares e ao Regulamento Disciplinar do Exército, que vedam o envolvimento de fardados da ativa com questões político-partidárias e a participação em manifestações políticas. Recém-acomodado no posto de comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira está diante de um dilema: ou pune Pazuello, arriscando-se a ser desautorizado por Bolsonaro, ou desmoraliza a instituição que jurou defender. Não há uma terceira opção” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 24-05-2021.

 

Teatro político

“Segundo o ex-ministro Pazzuello, as declarações de Bolsonaro contra a Coronavac foram “coisa de internet”, um teatro político motivado pela rivalidade entre Bolsonaro e João Doria. Pazuello argumenta que as coisas de internet de Bolsonaro não influenciaram políticas públicas. É mentira. A questão é simples: Pazuello ou os outros ministros de Bolsonaro podiam desobedecer às coisas de internet que Bolsonaro dizia? É evidente que não” – Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia – Folha de S. Paulo, 24-05-2021.

 

FHC e Lula

“A fotografia dos ex-presidentes Fernando Henrique e Lula, ambos de máscara e dando um "aperto de mãos" como manda o protocolo da pandemia, é cheia de significados e mexe com todas as peças no tabuleiro de 2022. Esse encontro é como um ajuste de placas tectônicas que, até bem pouco tempo, estavam em choque e, ao que parece, encontraram algum ponto de acomodação” – Cristina Serra, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-05-2021.

 

O país está na lona

“O país está na lona, a caminho de uma terceira onda da pandemia, com morte, doença, fome, desemprego, desespero e exaustão. Milícias se fortalecem, tratoraços, boiadas e chacinas nos assombram" – Cristina Serra, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-05-2021.

 

Algo ainda é possível salvar

“O gesto dos ex-presidentes mostra que ainda é possível salvar alguma coisa dos escombros e derrotar a extrema direita violenta encarnada no bolsonarismo. Alguém haverá de lembrar do papel decisivo do PSDB no golpe de 2016. Sim, lá estavam os tucanos votando a favor do impeachment de Dilma Rousseff, ao lado daquele que votou em homenagem a um torturador. O que o PSDB colheu desde então ? O Bolsodoria de 2018 e um partido esfacelado, cortejando a irrelevância” – Cristina Serra, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-05-2021.

 

Pacto civilizatório

“Os sinais de um pacto de não agressão entre os dois ex-presidentes serão determinantes para reconduzir o Brasil de volta ao pacto civilizatório” – Cristina Serra, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-05-2021.

 

A diversidade das flores no jardim de Deus

“Tem uma frase atribuída a Francisco de Assis que é muito bonitinha: 'A beleza do jardim de Deus está na diversidade das flores'. A espiritualidade seria o jardim e cada flor seria uma tradição religiosa” – André Trigueiro, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Bichinho na floresta

“O meio ambiente não é sinônimo de bichinho na floresta. O meio ambiente está entre a gente e quando falamos dele falamos da nossa própria espécie e das relações que estabelecemos um com outro e com o que nos cerca. Da nossa casa planetária e do que a gente não enxerga nela, como o mundo microscópico e espiritual. Por isso, não imagino que haja uma ciência sem olhar ambiental” – André Trigueiro, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

O absurdo de uma política antiambiental

“A questão não é o desmatamento ou queimada. Isso já acontece há algum tempo no Brasil. A novidade no Brasil é uma política antiambiental. Essa é uma novidade muito dolorosa. Isso é muito triste e muito instigante. Do ponto de vista jornalístico, é preciso anunciar o absurdo de uma política antiambiental” – André Trigueiro, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Valor civilizatório

“A sustentabilidade é um valor civilizatório. A sustentabilidade é uma estratégia para elaborar projetos de qualquer tamanho e em qualquer lugar que evite acelerar a destruição e devastação do planeta. Grosso modo, é promover uma cultura, um estilo de vida que sejam compatíveis com a capacidade do planeta. Mentira tem perna curta. Quem se apropria do termo e não o faz na prática hora ou outra será desmascarado” – André Trigueiro, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Crime

“O Brasil hoje testemunha um desmonte de políticas de Estado que atravessaram os últimos 30 anos e diferentes governos e criou uma política deliberadamente para desmontar e causar um atraso monumental, na gestão pública e na área do meio ambiente. É algo, aliás, criminoso de acordo com artigo 225 da Constituição, que deixa claro que é obrigação do governante proteger o meio ambiente. Se você sabota políticas públicas de Estado, afrouxa legislação, amarra o trabalho dos fiscais, deixa de cobrar multas e dá poder para crimes ambientais como garimpo ilegal e madereiras clandestinas, você dá um sinal péssimo de desrespeito às leis” – André Trigueiro, jornalista – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Espaços brancos

“Nós temos aí grande parte da elite brasileira se formando em espaços quase totalmente brancos, que são essas escolas de alto desempenho” - Luiz Augusto Campos, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj e coordenador da pesquisa no Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa – Gemaa - da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) com base no Censo Escolar de 2020 – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Escolas brancas

“Escolas de países que consideramos mais racistas do que o Brasil, como Estados Unidos e África do Sul, são muito menos brancas que as escolas privadas daqui. A segregação nesses dois países é proibida, mas, no Brasil, corre solta, mesmo que a gente não tenha lei que mande segregar” - Luiz Augusto Campos, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj e coordenador da pesquisa no Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa – Gemaa - da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) com base no Censo Escolar de 2020 – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Brancos são maioria

"Apesar das cotas raciais nas universidades, brancos ainda são maioria, sobretudo em cursos mais concorridos" - Luiz Augusto Campos, professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj e coordenador da pesquisa no Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa – Gemaa - da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) com base no Censo Escolar de 2020 – Portal Uol, 23-05-2021.

 

Quadrilhas no círculo de Bolsonaro. Todas criminosas

“Em paralelo ao que houve, e não terminou, na Saúde e morte de quase 450 mil pessoas, está comprovada a ação de (outra) quadrilha no governo e no círculo de Bolsonaro. Da derrubada à entrega da madeira amazônica no exterior ou aqui mesmo, o número de operações combinadas é bem grande. Todas criminosas. Não pode ser coisa de poucos e amadores. A maior apreensão de madeira ilegal, que custou ao delegado Alexandre Saraiva sua transferência na Polícia Federal, e a denúncia americana de madeira contrabandeada e apreendida nos Estados Unidos puseram, enfim, algemas por ora morais nos pulsos do ministro (sic) Ricardo Salles” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Nada surpreendente

“Relações várias, próximas e financeiras com milícias. Apropriação de dinheiro público por extorsão dos vencimentos de funcionários reais e fantasmas. Controle da Abin e da Polícia Federal com direções subservientes. Entrega do Meio Ambiente a um condenado por improbidade quando secretário do Meio Ambiente de Geraldo Alckmin. O desmantelamento anunciado e realizado. Ah, sim, e milhares de militares da ativa e da reserva do Exército compondo um exército de guarda-costas políticos e judiciais, em proteção ao grande assalto. O que poderia sair desse conjunto não é mais nem menos do que saiu” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Fracasso moral

“Em dezembro do ano passado, uma britânica então com 90 anos fez história ao receber a dose que inaugurou a vacinação contra a Covid-19 no mundo. Seis meses depois, mais de 1,6 bilhão de doses foram aplicadas. A maioria delas, porém, em braços de habitantes de países ricos. Com 15% da população mundial, esses países concentram quase metade das vacinas disponíveis. Enquanto um terço de seus habitantes recebeu ao menos uma dose, nas nações pobres a proporção é de apenas 0,2%” - Flávia Mantovani Gustavo Queirolo, jornalistas – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Apartheid das vacinas 1

“Os Estados Unidos, por exemplo, têm quantidade suficiente para vacinar três vezes sua população e o Canadá comprou 10 doses por habitante. Enquanto isso, países como Guatemala, Honduras e Mali não imunizaram nem 1% de seus moradores, e seis países africanos nem começaram suas campanhas” - Flávia Mantovani Gustavo Queirolo, jornalistas – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Apartheid das vacinas 1

"Tem comida suficiente para todo mundo, mas continua havendo fome. Da mesma forma, em breve teremos vacinas suficientes para imunizar o mundo inteiro, mas não significa que vão ser bem distribuídas” - Daniel Dourado, médico e advogado sanitarista, pesquisador da USP e da Universidade de Paris – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Quebra de patentes e transferência de tecnologia

"Precisamos de uma combinação de ações. A doação é o que vai resolver agora, mas a quebra de patentes e a transferência de tecnologia também são fundamentais. O Brasil é um dos poucos países com um parque de produção de vacinas e tinha condições de ter investido mais. Teríamos que ter sido mais estratégicos nos primeiros momentos [da pandemia]" - Ulysses Panisset, da UFMG – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Cambalhotas no fio da navalha

“Quanto mais maluquice (Bolsonaro e Lula) propuserem, maior o tumulto, antes e depois da eleição. Estando a dívida em 90% do PIB e muito mais gente na miséria, é fácil promover um desastre. É possível mexer no teto de gastos sem que a casa caia. Para fazê-lo, é até possível contar com certa mudança de ares econômicos do mundo. Mudança maior depende de alta de impostos e remanejamento de gastos (jogo com perdas grandes e poucos ganhos a distribuir). Será preciso convencer povo e credores de que um arranjo alternativo é possível, ao mesmo tempo. É como dar cambalhotas no fio da navalha, risco ainda maior em um país em que parte relevante da elite não se importa de tocar o terror, aliada a familicianos e seitas da religião do dinheiro, para evitar um tico mais de imposto e obter licença para matar no mundo do trabalho, do ambiente ou na rua mesmo.” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Impeachment

“O Planalto e seus aliados no Congresso conseguiram encontrar alento na atual conjuntura política, tão desfavorável a Jair Bolsonaro: a pressão pelo impeachment perde força na medida inversa em que Lula sobe nas pesquisas. Trocando em miúdos, nos bastidores, é sabido que até o PT vai tirando o pé do acelerador na corrida para derrubar Bolsonaro conforme o ex-presidente petista se fortalece eleitoralmente. Isso não significa, porém, que, daqui até o fim do mandato, o governo federal terá o caminho facilitado pela oposição, pelo contrário” – Coluna do EstadãoO Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Let it bleed

“Como não interessa tanto trocar Bolsonaro pela incógnita Hamilton Mourão, as oposições, com auxílio da CPI da Covid, querem fazer o governo continuar sangrando” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Juntos, mas…

“O Centrão já havia sentido o gosto de sangue na água quando Arthur Lira alertou sobre o risco do impeachment. Agora, nesse grupo, a tendência é arrancar o que puder do governo e ver como Bolsonaro chegará em 2022”  – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

 

..separados

‘Um analista experiente pontua: se Bolsonaro permanecer enfraquecido, poderá ser abandonado pelo Centrão em 2022, que já tem líderes em conversas com Lula e com outros pré-candidatos”  – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

 

Limite

“Em linhas gerais, a sensação entre políticos e analistas é de que o governo Bolsonaro nunca esteve tão perto da deterioração” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 23-05-2021.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Brasil na lona. Bebê yanomami morre de desnutrição, insegurança alimentar atinge 120 milhões, 500 mil mortos pela Covid – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU