20 Janeiro 2021
“Ao liderar, ativamente esse movimento negacionista, Bolsonaro fez o país apostar numa única vacina, e boicotou esforços de governadores na negociação de outros imunizantes. Além disso, bombardeou negociações com países fabricantes, em especial a China, país alvo de provocações sem sentido dele e de seu filho Eduardo, presidente da Comissão de Relações Exteriores, da Câmara dos Deputados, e do chanceler Eduardo Araújo. O resultado será um efeito dominó dramático. Potencializando mortes e infecções, como consequência de um colapso hospitalar que chegou ao ponto de se transformar em crise humanitária, constrangerá a economia, podendo promover uma explosão do desemprego e da pobreza” – José Paulo Kupfer, jornalista – Portal Uol, 20-01-2021.
“Se depender de Bolsonaro e da sua tropa de generais apalermados, vamos morrer sufocados e sem vacinas, sem dó nem piedade. A que ponto chegamos. Estamos agora mendigando oxigênio da Venezuela e insumos da China, os grandes inimigos da "política externa" brasileira. Depois do holocausto do Amazonas, agora chegou a vez de o Pará ficar sem oxigênio. Nas últimas 24 horas morreram pelo menos seis pacientes, por asfixia, no município de Faro, no oeste do Pará” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-01-2021.
“Até agora, o boi de piranha de Bolsonaro não conseguiu trazer uma única vacina para o Brasil e ainda atrasou a entrega da Coronavac, do Instituto Butantan, por absoluta inépcia e falta de logística, a sua especialidade nos quartéis. Se Bolsonaro não for retirado logo do Palácio do Planalto, de um jeito ou de outro, não sei como, o que era uma crise sanitária sem precedentes pode acabar em catástrofe num país de 212 milhões de habitantes” – Ricardo Kotscho, jornalista – Balaio do Kotscho – Portal Uol, 29-01-2021.
“Diante da falta de interlocução do chanceler Ernesto Araújo com os chineses, o Planalto busca outras pontes para conseguir desenrolar a importação dos insumos para vacinas contra a covid-19. Braga Netto (Casa Civil) quer acionar “ministros” como Tereza Cristina (Agricultura), Roberto Campos Neto (Banco Central), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e até o vice-presidente Hamilton Mourão. O Brasil depende da chegada de insumos farmacêuticos ativos para a produção de doses da Oxford/Fiocruz e da Coronavac/Butantan” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“Ainda não se sabe exatamente como será a tentativa de diálogo, se via o próprio presidente ou via ministros, mas o fato é: governo percebeu que Ernesto não tem qualquer interlocução com a China” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“O que o chanceler fez foi enviar uma carta ao seu correspondente chinês para tratar dos insumos. No passado, Ernesto já pediu por duas vezes “a cabeça” do embaixador Yang Wanming” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“Parece haver a intenção do Planalto de recompor relações com os chineses, ainda que tardiamente. Se ainda há porta aberta, Bolsonaro deve agradecer a esses ministros, em especial, a Tereza Cristina” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“A farmacêutica brasileira União Química iniciou, em caráter piloto, a produção da vacina Sputnik V na sua unidade de biotecnologia, em Brasília” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“A expectativa é conseguir liberar o imunizante na Anvisa amanhã, quando a agência se reunirá com os dirigentes da empresa e autoridades russas, e receberá novos documentos” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“Oito parlamentares tiveram 100% das emendas pagas por Bolsonaro. Aliado, Marco Feliciano (Republicanos-SP) foi campeão” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“Na lista dos 100%, há ainda o senador Jayme Campos (DEM-MT), presidente o Conselho de Ética do Senado, o colegiado que terminou o ano sem analisar as representações contra o filho do presidente, Flávio Bolsonaro” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“É uma bravata perigosa. Ele fala em “nós militares”, colocando-se como porta-voz do grupo, o que ele certamente não é. Pela lei, quem fala pelos militares são seus comandantes. Se falasse como presidente, chefe das Forças Armadas seria ainda pior, porque estaria colocando a presidência como defensora de um grupo social. A bravata é perigosa para ele por estar usurpando a autoridade dos comandantes das três forças” – José Murilo de Carvalho, historiador, ao comentar a frase de Jair Bolsonaro dizendo que depende das Forças Armadas se o Brasil vai ser uma democracia ou uma ditadura – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“O cadete Bolsonaro, número 531, cujo apelido era Cavalão, frequentou a AMAN de 1974 a 1977, em plena ditadura. Teve como instrutores oficiais que lutaram contra a guerrilha do Araguaia montada por militantes do PCdoB, chamados por Bolsonaro em 2009 de “cambada comunista”. Está no livro de Luiz Maklouf Carvalho sobre ele, página 34. A paranoia anticomunista dele nasceu ali e no caso dele, como no de muitos outros militares, continua viva, agora talvez mais como jogada política” – José Murilo de Carvalho, historiador, ao comentar a frase de Jair Bolsonaro dizendo que depende das Forças Armadas se o Brasil vai ser uma democracia ou uma ditadura – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
“As pessoas estão cansadas da luta contra a pandemia, em que ele (Bolsonaro) lutou do lado errado” – José Murilo de Carvalho, historiador, ao comentar a frase de Jair Bolsonaro dizendo que depende das Forças Armadas se o Brasil vai ser uma democracia ou uma ditadura – O Estado de S. Paulo, 20-01-2021.
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Efeito dominó dramático – Frases do dia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU